Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Boicote ao New York Post

TELETIPO

Certas bancas de jornal da cidade de Nova York estão boicotando o New York Post, algumas há quase dois meses. Vendedores árabes estão revoltados com o tablóide, que dizem "amaldiçoá-los" em editoriais anti-islâmicos. "As pessoas nos olham como se fôssemos terroristas", desabafa um vendedor saudita. Informa Barbara Ferguson [ArabNews.com, 25/6/02] que a maioria das bancas no bairro do Brooklyn planejam parar a distribuição do Post em breve.

A revista online Salon pode fechar dentro de três a quatro meses se não conseguir financiamento. Desde a estréia, em 1995, a publicação já perdeu mais de US$ 76 milhões. Apesar da tentativa de arrecadar fundos com a cobrança de assinaturas ? que conseguiu atrair mais de 35 mil pagantes ? os auditores da PricewaterhouseCoopers dizem ter dúvidas sobre a viabilidade do negócio: segundo a AP [27/6/02], resta apenas US$ 1,5 milhão ao grupo Salon Media.

A Press Complaints Commission, órgão britânico independente de fiscalização da imprensa, recebeu número recorde de queixas em 2001, 36% a mais em relação ao ano anterior. Das 3.033 reclamações, apenas 3% vieram de celebridades: 90% foram feitas pelo público. A maior parte das ações questionava a precisão da reportagem; houve também aumento de queixas sobre discriminação racial, especialmente em matérias sobre imigração após os ataques de 11 de setembro. A comissão, no entanto, resolveu a maioria dos casos de forma amigável, sustentando apenas 19 reclamações. Segundo a AP [24/6/02], o crescimento da procura é atribuído ao maior reconhecimento do papel da PCC, e não um sinal de que os padrões jornalísticos estão decaindo.

As montadoras de automóveis estão gastando milhões de dólares por ano em suas próprias revistas ? publicações que vendem produtos e "estilos de vida" associados à marca ? esperando estimular a fidelidade dos consumidores. Volvo, Cadillac (divisão da General Motors) e Ford Motor já lançaram as suas. Conta Jocelyn Parker [Dow Jones Newswires, 25/6/02] que as edições não são lucrativas, pois geralmente são enviadas de graça, mas os fabricantes apostam no desejo do consumidor de conhecer as novidades da indústria antes do grande público.