Wednesday, 24 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

A língua de duas pontas

RIO GRANDE DO SUL

Gilmar Antonio Crestani (*)

Provavelmente nem o famoso ministro da propaganda nazista tenha usado com tanta eficiência a técnica da propaganda subliminar, e às vezes sem tanta sutileza assim, para "desconstruir" ? o dernier cri do jornalismo de "marquetagem", valores que não são os seus. Este tipo de jornalismo tem se saído melhor na "desconstrução" dos valores alheios, na defesa de interesses confessos e inconfessos, do que na construção de uma saída alternativa para sua visão de mundo. Tal qual a Igreja Católica, conseguiu convencer com mais verossimilhança a existência de inferno que uma idéia de céu. Este maniqueísmo, junto com outros "ismos", só levam ao conflito e à exacerbação das diferenças. Engendra uma visão dicotômica, um jihad do bem contra o mal. Importa dizer que já lhe dá satisfação não a vitória de seus ideais, mas a destruição daqueles de que discorda. E teria sido plenamente feliz nos seus propósitos não fosse o Rio Grande do Sul um estado com bom nível educacional, também fruto de uma maior homogeneidade social, e dos mais politizados da Federação.

Talvez nem a Rede Globo, diante do alcance nacional de sua atuação, tenha tentado interferir nas questões políticas tanto quanto a Rede Brasil Sul. Aliás, por ser repetidora daquela, faz às vezes de Globo sem descurar de seus interesses regionais. E o momento mais adequado para se fazer tais retratos é exatamente o atual, quando as questões políticas se embatem. Pior do que jogarem abertamente seus interesses, apostando com transparência nos destinos políticos que lhes interessam, para que o leitor/eleitor não seja enganado, é a balela da imparcialidade que dizem pautar a prestação de informações. Acaba que o leitor/eleitor se sente duplamente enganado, pela falsa imparcialidade e pelos equívocos das informações.

Pegando pelo bolso

Não é preciso ser esperto na área de comunicação para perceber claramente o direcionamento, a intenção que pauta e diagrama o jornal Zero Hora, por exemplo. Se a diagramação é uma arte, a escolha de ilustrações, fotos e gráficos não é menos científica. Serve para salientar determinadas informações, torná-las mais críveis; ou o contrário, desmerecer, diminuir, desacreditar. No espaço mais nobre, que os há, publica fotos de um candidato sempre sorrindo, acompanhado de amigos ou parentes, mesmo que ainda não tenha tido os esperados trigêmeos, para, ao pé da página, disponibilizar as fotos mostrando outro candidato isolado, triste, no seu pior ângulo.

Apenas para ilustrar este aspecto convém lembrar que fotos de Diógenes de Oliveira com Olívio Dutra e Tarso Genro eram muito bem distribuídas, mas só enquanto permanecia sob suspeita. Uma vez inocentado pela Justiça acaba o interesse. De outra banda, nenhuma foto de Antônio Britto com seu homem forte, Assis Roberto de Souza, responsável pelo programa de privatizações que rendeu à RBS parte da CRT, e que o Ministério Público Federal, procuradores do INSS e Fazenda estão denunciando por práticas nada recomendáveis.

São os aspectos fáticos que, antes de serem exceção, ditam a regra da língua de duas pontas.

Dizem os dicionários mitológicos que o deus Vulcano erigiu uma estátua, a qual lhe agradou tanto que acabou dando-lhe vida. Pandora foi apresentada à assembléia dos deuses, cada um destes deu-lhe um dom. Vênus deu-lhe beleza, Minerva, talento; Mercúrio, eloqüência etc. Zeus, que desejava castigar Prometeu, que havia roubado para os homens o fogo divino, enviou-a à terra com um saco cheio de maldades para castigar o semideus Prometeu. Este a rejeitou, mas seu imprudente irmão Epimeteu, aceitou-a. Descuidada ou propositalmente, Pandora abriu o saco e os males infestaram o mundo. No fundo, restou apenas a esperança. Esta é a definição mais comumente aceita deste mito grego. Outra versão diz que dentro do vaso/saco havia somente coisas boas, mas que a curiosidade teria feito com que Pandora abrisse o vaso e deixasse escapá-las.

Em todo caso, o mito de Pandora corresponde ao gênesis da civilização, legado por Hesíodo na sua Teogonia. Atenas ensinou a Pandora a arte de tecer, que por sua vez teria difundido tal habilidade entre as mulheres. De alguma forma, a Penélope de Ulisses paga tributo de sua arte de tecelã a Pandora. Aliás, aquela história de refazer de dia o manto que desfizera à noite, com o único fito de postergar a ambição dos pretendentes enquanto mantinha acesa a chama da esperança pelo retorno de Ulisses, guarda semelhança com outros aspectos do mito de Pandora. Há, de fato, uma dubiedade no caráter deste mito, que mistura coisas boas com más. Veja-se quanta semelhança com nossos jornais, que à noite tecem continuamente tramas que serão desfeitas no dia, tal qual o manto de Penélope. O comportamento exacerba-se nos períodos eleitorais, quando já não tecem, mas comem o fígado dos prometeus que lhes ousam roubar o fogo da informação, sob aplausos dos epimeteus. Será que estou falando grego?

Aliás, é corrente entre os mestres em homeopatia que males hepáticos estão relacionados com as contradições e ódios gerados pela incongruência do ser, que, embora sabendo de seu mau agir, persiste na contradição, tal qual já diagnosticara Hipócrates. Não é por acaso que o chamado jornalismo "marrom" esteja em ascensão, e a baixaria virou sinônimo de programa televisivo, a ponto de provocar uma campanha de melhoria de qualidade via Congresso Nacional. A baixaria não acaba só com o fígado, mas também com o estômago. No caso, nada melhor que pegá-los pelo bolso, pois "quem é contra a baixaria é contra a cidadania", diz o lema da campanha.

O almoço grátis acabou

Zeus disputa com Prometeu (pró: aquele que compreende antes) em forma de charada, um verdadeiro pôquer divino do qual resultaria, como fatídico resultado, a mortalidade humana. Manda Prometeu proceder à repartição de um boi. Este parte o animal em duas porções, que também simbolizará a fronteira entre deuses e homens, separando a carne dos ossos. Enquanto envolve os ossos com uma fina camada de gordura, aos olhos dos deuses, guarda a carne no feioso estômago da vítima. Zeus opta pelos ossos que não lhe são duros de roer, posto que seu alimento é ambrosia e néctar, e condena à posteridade humana a lhes ofertar, em forma de fumaça, enquanto ao homem resta cozinhar todos os dias para que possa se alimentar.

Não por acaso os ossos formam a arquitetura do corpo, o elemento permanente, que contém o tutano, a medula óssea, enquanto a carne é a parte perecível. Daí porque não somos imortais, pelo contrário, perecemos, decompomo-nos. O jogo armado por Prometeu redundou-lhe num xeque-mate aplicado pela astúcia do divino Zeus, que esconde o fogo dos humanos, algo de que antes dispunham livremente. E o fogo é a luz, informação! Fogo que tamb&eacueacute;m é símbolo da racionalidade humana, cuja existência decorre da engenhosidade, do seu poder criador e civilizatório. O seu uso, ao mesmo tempo que separa o homem dos deuses também o distingue dos animais, delimitando as fronteiras da racionalidade.

Neste jogo de quem está dentro ou por dentro, Prometeu usa o funcho, que é verde por fora mas seco por dentro, para roubar a semente do fogo divino fundamental à sobrevivência da raça humana. E, por ser semente, como o trigo, também precisa ser plantado, introduzido no ventre da terra, como o sêmen, para germinar. E se nasce, é cíclico, também morre… É um embate no mundo das aparências. Mas Prometeu simboliza o conhecimento que não se satisfaz com uma imagem bonita, mas vazia. Sabe distinguir entre meio e mensagem, forma e conteúdo. Ao contrário dos meios de comunicação, que, embora outorgados pelo poder público metamorfoseiam-se em outorgadores de poder ao público, Prometeu cumpre o que promete.

Voltemos a Pandora. Zeus convoca Hefesto, Atena, Afrodite e divindades e manda Hefesto molhar a argila com água e modelar uma espécie de estátua com a figura de uma parceira, para formar o par, ou seja, uma figura de mulher pronta para o casamento mas ainda solteira, sem filhos. Hermes dá vida à estátua, Atenas e Afrodite vestem-na com um manto maravilhoso como a gordura que cobria os ossos dados a Zeus. É a primeira mulher, seu arquétipo. Hesíodo diz que ela brilha, ostenta uma aparência divina, embora cheia de maldade. Claro, foram deuses que a criaram, não para eles mas para os humanos, em mais uma etapa do jogo entre Zeus e Prometeu. Como se diz, era briga de cachorro grande!

Então sobrou para Epimeteu (epi, depois: aquele que compreende tarde demais), irmão menos esclarecido de Prometeu. Aparece à sua porta aquele pedaço de mau caminho, com quem contrai núpcias. A literatura registra Pandora como consumidora voraz dos bens da família. A família Estado, ou o Estado da família que o administra. Seu papel é "desconstruir" os frutos do trabalho alheio, uma neoliberal. Todo seu poder de sedução volta-se a devorar os filhos de Epimeteu, seres desinformados quanto aos reais objetivos da sedutora. Afinal, não existe almoço grátis, não é mesmo?!

O invólucro pelo produto

Em contrapartida ao que Prometeu roubou de Zeus, Pandora acende e extenua com seu fogo os Epimeteus. Se procria, apenas compensa o fogo do homem que ajudou a "desconstruir". É o troco, uns 30% em forma de afago de que sua voracidade administra como se fosse um caixa dois, uma transfusão de verba na forma de propaganda institucional ou várias prestadoras de serviço. Por exemplo, só para não perder o pé da realidade, a "informação" de que o vendedor vai trabalhar para os que compraram a vendida. Ou, como registra o jornal Zero Hora de 21/9:

"Pelo acordo, o sistema ? que foi desenvolvido pela Planejar (empresa da RBS) em parceria com a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) ? passará a ser recomendado aos pecuaristas ligados aos 245 sindicatos rurais de São Paulo. Com a assinatura, a Faesp passa a ser a sexta federação estadual a firmar parceria com a Planejar." Ah, o sopro que deu vida à argila, o grande Hefestos, também se fez presente, como mostra a continuação da matéria:


"- Acho que esse tipo de parceria serve como exemplo, porque a rastreabilidade exige uma centralização de dados e informações aos pecuaristas. Como a Faesp tem centenas de sindicatos rurais vinculados, o mecanismo de informação melhora muito"-, afirmou o ministro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, que participou da solenidade, realizada na sede da federação, em São Paulo."


E o vaso? Zeus mercado sopra aos ouvidos para que Pandora o abra, pois talvez haja nele algo que ela aprecie. E ela, como devoradora, não perde tempo. Aproveita a ausência de Epimeteu, o desinformado, para abri-lo. Sua curiosidade legou à humanidade a existência dos males que ali estavam presos, ou interesses previamente acordados. Resta a esperança de que o fogo, na hora de queimar, não confunda o público com a privada. Os males seduzem os Epimeteus que se deixam seduzir, aqueles que depois vivem se lamentando por terem desperdiçado o voto numa personagem como Collor, mas cujo comportamento voltam a repetir diante dos apelos sedutores da mídia. Não é por acaso, também, que Prometeu acaba crucificado, condenado aos grilhões, para que as águias devoradoras, como os dossiês, as CPI criadas sob as luzes sedutoras de holofotes metidos a olímpicos. E só a esperança sempre se renova, como o fígado de Prometeu, que, comido de dia, se regenera à noite.

