Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Imprensa democrática

Quem movimenta a sociedade? Quem alimenta a sociedade com informações para que ela faça os seus juízos?

No regime democrático esse papel cabe à imprensa. Ela reflete a opinião pública e, ao mesmo tempo, deve acioná-la. Os meios de comunicação gozam de um status especial: na sua maioria são propriedade de empresas privadas mas a sua atividade está garantida pela Constituição. Portanto, além dos balanços financeiros para os acionistas os veículos têm contas a prestar a sociedade.


Se o país é democrático a mídia deve comportar-se democraticamente, admitindo a crítica e as divergências. Mesmo quando ocorrem dentro da própria mídia. Se a imprensa adota comportamentos arrogantes e violentos ela os consagra e acaba por convertê-los em paradigma.


A Folha de S. Paulo demitiu na semana passada um dos seus articulistas sob a alegação de que havia publicado inverdades na edição on-line do Observatório da Imprensa e também porque o articulista alimentava divergências com a direção.


Ora, uma inverdade contesta-se com a verdade. E alimentar divergências é próprio da democracia.


A Folha como empresa privada tem o direito de escolher os seus métodos. Este programa, porque é uma prestação de serviço à cidadania, manterá os seus compromissos de tratar todos os veículos de forma igual.


O assunto encerra-se aqui. A partir de hoje, temos uma nova observadora: Lúcia Abreu, que começou como repórter de O Globo e depois ancorou diversos telejornais na Rede Manchete.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm