Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Alessandro Greco

MANDIC N?O SITE

"Mandic no comando de O Site", copyright No. (www.no.com.br), 6/09/01

"Aleksandar Mandic, que ocupava a vice-presidência de novos negócios do IG, deixou o grupo para ser o acionista majoritário do portal O Site."

 

"Mandic deixa vice-presidência do iG", copyright CidadeBiz (www.cidadebiz.com.br), 4/09/01

"Um dos pioneiros da web no Brasil – e por isso mesmo detentor de uma das maiores fortunas nacionais -, o executivo Aleksandar Mandic está deixando a vice-presidência do iG, portal do qual também é, e continua, acionista.

Mandic deixa o provedor para se dedicar a um negócio próprio. ?Estou me desligando o iG, não sou mais executivo do grupo, porém, permaneço como acionista?, informou à Agência Estado.

Roberto Simões será o substituto de Mandic. Atual diretor-superintendente do portal, Simões vai acumular a função com a da vice-presidência da empresa."

 

AUDIÊNCIA

"Cresce o público de jornais online", copyright Folha Online / The New York Times, 4/09/01

"O apetite por notícias online cresceu no último ano. Os leitores, especialmente os jovens, procuravam doses rápidas de notícias. E os beneficiários do crescimento desse público continuam sendo as maiores empresas, particularmente as que enfocam eventos nacionais e internacionais. ?Sites grandes terão cada vez mais público; os menores, menos?, prevê Vin Crosbie, presidente da consultoria Digital Deliverance.

A internet ainda é uma fonte secundária de notícias, disse. Mas esses consumidores, mais jovens que as audiências da mídia tradicional, procuram cada vez mais as antigas mídias online.

A audiência dos sites de notícias cresceu 14,7% de julho de 2000 até julho passado, segundo a Jupiter Media Metrix, firma de pesquisas online. O número é ligeiramente maior que o crescimento total do tráfego da Web, que foi de 12,3%.

Com isso, uma fatia maior do mercado está indo para os sites que já estavam no topo. O número de visitantes mensais do WashingtonPost.com e do LATimes.com, por exemplo, cresceu cerca de 50% no período, enquanto a audiência do NYTimes.com cresceu 66% e a do CNN.com, 83%. O ABCnews.com cresceu cerca de 25%. Dos cinco sites atualmente no topo, todos exceto o MSNBC.com, que cresceu 14%, estavam à frente do índice de crescimento total de notícias.

O news.yahoo.com tem a maior audiência. Seu público foi de 11 milhões de usuários em julho. Mas é um portal para material de outras organizações, como Reuters e The New York Times. A America Online tem um canal visitado por cerca de 10 milhões de pessoas, mas também é um portal para notícias de terceiros.

Outro site é o Slate.com, da Microsoft. Embora ele crie conteúdo original, não se encaixa na categoria ?só notícias?, porque é um jornal de opinião e comentário.

E onde ficam os sites locais? Alguns ganharam audiência tão rapidamente quanto os nacionais. O DenverPost.com, do MediaNews Group, por exemplo, duplicou sua audiência nos 12 meses, e o público do The Detroit Free Press em www.freep.com, da Knight Ridder, cresceu 80%.

Outros, como o Charlotte.com ou o Tennessean.com, em Nashville, cresceram pouco. O Deseretnews.com até perdeu público.

?Quanto menor o canal, maior a probabilidade de ser reduzido à função principal, que é o noticiário local?, disse Crosbie.

O editor do MSNBC.com, Merrill Brown, disse que ?na internet, a posição dos líderes deve se solidificar. Sites secundários ou sites em que há uma redução de investimentos estão sendo eliminados.? MSNBC.com é extensão do canal a cabo de propriedade conjunta da Microsoft e da NBC.

Uma pergunta é se essas extensões canibalizam a audiência dos precursores nas antigas mídias. A resposta parece ser ainda não.

Uma pesquisa recente mostrou que enquanto 60% dos visitantes de sites liam o jornal diário ou o dominical, apenas 3% disseram que os sites na internet os haviam feito desistir do jornal impresso. E 6% disseram que tinham feito uma assinatura do jornal impresso depois de ler a versão online.

O grosso da audiência são pessoas na casa dos 30 anos, segundo pesquisas. Mas ainda é muito menor que o número de leitores e espectadores das mídias antigas.

Em 2000 nos EUA foram vendidos por dia 57 milhões de exemplares de jornais. A audiência cada noite dos noticiários da televisão foi de 25 milhões a 30 milhões no ano passado. Os visitantes dos sites de notícias os acessam só de duas a quatro vezes por mês.

Andrew Kohut, diretor do Pew Research Center, disse que a maior parte do tráfego é esporádico ou oscilante. ?Muitos dizem que olham as notícias quando se conectam ou desconectam, ou fazem alguma outra coisa?, disse.

Vale a pena examinar um dos sites de maior crescimento, o ChicagoTribune.com. Embora se classifique perto dos líderes da categoria, tem um aspecto muito mais local do que, por exemplo, o WashingtonPost.com. Na última quinta-feira, a manchete do ChicagoTribune.com era a entrevista com o congressista Gary A. Condit na ABC, mas as outras notícias eram locais. O site venceu a barreira do 1 milhão de visitantes pela primeira vez em julho. Esse nível indicaria um total de 3 milhões de sessões individuais. O jornal impresso é vendido para 622 mil pessoas por dia, resultando em 12,4 milhões de sessões mensais, para usar um termo da Internet. Os leitores de domingo acrescentam 4 milhões ou 5 milhões.

Os consumidores online estão passando mais tempo nos grandes sites nacionais. Embora o tempo médio gasto em cada sessão de modo geral, conforme medido pela Jupiter Media Metrix, tenha aumentado muito pouco no ano passado (de 53,2 minutos para 53,6 minutos), o tempo gasto nos sites dos grandes jornais aumentou num ritmo mais rápido.

O usuário médio do NYTimes.com, por exemplo, passou 8,2 minutos em cada visita em julho de 2001, comparado com 6,8 minutos um ano antes. O usuário médio do WashingtonPost.com ficou 7,7 minutos em julho de 2001, comparado com 6,4 minutos em julho de 2000, enquanto o usuário médio do MSNBC.com ficou no site 6,1 minutos em julho de 2001, contra 4,8 minutos um ano antes.

A dinâmica da nova mídia tem algo a ver com o sucesso online das antigas mídias. A capacidade de canalizar um grande número de assinantes online para um determinado site ajuda. Depois que a America Online e a Time Warner se fundiram no ano passado na AOL Time Warner, o serviço AOL começou em março de 2000 a direcionar seus usuários para os sites CNN.com e Time.com, e audiência de ambos aumentou rapidamente. Um acordo no início deste ano que direcionou alguns usuários do Yahoo para o NYTimes.com teve um efeito semelhante, embora menos drástico.

Outros aspectos da dinâmica online favorecem alguns sites de mídia impressa e teletransmitida. Por exemplo, os sites de publicações locais com uma reputação nacional por suas opiniões conservadoras, como o NYPost.com, propriedade da News Corporation, e WashingtonTimes.com, da Unification Church, têm maior audiência na Web do que no mundo impresso. Os motivos da força relativa desses sites podem ir além das inclinações políticas _ como um bom design do site e a facilidade de navegação. Mas eles se destacam de outros sites de antigas mídias por se classificar muito melhor que suas contrapartidas impressas.

Mas algum site de notícias, independentemente da orientação política, já descobriu como ganhar dinheiro com sua audiência? O site WSJ.com, de The Wall Street Journal, que sempre cobrou uma taxa (atualmente US$ 59, ou US$ 29 para os assinantes do jornal), está chegando perto de 600 mil assinaturas. Em julho, o total de visitantes mensais foi o dobro desse número, colocando-o entre os dez principais sites de notícias. Mas, assim como a maioria dos sites de notícias não pagos, o do Journal ainda não é rentável.

Nenhum dos outros grandes sites de notícias nacionais adotaram o modelo de assinatura paga. Mas o diário The Gazette (circulação diária de 66 mil), da Gazette Communications, de Cedar Rapids, Iowa, pretende começar a cobrar neste outono de alguns usuários do Gazetteonline.com, cujas principais atrações fora de temporada política são a cobertura dos esportes da Universidade de Iowa, notícias locais e obituário.

Terry Bergen, diretor de marketing e serviços de Internet do Gazette, diz que os usuários da Web que desejarem mais que um serviço de manchetes pagarão US$ 8 por mês ou US$ 60 por ano _ a menos que já sejam assinantes do jornal, quando não pagarão nada. Somente a renda de publicidade do site não sustenta as duas pessoas que trabalham nele, explicou Bergen.

Observadores dos jornais online e os editores dos sites, que freqüentemente trocam opiniões e idéias através de e-mail, tendem a ser céticos sobre a probabilidade de o Gazette conseguir muitos assinantes online. Pesquisas da Pew mostram que de 17% a 18% das pessoas com menos de 49 anos acessam a rede diariamente para ler notícias.

Mas o diretor da Pew, Kohut, diz que essa utilização ainda é em grande parte suplementar ao consumo das mídias noticiosas tradicionais. As pessoas interessadas nos eventos cobertos pelo Gazette, em outras palavras, poderiam já ser assinantes do jornal, que continuarão acessando de graça o Gazetteonline.com.

Kohut não gostaria de ver uma grande parte da população usando a Web como fonte principal de notícias. Na sua opinião, um dos objetivos do consumo de notícias é a participação na vida cívica, e ele se preocupa que o uso de notícias na Web ?é potencialmente a forma mais minimalista, para uma geração cuja abordagem minimalista das notícias é considerada um problema cívico?.

Ele também disse que ler notícias na Web exclui um dos principais elementos do consumo de notícias na mídia antiga, que é folhear ao acaso. ?As pessoas dizem que acessam a rede em busca daquilo que lhes interessa, o que tende a estreitar os horizontes das pessoas, e não a expandi-los.? (Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves)"

    
    
                     

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