Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Augusto Nunes

CORES NO ESTADÃO

“E foi assim que o ?Estadão? ficou colorido”, copyright No Mínimo (www.nominimo.com.br), 28/09/03

“Júlio de Mesquita Neto – simplesmente ?Júlio Neto? para o punhado de íntimos, mas ?Doutor Júlio? (em reverentes maiúsculas) para nós outros, a gente comum da redação – chegara da viagem à Europa duas semanas antes do grande dia. No jornal O Estado de S. Paulo, o centenário ?Estadão?, ele era então O Homem, terceiro na linhagem aberta com o primeiro Júlio (Júlio César Ferreira de Mesquita, como os seguintes) e prolongada pelo legendário Doutor Julinho, comandante do império durante 40 anos, até 1969. Quando Júlio Neto voltou daquela viagem, em outubro de 1991, já estava na redação, como diretor, seu filho Julinho, meu amigo querido. Batizado, como o bisavô, Júlio César Ferreira de Mesquita.

No dia 29 de outubro de 1991, o ?Estadão? relançaria a edição de segunda-feira, extinta em 1929 por motivos jamais claramente apurados. (Imagino que o Doutor Julinho, ao assumir o leme, achou que também tinha o direito de descansar aos domingos). Mas voltemos à história do relançamento, que ocorreria em grande estilo. Porque, além da ressurreição num sétimo dia, o jornal finalmente adotaria fotografias em cores, inovação à qual resistira décadas a fio.

Eu ocupava o cargo de Diretor da Redação, e a primeira das conversas que mantinha diariamente com o Doutor Júlio começava às duas da tarde. No reencontro depois da viagem, ele fez alguns comentários ligeiros sobre como andava Londres. A certa altura, no tom distraído de quem lastima o clima inclemente da Grã-Bretanha, soltou o comentário:

– Não acho que essa história de cor tenha muita importância, não. Você tem visto o Times londrino? Vai muito bem em preto e branco.

Achei que era só mais uma observação ligeira, coisa para esticar conversa. Mas reproduzi a essência do comentário ao entrar na sala do redator-chefe Ricardo Setti, eterno companheiro de lutas.

– O homem não voltou da viagem muito animado com fotos coloridas. Deu agora de elogiar jornais em preto e branco.

Disse isso sem maior preocupação. O uso da cor a partir de 29 de outubro, na edição ressurrecta, me parecia fato consumado. Até já rolava na TV a campanha publicitária comunicando a novidade. Surgia na tela um homem em branco e preto que, gradativamente, ia ganhando matizes em cores – nos olhos, no traje, nos cabelos. A campanha seguiu seu curso, continuamos os preparativos para o evento histórico. O susto tremendo viria em 25 de outubro de 1991, uma sexta-feira, às seis da tarde, quando o Doutor Júlio deixava pontualmente a sala na redação rumo ao sítio perto da capital.

Como fazia quando não me encontrava de imediato, convocara Ricardo Setti para o despacho vespertino. Numa conversa de quinze, vinte minutos, costumava informar-se sobre eventuais mudanças na pauta, dava algumas ordens e partia para o descanso de fim de semana. Telefonaria às nove e meia da noite, para conferir a primeira página.

No fim do despacho, determinou ao redator-chefe:

– Olha, não quero que lancem a cor na segunda-feira. Vamos pensar melhor nesse assunto.

Meu amigo ficou pasmo. Enquanto O Homem caminhava pelos corredores emoldurados por retratos repletos de barbas, cavanhaques e suíças, Setti invadiu-me a sala com o rosto transido de horror.

– Escuta, Augusto, você nem imagina o que aconteceu. Não é que o Doutor Júlio não esteja animado com a cor. É muito pior. Ele não quer que a gente use cor.

Quem ficou pasmo fui eu. Saí correndo enquanto pensava que aquela eu não iria segurar sozinho. Encontrei o chefe à porta do elevador.

– O senhor vetou a cor nesta segunda-feira? — perguntei, ofegante.

Ele me olhou com candura.

