Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Comunique-se

AL-JAZEERA

"Al-Jazeera tem história contada em livro", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 12/04/02

"A emissora Al-Jazeera é o único canal árabe de notícias que desafia governos e luta pela liberdade de imprensa. Situada no emirado do Quatar, tem 50 repórteres espalhados por 30 países e 40 milhões de telespectadores fiéis. Sua história está contada no livro ?Al-Jazeera: como uma rede de notícias árabe livre deu um furo de reportagem no mundo e mudou o Oriente Médio?, da Editora Westview, escrita por Adel Iskandar e Mohammed-Nawawy.

Al-Jazeera deu todos os furos possíveis referentes à guerra no Afeganistão. Foi ela quem registrou o momento em que o terrorista Osama bin Laden celebrava o sucesso dos ataques ao World Trade Center, no dia 11 de setembro. ?O episódio catapultou a Al-Jazeera para o epicentro do telejornalismo mundial?, disse Iskandar em entrevista à repórter Bettina Barros, do jornal Valor Econômico.

Um dos trechos do livro conta a história da visita do presidente egípcio, Hosni Mubarak, ao Qatar, em janeiro de 2000. Ele decidiu visitar os estúdios do canal na capital, Doha. Depois de conversar com a equipe de Jornalismo e conhecer cada canto da emissora, ele comentou ao ministro da Informação, Safwat Alzharif: ?Tanta dor de cabeça por causa de uma caixa de fósforo como esta!?.

O comentário de Mubarak tem explicação. Al-Jazeera transformou a vida dos governantes dos países árabes em um verdadeiro inferno. Até hoje, registra e comenta cada decisão dos regimes autoritários. Foi ela quem, pela primeira vez, comentou a guerra civil argelina e as cem mil mortes, resultados de dez anos de conflito.

Desde que foi fundada, em 1996, pelo chefe do govenro do Qatar, Hmad bin Khalifa Al-Thani, a emissora já recebeu 450 reclamações oficiais. O canal aborda assuntos que vão desde a liberdade de imprensa até os direitos da mulher. ?Um dos méritos da Al-Jazeera é justamente quebrar tabus?, disse Mohammed El-Nawawy. A matéria de Valor conta que o canal é fruto de uma parceria frustada entre o Orbit Radio Television Service e a divisão árabe de tv do Serviço de Notícias da BBC. Mas os sócios entraram em atrito e financiaram a emissora durante apenas 20 meses.

Mas tudo tem seu preço. A Al-Jazeera passa por uma censura interna. Apesar de Qatar ser um país pequeno, há fatos que a emissora deve omitir, como foi o caso do golpe do emir no seu próprio pai, em 1995.

O livro tem 224 páginas e custa US$ 24."

 

PULITZER

"Guerra ao terror dá Pulitzer ao ?New York Times?", copyright O Estado de S. Paulo, 9/04/02

"O jornal The New York Times ganhou, ontem, o prêmio Pulitzer de 2002 pela editoria A Nation Challenged (Uma Nação Desafiada), mantida em suas páginas após o ataque terrorista de 11 de setembro e a subseqüente guerra no Afeganistão. O terrorismo e a guerra, como esperado, dominaram a premiação do mais disputado troféu do jornalismo americano. O Times, como é conhecido, ganhou ainda em seis outras categorias.

O Wall Street Journal ganhou na categoria notícias, pela cobertura do 11 de setembro nas mais difíceis circunstâncias – sua equipe teve de abandonar a redação, próxima ao WTC.

Outro jornal da costa leste, The Washington Post, levou dois prêmios setoriais. Na categoria reportagem nacional, pela cobertura abrangente da guerra contra o terrorismo. Em reportagem investigativa, tres repórteres do Post ganharam o Pulitzer por uma série de denúncias contra o governo da capital federal, por sua negligência nos cuidados com crianças colocadas sob sua proteção legal que resultaram em 229 mortes.

A equipe de The New York Times foi premiada na categoria reportagem didática pelas reportagens, antes e depois do 11 de setembro, sobre a rede global de terrorismo e seus perigos."