Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Imprensa, um; Severino, zero. Está virando moda bater na mídia mas hoje a mídia virou o jogo. Ontem, o presidente da Câmara anunciou o início do processo de cassação de apenas quatro deputados e deixou José Dirceu de fora com o pretexto de que seguia a ordem cronológica. Hoje os principais jornais do país protestaram em coro. De tarde, Severino recuou e incluiu mais quatro deputados e, entre eles, José Dirceu.
Em alguns ambientes o clima é de tragédia, em outros impera a galhofa.
Enquanto alguns políticos choram e se angustiam os cartunistas, satiristas e humoristas estão felicíssimos, assunto é que não lhes falta. Começou com a imagem dos três mil reais sendo embolsados pelo funcionário dos Correios, depois apareceu aquela imperdível cueca dolarizada, a secretária que quer ganhar uma grana posando para a Playboy e agora temos o mensalão temperado com orgias em hotéis de Brasília.
Personagens como Roberto Jefferson e o próprio Severino levam qualquer um a sair do sério. Com esta facilidade para produzir chacota, as CPIs têm a sua audiência garantida e podem virar o ano.
Resta saber se o humor ajuda a encontrar soluções para a crise política ou, ao contrário, se a gargalhada pode ajudar a fabricação de uma monumental pizza. Com a palavra, os humoristas.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm