V.G.
diretor de redação do diário capixaba A Gazeta, Ariovaldo Bonas, sai do cargo e retorna a São Paulo por motivos particulares. O jornal A Gazeta mudou muito nos três anos em que esteve sob o comando de Bonas. Criou novas colunas diárias, promoveu os talentos locais, valorizou a reportagem com a criação de uma editoria própria e abriu espaço para a produção de uma grande reportagem por dia, sob a rubrica “Cena Capixaba”. O jornalismo local era valorizado e prestigiado.
Desta forma, o jornal viu crescer seu público e aposta que este crescimento é longo e duradouro. Estão sendo investidos US$ 12 milhões num novo parque gráfico para o jornal.
Uma semana antes da saída de Bonas, o jornalista Plínio Marchini assumia a direção-geral do jornal A Gazeta, no Espírito Santo, com a determinação expressa de cumprir as funções de um publisher. A saída de Bonas não tem relação com a chegada de Plínio Marchini. No dia do fechamento deste texto, 14 de abril, Roberto Muller Filho, chegava ao Espírito Santo para assumir a direção de redação do jornal.
Nessas semanas tensas, avanços e recuos. Registremos:
O jornalista Uchoa de Mendonça deixa de ser um colunista diário e passa a ser um colaborador regular da página de opiniãatilde;o. Um anacronismo de décadas foi solucionado parcialmente. Ver remissão.
A preguiça retorna imediatamente ao jornal: “Cena Capixaba” deixa de ser diária para ser semanal. O que poderia ser o caminho para o retorno da grande reportagem volta para a burocracia da mesmice.
O jornal deixa de publicar a seção Erramos.
O jornal deixa de publicar com visibilidade o fax de contato com a redação.
Barbárie e humanidade, Victor Gentilli