Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Al-Arabiyya atacada na Palestina

TELETIPO

O Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) publicou nota [15/9/03] condenando o ataque ao escritório da rede de notícias por satélite al-Arabiyya em Ramallah, na Palestina. Na tarde do dia 13/9, cinco homens armados e mascarados invadiram o edifício e obrigaram o produtor Qassem al-Khateeb e dois outros funcionários a ficarem numa sala de edição. Depois destruíram móveis e monitores de computador. Antes de fugir, citaram alguns jornalistas que não queriam mais que trabalhassem para a emissora de TV, cuja sede fica em Dubai, e se identificaram como integrantes da Brigada de Mártires al-Aqsa, grupo militante com remota ligação à organização Fatah, do líder Yasser Arafat. A al-Aqsa teria negado responsabilidade pela ação posteriormente. Al-Khateeb disse que os homens não explicaram o motivo da invasão, mas que ela provavelmente tem relação com reportagens da al-Arabiyya sobre disputas internas da Autoridade Palestina.

A rede de notícias CNN anunciou que vai mudar a maneira como produz notícias, com o objetivo de fazer programas mais atraentes. Esse processo sempre foi centralizado e os produtores tinham de montar o conteúdo a partir das matérias prontas oferecidas, mesmo que elas não fossem exatamente o que estavam procurando. A partir de agora, haverá maior autonomia para que sejam produzidas matérias mais adequadas a cada atração ou rede regional. Teya Ryan, presidente da emissora para os EUA, será substituída por Princell Hair, executivo da Viacom de apenas 39 anos, que tem experiência principalmente com estações locais. Segundo Jim Walton, presidente geral da CNN, este seria justamente seu ponto forte, pois é um ramo muito competitivo. As informações são do New York Times [16/9/03].