TELETIPO
A AP está tentando contabilizar o número de vítimas fatais
civis da invasão anglo-americana no Iraque. Sete repórteres pesquisaram
documentos de 60 dos 124 hospitais iraquianos e contaram 3.240 mortos, dos quais
1.896 caíram em Bagdá. Contudo, a agência ressalta que os
dados são parciais e que o número verdadeiro deve ser "significativamente"
maior. Foram deixados de fora, por exemplo, hospitais que não separam
civis de militares em seus registros. Tampouco é possível saber
quanta gente morreu fora dos hospitais. De qualquer forma, a pesquisa da AP
é a única a cobrir todo o país. Outras foram feitas somente
em Bagdá. Como reporta a Editor & Publisher [24/6/03], o exército
americano não tem intenção de contar baixas civis porque,
segundo explicação de um oficial, eles não eram o alvo
e não haveria razão para contar "mortes despropositais".
Uma lei para eliminar discriminação sexual na mídia, em propagandas e em indústrias de seguro está em fase final de preparação pela Comissão Européia. Trata-se do projeto mais ambicioso da legislação social da União Européia, segundo George Parker [The Financial Times, 23/6/03]. A lei proibiria programas de TV que estereotipassem mulheres e baniria anúncios que não "respeitassem a dignidade humana". Também forçaria companhias de seguro de parar de usar o gênero como base de cálculo de prêmios ou taxas de anuidade de pensão. O projeto diz que discriminação sexual e afrontas à dignidade devem ser banidas da mídia e da publicidade sem que se desrespeite a liberdade de expressão. A legislação seria aberta a interpretações nos tribunais, mas poderia ser aplicada a diversos programas de TV e anúncios em que mulheres são exibidas como objeto sexual.