Wednesday, 24 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

O lugar do grotesco

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Quem foi Charlie Chaplin? Quem foi Cantinflas? E quem foi Jacques Tati e Totó? Poucos se lembram destes ídolos do passado. Mas certamente ninguém ignora quem foi Abelardo Barbosa, o Chacrinha.


O filósofo armado com buzina é o símbolo da nossa entrada na era da comunicação de massa. Rei da galhofa, da gozação e do grotesco, Abelardo Barbosa, o Chacrinha, está sendo relembrado no vigésimo aniversário da sua morte.


O lado ruim é que o Chacrinha está virando moda nos palanques eleitorais, revivido por comunicadores sem um décimo do seu talento, que se levam a sério, ao contrário dele.


“Eu vim para confundir e não para explicar” era um de seus bordões que fazia sentido com um bacalhau na mão e um abacaxi na outra. “Quem não se comunica, se trumbica” é outra verdade que só vale com aquela roupa extravagante.


Este Observatório da Imprensa retorna à “Discoteca do Velho Guerreiro” para lembrar que o grotesco só tem valor como grotesco. De terno e gravata, o grotesco é um desastre.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm