Thursday, 18 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Argentinos sob pauladas

TELETIPO

A ONG Repórteres Sem Fronteira pediu, no dia 15 de maio, que Néstor Kirchner, recém-eleito presidente da Argentina, assuma compromissos com a liberdade de imprensa. O pedido sucedeu dois ataques físicos contra equipes de TV, feitos por simpatizantes de Kirchner e do ex-candidato Carlos Menem. O primeiro ocorreu em 10/5, quando o repórter Marcelo López Masía, do Canal 9, e seu cameraman apanharam e tiveram equipamentos depredados após uma pergunta espinhosa do jornalista a Kirchner. O então candidato não interferiu. No dia 14/5, Marcelo López, repórter da América 2, e seu cameraman sofreram o mesmo tipo de ataque. De acordo com a ONG argentina Periodistas, os seguranças de Menem e seus eleitores atacaram jornalistas em serviço sete vezes em 2002.

O Readership Institute já havia dado a (má) notícia às editoras de que a guerra do Iraque não motivou o público a ler jornais mais freqüentemente quando o Audit Bureau of Circulations revelou: a invasão também não influenciou na venda de jornais. Mark Fitzgerald [Editor & Publisher, 15/5/03] conta que a venda em banca cresceu de 15% a 20% nos primeiros dias da invasão, caindo para 5% a 10% na segunda semana. Depois desse período, os leitores parecem ter se cansado do assunto. Ironicamente, observa o repórter, a cobertura da guerra pode até ter prejudicado a venda de jornais que investiram pesado na cobertura: New York Times e Washington Post viram a circulação cair em 5,5% e 1,9%, respectivamente.