Wednesday, 24 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

A missão de um jornal

RORIZ vs. CORREIO BRAZILIENSE

Pedro Jorge de Castro (*)

A história de Brasília é inseparável da história do Correio Braziliense. São poucas as cidades do mundo que têm a sorte de nascer e ser acompanhada diariamente por um jornal aceito e consagrado por sua população. As manchetes do Correio Braziliense são as "Manchetes da Capital". Este é o título de uma emocionante exposição que organizei e foi muito visitada na Galeria de Arte do Conselho Federal de Contabilidade. Muitas escolas levaram seus alunos para visitar a tal exposição. Escolas mais atentas como o INEI transformaram a visita à exposição em verdadeira aula de história de Brasília, misturada a sociologia, política e esperança no futuro a partir de autoconhecimento.

Terminado o período da exposição, o material foi doado ao arquivo publico do Distrito Federal com o compromisso de ser exposto em escolas que viessem a solicitá-lo. Tomei conhecimento de muitas escolas que fizeram bom uso do material.

Pergunto-me quantas vezes o Correio Braziliense foi pauta de salas de aula, de saudáveis discussões familiares, de auxilio a trabalhos escolares e principalmente vetor de coesão social e esclarecedor de fatos sociais. Bendita a sorte de Brasília ao ver estampada nas páginas de seu jornal uma equipe de repórteres, articulistas e cronistas de tão alto nível. Lucidez, conhecimento de história social e política e capacidade de retratar uma cidade sensível e cuja missão é tão decisiva no curso da história do pais.

O Correio Braziliense é meu parceiro no amor por Brasília, com quem estabeleço cotidianamente uma relação dialética com os fatos da cidade e do Brasil. O projeto e o papel do Correio Braziliense são indispensáveis à saúde política do Brasil democrático de hoje.

(*) Cineasta, doutor em Comunicação e Artes e professor-aposentado da UnB