Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1280

Pressa em publicar, pressa em condenar


Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.


É sempre assim: depois da empolgação da imprensa vem o cansaço e o esquecimento. Mas o caso da advogada Paula Oliveira, supostamente agredida por neo-nazistas suíços, não deveria ser abandonado. Ele contém ingredientes altamente didáticos e conseguiu superar a cortina de silêncio que a própria imprensa coloca em cima das controvérsias que a envolvem.


Nunca é demais lembrar, especialmente depois do período de férias, que este Observatório não é um tribunal. Atravessamos a primeira década, estamos no segundo decênio insistindo sempre num ponto – somos um fórum mas de debates e reflexão. Não há réus, nem magistrados. A mídia deve buscar a transparência – inclusive a sua própria.


Um blog originalmente chamado de weblog é um diário de bordo, instrumento de comunicação pessoal. Um veículo jornalístico é um instrumento coletivo, institucional. Ao fazer estas distinções, estamos tentando mostrar que a mídia é um conjunto de meios, portanto é um processo e um sistema. E este conjunto de meios deve funcionar de forma diversificada para oferecer à sociedade uma visão integral da realidade.


Uma coisa é certa: o fascismo e o nazismo não morreram. Estão vivos no novo mundo e no velho mundo onde surgiram há pouco mais de 70 anos. Denunciar e combater os neo-nazistas e neo-fascistas é uma obrigação dos democratas.


Mas os jornalistas não podem se iludir com aparências. O objeto da imprensa não é a verossimilhança mas a veracidade.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm