Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Como anda a saúde da cobertura de saúde?

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Quem não gosta de sentir-se bem? Quem não se esforça em parecer mais jovem? Quem não sonha com o bolo de aniversário com cem velinhas? E quem inventou a perversa sensação de estar correndo riscos?

A mídia mundial é hoje um verdadeiro pátio de milagres com promessas constantes de saúde eterna. Ser saudável, bonito e, se possível, imortal tornou-se uma obsessão que não aconteceu por acaso. O culto irrestrito da ciência e da tecnologia converteu a humanidade em escrava das bulas de remédios e das páginas de medicina e saúde da mídia.

Quem está ganhando com isso é a indústria farmacêutica que não pode prosperar sem o suporte da imprensa. A função da imprensa é informar, mas ela não pode distribuir informações e sintomas sem um contrapeso crítico. Sem a percepção de suas responsabilidades.

A capa da revista, a matéria do jornal, o programa de rádio ou de tevê não podem substituir os médicos que, por sua vez, não devem recorrer à publicidade para dramatizar estatísticas, criar alarmes e distribuir falsas esperanças.

Esta edição do Observatório da Imprensa pretende chamar a sua atenção para algo muito importante: a sua saúde pessoal é um problema de saúde pública. Se você não quer ser tutelado, não se entregue às sutis manobras de quem só quer vender remédio.