– O que você acha? — perguntou.

Então me ocorreu aquela mentira piedosa.

– Doutor Júlio, nós temos um anúncio colorido da Brahma na primeira página – comecei.

Isso era verdade. Havia mesmo um anúncio da Brahma, em cor. A mentira veio em seguida.

– E anunciante fica irritadíssimo quando sai anúncio em cor e foto em preto-e-branco – inventei.

Ele continuou a olhar-me compassivamente. Depois de cinco segundos intermináveis, decidiu.

– Então vamos usar a cor.

E assim se fez.”

 

ISTOÉ PREMIADA

“Vitória da investigação”, copyright IstoÉ, 29/09/03

“Furo de reportagem Amaury Ribeiro Jr. (à esq.), Ivan Campagnoli, vice-presidente de tecnologia, informática e engenharia da Embratel, e Nacif Elias, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio

A série de reportagens ?Máfia dos fiscais?, publicada em ISTOÉ, foi a grande vencedora do 5? Prêmio Imprensa Embratel, iniciativa da Embratel e do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro. Os repórteres Amaury Ribeiro Jr., Sônia Filgueiras e a equipe formada por Francisco Alves Filho, Liana Melo e Ricardo Miranda, ganharam o Prêmio Barbosa Lima Sobrinho em uma grande festa do jornalismo brasileiro realizada na noite de quarta-feira 24 no Canecão, no Rio de Janeiro.

?Foi uma vitória da ética e um recado para a pirataria. Não existe jornalismo investigativo sem ética?, discursou Amaury, ao receber a maior premiação da noite. Amaury lembrou que tanto sua mulher, Camilla Baeta Neves, como sua colega Sônia Filgueiras estão grávidas e que a maior herança que esperam deixar para os filhos é o senso ético. ?ISTOÉ ofereceu aos seus leitores um caso completo. Tenho orgulho da importância jornalística dessa matéria e isso ninguém tira da revista?, afirmou Sônia. O furo e a série de reportagens de ISTOÉ denunciando uma quadrilha de funcionários do alto escalão da Secretaria da Fazenda do Rio, entre eles o fiscal Rodrigo Silveirinha, que desviou US$ 33,4 milhões para contas na Suíça, fruto de propina e extorsão, ficaram à frente de cerca de mil trabalhos inscritos, elaborados por 700 jornalistas de todo o País. Silveirinha e os demais fiscais envolvidos no escândalo

do propinoduto, como o caso ficou conhecido, foram afastados de suas funções e estão presos. A série de reportagens tornou-se peça de referência nas investigações do Ministério Público.

?Houve uma percepção do júri de que a matéria de ISTOÉ representou o melhor trabalho jornalístico feito nesse período. Foi a melhor das melhores?, disse Janice Caetano, presidente da comissão julgadora e diretora do Sindicato dos Jornalistas do Rio. ISTOÉ concorreu ainda na categoria Jornalismo Investigativo com reportagens que marcaram a imprensa no último ano. Além da série ?Máfia dos fiscais?, estavam entre os finalistas a série ?Banestado?, de Amaury Ribeiro Jr., Sônia Filgueiras e Weiller Diniz, e ?Grampo ACM?, de Luiz Cláudio Cunha, Weiller Diniz e equipe. Na série sobre o Banestado, ISTOÉ revelou relatório da Polícia Federal apontando políticos, empresários e narcotraficantes como responsáveis pela evasão de US$ 30 bilhões para o Exterior, entre 1996 e 1999, por intermédio de doleiros que instalaram uma megalavanderia na agência do Banestado em Nova York. Uma CPI aberta no Congresso investiga o caso. Já em ?Grampo ACM?, ISTOÉ mostrou que denúncias feitas pelo senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) contra inimigos políticos, autoridades e conhecidos tinham origem nos grampos ilegais montados a seu pedido na Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Na categoria, o prêmio ficou com ?Grampos ilegais da Bahia?, do jornalista Marconi de Souza e equipe, do jornal A Tarde, de Salvador. Uma série versando sobre o assunto revelado por ISTOÉ também foi premiada: ?No rastro das propinas?, de Alan Gripp, Ancelmo Gois, Dimmi Amora e equipe, levou para O Globo o prêmio na categoria Jornal e Revista.

Também foram premiados

?Água: o desafio do século XXI?, de André Trigueiro, da Globo News (televisão); série ?Brasil bonito?, de Sônia Bridi, da Rede Globo (responsabilidade social); ?Um retrato da fome?, de Filomena Salemme, da Rádio Eldorado (rádio); ?A espada é a lei?, de Julio César Guimarães, do Lance! (fotografia); ?Nos porões do futebol?, de Lúcio de Castro e Fellipe Awi, de O Globo (reportagem esportiva); ?E agora, Anatel??, de Ceila Santos, da WorldTelecom (telecomunicações veículo especializado); ?Retratos do Brasil: exclusão digital?, de Nelson Vasconcelos, Flávia Oliveira e equipe, de O Globo (telecomunicações veículo especializado); Portal JC OnLine, editado por Benira Maia (Internet); ?A Floresta Amazônica ainda queima, apesar das promessas?, de Larry Rohter, do The New York Times (correspondente estrangeiro); ?Cerrado?, de Ana Beatriz Magno, Érica Montenegro e Renato Alves, do Correio Braziliense (regional Centro-Oeste); série ?Infância roubada?, de Walace Lara, da TV Verdes Mares (CE) (regional Nordeste); ?Amazônia?, de Dione Santana e Marilea Amaral, do jornal A Crítica, de Manaus (AM) (regional Norte); ?A máfia do transporte na cidade de São Paulo?, de Alencar Izidoro e Chico de Gois, da Folha de S. Paulo (regional Sudeste); ?Uma viagem ao país bandido?, de Carlos Wagner, do Zero Hora (regional Sul); além de menções honrosas para os jornalistas Francisco José, da Globo, Washington Novaes, pelo programa ?A década da aflição?, veiculado na TV Cultura, e Jean Raupp, pela reportagem ?Flagrante: sequestro relâmpago?, exibida na RBS de Santa Catarina.”

 

SEMINÁRIO / JORNALISMO

“Empresas de comunicação devem se renovar, até para sobreviver”, copyright O Estado de S. Paulo, 27/09/03

“O Seminário Internacional de Jornalismo 2003 foi encerrado ontem com uma recomendação objetiva às empresas de comunicação: investir em transformação e renovação para garantir sua sobrevivência como fonte de informação. A sociedade já exige informações em texto, som e imagem. Resta às empresas integrá-las e oferecê-las pelos diferentes meios disponíveis.

Mais do que isso, mudar as regras básicas do mercado explorando meios, como novas opções nas redes sem fio. A sugestão é do consultor e sócio da The Electronic Publishing Group, Vince Giuliano.

A mudança leva as empresas a oferecer não apenas informação, mas conhecimento, novas ferramentas para o dia-a-dia das pessoas, que participam ativamente da construção e definição do conteúdo a ser disponibilizado.

?Essa estratégia (de olho na vanguarda dos novos meios) é a opção mais arriscada, mas é a que pode trazer os maiores lucros?, afirmou Vince, depois de ressaltar que a tendência do mercado de jornais a longo prazo é perder mais leitores e publicidade. ?As pessoas passam menos tempo lendo jornais.?

Essa modernização rumo à produção e divulgação de informação multimídia deve incluir até mesmo a transformação arquitetônica das redações. ?Derrubar paredes?, eliminar salas individuais e integrar equipes no mesmo espaço é fundamental para garantir o sucesso da mudança editorial. O sócio fundador de Innovation International Media Consulting Group, Carlos Soria, apresentou no seminário um novo modelo para o ambiente de produção jornalística. ?As redações devem funcionar como um sistema solar, com núcleos de trabalho por tema que se comunicam e estão em torno de uma mesa central de comando para texto, som e imagem?, explicou o consultor. Em sua apresentação – seguida por um debate coordenado pelo diretor de redação do Estado, Sandro Vaia -, Soria destacou que a ?mesa central? é um órgão colegiado, que rompe a estrutura piramidal freqüente nas redações.

O novo perfil das revistas foi tema de outra palestra, a cargo do consultor e membro dos Conselhos Editorial e de Administração da Editora Abril, Thomaz Souto Corrêa. O seminário, promovido pela Innovation, Comunique-se, Jornalistas & Cia e M&A Publicações e Eventos, teve ainda workshops sobre turbinas informativas, os novos processos nas redações e o gerenciamento destas em tempos de crise.”

 

INTERNET

“Lei Anti-Spam”, Editorial, copyright Folha de S. Paulo, 28/09/03

“Já há muito que os spams, as mensagens, em geral publicitárias, que chegam aos usuários de computadores sem que ninguém as tenha solicitado ou autorizado, se tornaram mais uma praga da vida moderna. É justamente para tentar contê-la que a Califórnia preparou uma nova e radical lei anti-spam.

Embora spams possam parecer relativamente inofensivos, estão longe de sê-lo. Os que deles se utilizam costumam compará-los às malas-diretas que são enviadas pelo correio tradicional. A diferença é que, no caso dos spams, quem paga a conta não é o anunciante, mas o destinatário, que, no mais das vezes, nem foi consultado para dizer se a propaganda é bem-vinda. No Brasil, por exemplo, cerca de 90% dos internautas se conectam por telefone. Pagam, assim, pelos impulsos que gastam para receber as mensagens.

Mais do que isso, spams já respondem por mais de 40% do tráfego de e-mails no Brasil. Provedores de acesso, para dar conta da demanda extra, adquirem novos equipamentos e repassam os custos para seus assinantes. Num cálculo conservador, spams geram despesas de várias dezenas de milhões de reais por mês.

A lei californiana, diferentemente de várias de suas predecessoras, tem uma chance de funcionar. O segredo está em sua radicalidade. Mensagens publicitárias só poderão ser enviadas de ou para computadores na Califórnia caso o anunciante tenha uma autorização explícita do destinatário. Na hipótese de não-cumprimento, quem enviou o spam e também a empresa ?anunciada? ficam sujeitos a uma multa que vai de US$ 1.000 por cada e-mail enviado a US$ 1 milhão por campanha. Para tornar as coisas ainda mais rígidas, são considerados parte legítima para iniciar um processo com base na lei não apenas o Estado, mas também provedores de acesso e usuários que tenham recebido mensagens não-solicitadas.

Como a Califórnia responde por cerca de 20% do tráfego de e-mails dos EUA e a lei diz que é responsabilidade de quem envia a mensagem certificar-se de que não a está mandando para endereços eletrônicos de residentes no Estado, especialistas apostam que as restrições californianas irão se ?nacionalizar?. Restam ainda, é claro, alguns buracos. Empresas sediadas fora dos Estados Unido e que entreguem seus produtos via internet (caso da pornografia, cassinos virtuais etc.) ou via correio comum (farmácias on-line, produtos de informática) ainda poderão abusar dos spams.

De todo modo, será preciso ver como as coisas vão funcionar na Califórnia e nos EUA após 1? de janeiro de 2004, quando a nova lei deve entrar em vigor. Não se deve desprezar a possibilidade de que ocorra uma disputa judicial para tentar anulá-la. Se os internautas californianos de fato conseguirem se livrar, ainda que parcialmente, da praga dos spams, estará demonstrado que a internet não é assim tão avessa a regulações.”

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“Microsoft decide fechar ?chats? e alega defesa contra pedofilia”, copyright Folha de S. Paulo, 29/09/03

“A Microsoft anunciou ontem que fechará as suas salas de bate-papo na internet (?chats?) em 28 países. A decisão, segundo a empresa, visa impedir que crianças fiquem sujeitas a contato com pedófilos e à exploração sexual. A medida entra em vigor a partir de 14 de outubro.

Analistas e concorrentes da Microsoft nesse segmento afirmaram ontem que a medida da empresa americana teria fins mercadológicos e que não haverá impacto no uso das salas de bate-papo. A Microsoft tem um desempenho fraco nesse setor e estaria disposta a focar produtos de maior sucesso, como os de envio de mensagens instantâneas e de e-mail.

Nos países onde a Microsoft decidiu não fechar as salas, o uso delas será mais restrito. Em alguns, o acesso será permitido apenas a assinantes. Os EUA, o Canadá e o Japão se encaixam nesse grupo.

Em outros, como o Brasil, haverá um monitoramento 24 horas das salas de bate-papo. As salas criadas por usuários serão encerradas. Permanecerão apenas as do próprio MSN (site da Microsoft onde se localizam as salas de bate-papo da empresa). Novas salas podem ser criadas.

Levantamento do IbopeRatings indica que a participação da MSN no segmento das salas de bate-papo, em residências, no mundo é baixa. No Brasil, está em 2,04%. Nos EUA, em 1,17%.

?A Microsoft tem preocupações sociais. Mas acredito que essa medida tenha sido mercadológica. As salas de bate-papo não atraem muito dinheiro [para a empresa]?, disse Michal Halama, analista da empresa de pesquisas de informática Gatner. Empresas concorrentes, como a AOL e o Yahoo, consideradas gigantes internacionais no segmento de salas de bate-papo, disseram que a decisão da Microsoft não as afetará.

A AOL já havia fechado as salas de bate-papo no início do ano.

?O que a MSN está fazendo levará seus usuários a utilizarem outras salas de bate-papo. Ninguém vai parar de usar as salas. Nós sabemos dos problemas envolvendo as salas e eles não se resolvem com o fechamento delas?, disse um porta-voz da Freeserve, um dos principais concorrentes do MSN no Reino Unido.

Algumas empresas de segurança da internet, como a NSPCC e a NCH, elogiaram a decisão da Microsoft.”

 

“Grandes anunciantes são os que investem mais em mídia online”, copyright Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br), 24/09/03

“Pela primeira vez, os anunciantes com maiores gastos estão transferindo mais dólares para a propaganda online. Os serviços de negócios e de consumo, automobilísticos, farmacêuticos, de viagens, de turismo, como hotéis e resorts, e de seguros e imóveis foram os que mais ampliaram seus gastos com publicidade online no início de 2003.

Os dados são de pesquisa realizada nos Estados Unidos pela Nielsen/NetRatings, que serve de padrão em todo o mundo para medição e análise da audiência da web.

A área de serviços de negócio e de consumo, que inclui empresas de finanças e telecom, liderou todos os segmentos da indústria, com um aumento de US$ 100 milhões do primeiro trimestre de 2002 para o primeiro trimestre de 2003.

Os US$ 100 milhões representam 58% dos US$ 172 milhões de aumento total em gastos com publicidade online durante o período, segundo dados do Interactive Advertising Bureau, a AMI (Associação de Mídia Interativa) americana.

A indústria automobilística ampliou de US$ 27 milhões para US$ 57 milhões a verba para publicidade na web entre os primeiros três meses de 2002 e igual período de 2003. Foi um aumento de 90,5%. Entre os maiores anunciantes do setor, se destacam a DaimlerChrysler, General Motors, Ford, Toyota, Honda e Nissan.

Os laboratórios de remédio seguem de perto as montadoras. Elevaram em US$ 26 milhões os gastos com mídia online. O segmento de hotéis e resortes gastou US$ 15 milhões a mais na comparação de ano a ano. A indústria de seguros e imóveis foi a quinta a ampliar seus gastos. Investiu US$ 10 milhões a mais entre janeiro e março deste ano.

O que tem levado os grandes anunciantes a investir mais pesadamente na internet é a chance de poder atingir audiências segmentadas. É o que explica, também, o crescimento da participação de sites esportivos no bolo da web.

Nos primeiros três meses do ano passado, eles ficavam 4% do volume investido na mídia online. No mesmo período deste ano, abocanharam 5,7%.”