Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Ações em baixa, corretores também

TELETIPO

Brian Steinberg, da AP [8/9/02], reporta que, atualmente, corretor financeiro é persona non grata na propaganda americana. Filmes da corretora Charles Schwab, que tenta se posicionar como diferente, ironizam a profissão. "Estou olhando seu portfólio", diz analista ao cliente pelo telefone, lendo cardápio de entrega de comida chinesa, num dos anúncios. "Você tem que comprar." A equipe também recomenda compra aos investidores. Quando, por engano, um deles diz "venda" a um cliente, o andar inteiro se vira, em silêncio. Outras corretoras tentam mudar a imagem abalada, afirmando que podem conduzir o cliente para além das turbulências do mercado. "O ceticismo do público está maior do que nunca", atesta Ken Bernhardt, da Universidade Estadual da Geórgia. "Será boa idéia para essas empresas anunciar agora?", indaga Paul Argenti, da Universidade Dartmouth.

Chegou às bancas a maior Vogue americana em mais de 10 anos, com 750 páginas ? 576 delas de propaganda. Esse volume enorme reflete a esperança da indústria da moda de que o consumidor volte a gastar no inverno, deixando para trás a crise. O movimento tiraria a publicidade do maior buraco dos últimos 50 anos. A edição de setembro é sempre a mais rica para as revistas de moda. As empresas que querem se firmar no ramo têm de anunciar pesadamente neste mês, e a Vogue é a principal publicação, trazendo desde marcas mais caras como Chanel e Louis Vuitton até outras mais populares, como GAP e Express. A julgar pelo crescimento da circulação de algumas revistas de moda, o consumo de roupas pode aumentar nos EUA. "Parte do sonho americano é o consumismo. Mesmo quando as coisas estão ruins, as pessoas querem olhar para coisas bonitas", explica Thomas Florio, editor da Vogue à Reuters [8/9/02].

Executivos de Hollywood lançaram o primeiro de uma série de anúncios dirigidos ao público árabe, estrelados pela atleta olímpica marroquina Nawal el Moutawakel-Bennis (medalha de ouro na corrida com barreiras). A narração, em inglês e árabe, pede perdão e tolerância no mundo [AP, 5/9]. A iniciativa integra conjunto de ações acordadas em novembro com a Casa Branca de apoio à campanha americana de combate ao terrorismo ? não mencionada nas peças. Milhares de DVDs foram enviados aos soldados americanos em guerra. Os anúncios aparecerão em países como Marrocos, Jordânia, Índia, Japão. O grupo tenta veicular a peça na TV al-Jazira. Versão em mandarim será lançada na China.