No outro dia, como "Reportagem Especial" nova, a insaciável águia vem comer seu fígado novamente. O fígado de Prometeu se renova ciclicamente como o fogo lograra tornar menos dura a vida dos mortais. A arte de maldizer também se recicla, sempre na defesa dos próprios interesses, e logra proveito somente se houver um filho Epimeteu de conluio.

O mito de Pandora nos mostra a perda da inocência da humanidade, quando, como Adão e Eva, passamos a construir nosso destino, segundo a chama de cada um. Alguns, mais privilegiados do que outros, recebem doações segundo o grau de proximidade que desfrutam dos deuses, as quais resultam em desgraças para os demais. Veja-se, por exemplo, que o mesmo clima fúnebre que caiu sobre o Olimpo quando Prometeu deu aos homens uma semente do fogo divino, também caiu sobre a RBS quando começou a esmorecer a luz que acalentaria um futuro pródigo em "facilidades". Começou na sexta- feira (13/9) pela "central de recados" disponibilizada no jornal Zero Hora, uma espécie de porta-voz oficiosa da empresa, e o baixo astral espraiou-se pelas demais páginas da crônica política no sábado(14/9).

Logo eles, que vinham publicando fotos do adversário sempre de modo a apresentá-lo isolado, solitário, acabrunhado, e, em contrapartida, o ex-funcionário aparecia abraçado ao ainda funcionário e candidato ao Senado sorrindo, de alto astral. Eram os famosos apoios para botar o Rio Grande em primeiro lugar! Os apoios do adversário da RBS, em compensação, só apareceram no Correio do Povo, onde também ocorre fenômeno inverso. E viva a liberdade de imprensa! A penumbra daquela sexta-feira recrudesceu no sábado, mas no domingo (15/9) ficou claro o pranto das carpideiras. Uma pesquisa traduziu em números o clima que baixara na redação. As explicações é que foram hilariantes: culpa dos programas na TV! Isto é, foi tomado o invólucro pelo produto. Tentaram amarrá-lo no topo do rochedo das pesquisas, mas a visão aguçada que só as águias têm comeu-o pelo fígado, que é o tendão de Aquiles dos que renegam o passado, e, por conseqüência, a história. Logo eles que negam o poder da TV como formadora de opinião…

Ajuda a um colega

Não por acaso, depois da Tartaruga, o realismo mágico encenou uma saída hollywoodiana como marca registrada nestes tempos mitológicos, as chamadas "reportagens especiais": "Hollywood descobre ETs em Passo Fundo". Isto no sábado. No domingo (15/9) outra "reportagem especial" mereceu manchete: "Estradas gaúchas se dissolvem em buracos."

Enquanto isso, uma pesquisa de intenção de votos para o governo estadual, que mostra uma alteração extraordinária no quadro anteriormente mostrado, mereceu um tratamento burocrático de anúncio de funerária. Para tratar da questão, a editora de política traduziu muito bem a postura do jornal Zero Hora. "Para explicar a queda de 10,7 pontos percentuais de Antônio Britto na pesquisa do Cepa-UFRGS, em um mês, talvez seja preciso recorrer à psicologia de almanaque: numa disputa, eleitoral ou amorosa, é erro fatal falar demais no rival. O que Britto mais faz nos programas do horário eleitoral gratuito, nos discursos, nas entrevistas, nos debates e nas participações em seminários é falar do PT. E o dito popular já diz ?falem mal, mas falem de mim?." Alô, editores de almanaques, se ainda os há, quem disse que não existe psicologia de almanaque?

Já as denúncias veiculadas nos programas eleitorais só recebem espaço se atendem os interesses que a empresa defende. Caso contrário, só podem ser lidas em outros veículos. Os apoios políticos a um candidato são ricamente ilustrados, mesmo que à beira de um túmulo, enquanto os apoios dados ao adversário são solenemente ignorados. A reiteração da prática de espalhar males para os desafetos não encontra eco nos demais veículos, razão pela qual sempre resta a esperança de que a empresa acenda a chama da imparcialidade e venha a praticar jornalismo com liberdade ideológica e econômica. Ou só o monopólio basta?

Enquanto a chama não se apaga resta esperança. Na semana que se seguiu, o locutor Armindo Ranzolin, ao ser questionado por que a empresa RBS não havia prestado nenhuma informação pelas denúncias de sonegação fiscal do secretário do governo anterior, respondeu que o manual de ética da empresa impede de divulgar nomes antes de serem condenados. Certo, direis, ouvir estrelas, mas, Ranzolin, perdeste o senso, pois a matéria "Justiça nega prisão de invasores de cabana" traz no corpo a seguinte informação: "Três dos indiciados são líderes do MST: Ailton Croda, Ivonete Tonin e Paulo Rosa de Lima." (ZH, 18/09/2002) Tenho certeza de que, se um destes tivesse sido secretário do apaniguado da RBS, não teria seu nome impresso no dito jornal. Estranho manual de ética se pratica nesta empresa!

Na continuidade, a Pandora patrocinou a manchete de seu porta-voz oficioso (ZH, 18/9/2002): "Orçamento só será viável com epidemia." Detalhe, o orçamento ainda não havia sido publicado! Baseou-se nas afirmações da bancada da RBS na Assembléia Legislativa que, aliás, tem todo o direito de torpedear sem ler, já que se trata de uma manifestação de cunho político. Agora, algo bem diferente é um jornalista endossar absurdos com o único intuito de ajudar seu colega jornalista que disputa o governo do estado.

Nova arca de Noé

Para construir a versão e "desconstruir" o adversário, o radialista Ranzolin, na Rádio Gaúcha, em 17/9, convida o líder do Partido Pró-Sirotsky, deputado Bernardo de Souza, que alerta: "Isso não tem nada a ver com campanha eleitoral, pelo menos ao que toca a mim." Mais adiante, sai-se com essa: "Falo sobre o que está na imprensa, até porque o projeto chegou na sexta à tardinha e fui lá na segunda, pela manhã antes do expediente…". A imprensa, leia-se RBS.

Em outros momentos parece descolar de Pandora para, pura e simplesmente, praticar mau jornalismo. Zero Hora, 18/9/2002: "TSE nega ação de Dirceu contra Serra." Mas a pitada de veneno na "central de recados" mostra a Pandora com todo seu poder de fogo: "Foram fortes as imagens divulgadas no espaço de José Serra: a divulgação de um discurso de José Dirceu, convocando a militância à violência." Tudo teria sido perfeito não tivesse o Correio Brasiliense, ainda no dia anterior, estragado a festa (17/9/2002 22:15) "José Dirceu consegue liminar para suspender imagens no programa de Serra."

As pesquisas deste fim de semana podem mostrar uma sobrevida de Pandora ou apagar de vez a chama que a consome. Independentemente do ângulo em que se esteja, há um desequilíbrio entre os bens e os males espalhados pela língua de duas pontas. Restará ainda um clima antialguma-coisa que transcende ao candidato satanizado, com evidente prejuízo não só para sua credibilidade como a certeza de que ainda não será desta vez que o interesse público pautará sua atuação.

Não causaria maior espanto se viesse a embarcar em outra arca de Noé para salvar seus interesses da extinção. Resta-nos, contudo, lá no fundo, a esperança de que venha a praticar um jornalismo que não atenda somente aos seus interesses.

(*) Funcionário público federal

Nota do OI: Sem juízos de valor sobre o autor e sua denúncia, repetimos o que já foi dito em outras edições: o crítico perde sua credibilidade porque, apesar de servir-se com freqüência deste fórum e apesar de instado, recusa-se a comentar, condenar ou defender a intervenção censórea sofrida pelo Observatório da Imprensa na TVE-RS a partir de 1999. (A.D.)