Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Os novos correspondentes de guerra

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

Alguém ainda lembra que, exatamente há uma semana, o bairro do Catumbi, no Rio de Janeiro, era palco de uma batalha campal entre traficantes e policiais? Quando se está numa guerra, poucos lembram das batalhas isoladas. Morreram 13 criminosos e três populares foram feridos por balas perdidas.


Hoje a mídia está envolvida em outra batalha: a punição dos magistrados envolvidos no escândalo das máquinas caça-níqueis e bingos. Na verdade, o que aconteceu na semana passada e o que está acontecendo agora mostra muito claramente que, embora as batalhas sejam diferentes, a guerra e o inimigo são exatamente os mesmos: o crime organizado.


Os repórteres que estão acompanhando a batalha jurídica para enquadrar os magistrados corruptos estão protegidos, não correm risco de morrer. Mas os repórteres que acompanham as ações policiais contra o narcotráfco transformaram-se em correspondentes de guerra.


O telespectador confortavelmente instalado em sua casa, às vezes, ouve alguns tiros nos telejornais mas não percebe que está assistindo à dramática transformação do jornalismo de cidade em jornalismo de guerra. Quando se ouve falar em tráfico de influência para livrar delinqüentes, é preciso ter em mente que o tráfico de influência não é tão inofensivo como se imagina. Ele começa com um abraço e uma propina e termina com uma rajada de metralhadora.


Esta edição do Observatório da Imprensa vai mostrar o que significa estar na linha de frente contra o crime organizado.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm