Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1283

A ficção nossa de cada dia

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

De quem é a culpa? Já se sabe o nome do estudante que ontem assassinou 32 pessoas na Politécnica da Virginia. Mas por quê? Por que esta atração por escolas e universidades? Como explicar a preferência dos terroristas americanos pelo mês de abril? E a nossa guerra urbana? Na batalha campal de hoje morreram 13 no Catumbi, região central do Rio. Qual a violência que interessa mais, o que preocupa mais? O que assusta mais é perceber que a culpa não é apenas dos assassinos.


A realidade, às vezes, é tão absurda que em certas circunstâncias parece mais fácil recorrer à ficção. E em matéria de ficção o Brasil não tem do que se queixar. Nossa televisão apresenta 14 telenovelas por dia, mais de 10 horas, de segunda a sábado, nos melhores horários.


Tudo começou com o folhetim em capítulos, entregue de porta em porta ou encartado em jornais. Depois veio a rádionovela, a telenovela é o folhetim de última geração que magnetiza as audiências em todas as partes do mundo, em todas as línguas, em todas as classes sociais.


A telenovela hoje é uma indústria que emprega atores e atrizes, técnicos, argumentistas e roteiristas. A telenovela dá suporte ao teatro, ao cinema. Graças a ela os anunciantes dispõem de um poderoso veículo publicitário para inserir mensagens comerciais ostensivas ou disfarçadas. Aparentemente todos saem ganhando com as telenovelas.


E o telespectador? Será que o conteúdo das telenovelas ajuda a sociedade a desenvolver-se culturalmente? Além de hipnotizarem as audiências, pode-se dizer que as telenovelas são educativas, elas ajudam a compreender o mundo, contribuem para melhorar a nossa humanidade? Aguarde os próximos capítulos.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm