Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

A mídia e os rescaldos da crise aérea

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Em pouco menos de dois anos foram duas catástrofes aéreas com 353 mortos e um caos no transporte aéreo que só agora parece amainado.


Será que amainou mesmo? E quanto tempo vai durar este relativo sossego? Nenhum dos dois desastres está esclarecido, entre as causas do segundo acidente, com o Airbus da TAM, já se sabe que o estado da pista de Congonhas agravou de forma decisiva a falha dos pilotos.


Na primeira catástrofe evidenciaram-se problemas com os controladores de vôo, que depois rebelaram-se num motim inédito.


Convém registrar que, em outubro de 2006, antes do segundo turno das presidenciais, o então ministro da Defesa, Waldir Pires, imediatamente culpou os pilotos americanos do jato Legacy. No desastre da TAM, o governo recusou a hipótese de problemas na pista de Congonhas e, não contente, considerou tendenciosa a cobertura da imprensa.


O governo errou nas duas vezes. Mas a imprensa tem a sua parcela de culpa porque não consegue manter a pressão, não sabe cobrar, cansa depressa e esquece. E no caso da venda da Varig, visivelmente irregular, aceitou rapidamente a sua entrega a um competidor sem esgotar outras opções, inclusive a intervenção estatal.


A crise aérea amainou mas a imprensa não parece animada em exigir soluções definitivas.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm