Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

O Papel da Imprensa



Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.


É obrigatório: hoje quando se discute a violência impossível não mencionar o papel da mídia. Os meios de comunicação servem para tudo: ora são apresentados como culpados, ora como solução mágica. Mas a imprensa não é uma coisa nem outra, é apenas um espelho. Eventualmente embaçado e até mesmo um pouco deformado mas, mesmo assim, sempre muito próximo da realidade.



Ao contrário do que acontece com o terrorismo que precisa da mídia para aterrorizar, os criminosos prefeririam que suas ações não tivessem repercussão, o ambiente ideal do criminoso é o silêncio para que possa operar sem ser molestado pela sociedade. Isso significa que os meios de comunicação são essenciais para combater o crime. Uma imprensa calada, retraída, com medo de saturar o seu público será sempre uma imprensa complacente e, em última análise, cúmplice.



No caso do combate ao crime o que o cidadão espera da sua imprensa é a vigilância. Vigilância permanente. Vigilância contra o crime, vigilância contra os fatores que favorecem o criminoso e, quando for o caso, vigilância em cima das autoridades. Todas as autoridades – municipais, estaduais e federais. E se autoridades não gostam ou não estão habituadas às cobranças é melhor acostumar-se.



Mas é preciso levar em conta que a violência não acontece apenas no Rio de Janeiro, é um fenômeno nacional embora aqui no Rio tenha se transformado numa questão crucial que se estende além dos bairros e interfere claramente em todas as esferas da sua vida. Neste Observatório já tratamos da questão da mídia e violência em 16 edições. É muito? É pouco? É o que a realidade exigiu. Mesmo sem armas a imprensa é a única que não pode capitular.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm