Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Comunique-se

GM EM CRISE

"Argentina: greve pára jornal", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 21/09/01

"Os 50 jornalistas de Comercio y Justicia, da cidade de Córdoba, na Argentina, farão nova assembléia na segunda-feira (24/9) para decidir se entram novamente em greve. O jornal não chegou na quinta-feira (20/9) às bancas porque no dia anterior os jornalistas decidiram fazer uma greve de 24 horas.

40% das ações do Comercio y Justicia foram comprados há algum tempo pela Gazeta Mercantil. Mais tarde os outros 60% também foram comprados pela GM. Mas o aguçamento da crise argentina mais a queda do faturamento publicitário nos jornais brasileiros criaram novas dificuldades e, em conseqüência, tanto os pagamentos pela compra do jornal como os salários estão atrasados. Na verdade, a GM só deve aos jornalistas argentinos o mês de agosto passado e já pagou inclusive metade do 13? salário (pela lei argentina, essa parcela deve ser paga em julho). Uma fonte da direção da Gazeta qualificou de ?precipitada? a greve de hoje e garantiu a Comunique-se que a situação dos salários estará regularizada dentro de poucos dias.

Os pagamentos aos antigos donos do jornal estão mais atrasados do que isso, mas, em vista da crise no país, eles não estão criando qualquer problema nem manifestam intenção de desfazer o negócio. A rotativa de Comercio y Justicia é uma antiga Goss de 3 unidades. O jornal, antes desta última crise, saía com 48 páginas, agora reduzidas a 36, com uma segunda cor nas capas (verde) e só. O sindicato de jornalistas de Córdoba e a redação ficaram felizes com a compra do jornal, porque, como disseram, a situação era quase desesperadora e a chegada da Gazeta Mercantil foi vista como tábua de salvação.

A compra de CyJ enquadrou-se na estratégia da Gazeta Mercantil de distribuir sua edição latino-americana como encarte em jornais de vários países. A dificuldade em encontrar parceiros nos grandes jornais de Buenos Aires levou a GM a buscá-los no interior do país.

Há cerca de 20 dias, 45 computadores e 8 impressoras foram furtadas da redação de Comercio y Justicia, mas fontes do sindicato local asseguraram a Comunique-se que ?fué obra de delincuentes?."

 

NYT, 150 ANOS

"O New York Times, 150 anos, deixa festa para depois", copyright Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br), 18/09/01

"Os 150 anos do jornal ?The New York Times? vão passar em brancas nuvens. A data é hoje, 18 de setembro, e um festival de eventos seria detonado, se não fossem os atentados terroristas da semana passada. Uma edição especial estava nas máquinas. Tudo foi adiado.

A primeira edição do então New-York Daily Times foi fechado à luz de vela em cima de um estábulo no que é hoje a Times Square, onde o jornal mantém um simbólico QG. Custava 1 penny – um centavo de dólar.

O diário sobreviveu às seqüelas da guerra civil, a infindáveis crises políticas e econômicas, às duas guerras mundiais do século XX, ao crash da Bolsa em 1929 e a dezenas e dezenas de concorrentes.

O ?Times? – como é chamado na intimidade – entrou no século XXI como um conglomerado de US$ 3,5 bilhões. Para simbolizar seu poder e de algum modo presentear a cidade que o viu crescer, a empresa contratou o arquiteto italiano Renzo Piano, co-autor do Centre Pompidou, em Paris, e ganhou o projeto de uma torre de vidro que deve começar a ser construída no próximo ano.

Torres, em Manhattan, passaram a despertar medo, mas os donos do ?Times? – a família Sulzberger – insistem em confirmar a obra. Mesmo que elas possam a vir significar liberdade – a de informar, de que a jornal se vangloria desde seus primórdios.

?Não é a melhor hora para comemorar?, disse um porta-voz da empresa."

    
    
                     
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