Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1280

Cantor teria recebido US$ 1 milhão por entrevista

MICHAEL JACKSON

Michael Jackson recebeu US$ 1 milhão da rede de TV americana CBS pela entrevista que concedeu ao programa 60 Minutes, que foi ao ar no domingo, 28/12. Segundo New York Times, a quantia faz parte de um contrato de US$ 5 milhões entre o cantor e a CBS. As informações são de um sócio de Jackson, que preferiu não ser identificado.

O contrato previa a apresentação de um programa especial com o astro, que já havia recebido US$ 1,5 milhão adiantados. Mas com a prisão de Jackson ? acusado de pedofilia ? os programas foram adiados, e a CBS optou por fazer a entrevista, que foi a primeira concedida pelo cantor após o escândalo envolvendo o suposto abuso sexual de um adolescente.

Um porta voz do 60 Minutes desmentiu as informações, alegando que a CBS não paga por suas entrevistas. De acordo com o sócio “anônimo” de Jackson, o dinheiro para o pagamento do cantor não saiu do orçamento do programa, e sim do orçamento para entretenimentos da emissora. Desta forma, afirma ele, a CBS deslocou o dinheiro internamente, para que a produção do 60 Minutes pudesse negar a responsabilidade sobre o pagamento.

Outro porta voz da CBS, Chris Ender, também negou que tenha havido qualquer tipo de pagamento pela entrevista. Segundo ele, o programa especial e a entrevista são duas coisas completamente diferentes. Ender ressaltou, porém, que o único momento em que os dois projetos estiveram ligados foi quando Jackson foi acusado de molestar um menor. “Nós informamos à equipe do Sr. Jackson que não poderíamos transmitir o especial se ele não se pronunciasse sobre as acusações em um programa de notícias da CBS”, afirmou.

Entrevistas e programas especiais sobre sua vida são a principal fonte de renda de Michael Jackson. Ele fatura alto quando a transmissão é feita dentro dos Estados Unidos, e fatura muito mais quando é transmitida para o exterior. “Ele é um negócio, então tudo o que ele faz é tratado como parte de uma empresa”, concluiu o jornalista Ian Drew, do US Weekly.