Acabou o rodízio dos carros em São Paulo, mas atemporada de farisaismo e cinismo continua. Jornais e rádiospaulistas (sobretudo estas) que se empenharam contra o programaem nome da pobre classe média, depois que ele foi encerradopassaram a defender sua continuação.
Quando a Secretaria de Meio Ambiente do governo estadual anunciouque não haveria prorrogação, choveram denúnciascontra o "eleitoralismo" da decisão. De repente,o governo estadual passou a vilão por interromper tãosalutar medida.
E por que não ocorreu a nenhum grupo jornalísticoou radiofônico lançar uma ação popularpara obrigar o governo a perenizar o rodízio? Ou uma campanhade rodízio voluntário?
Apesar da sua pujança, a mídia paulista nãoconsegue esconder sua incapacidade para mobilizar a populaçãoem mutirões ou empreitadas coletivas. Resquícioparoquial, talvez.
Ver tópicos sobre rodízio de carros na edição de 20 de agosto.
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