Entrevista com Michelle Rôças, repórter do JB Online
R.F.
parte mais gostosa de se fazer jornal na Internet é correr para colocar fotos, prestar serviços, e informar o máximo possível”, diz Michelle Rôças.
– Assim que sabemos da notícia, temos um ou dois minutos para colocá-la no ar, senão tomamos furo. Depois, vamos acrescentando mais informações à medida que vão chegando. Acrescentamos fotos, colocamos links. Isso aconteceu na morte da Lady Di, quando cobrimos seu funeral em tempo real, com fotos quase que simultâneas vindas da AP. Colocamos mural de condolências, links para diversos sites relacionados e galeria de fotos. Os leitores vibram e participam. Principalmente os brasileiros que moram no exterior.
Segundo Michelle, a cobertura da chuva no Rio no dia 8 também foi muito boa:
“Servimos como base para muitas pessoas que estavam presas em escritórios e não sabiam como agir ou se deveriam ir para casa ou não. Colocamos fotos da cidade inundada e o acesso ao nosso site aumentou consideravelmente nesse dia.”
O JB Online está na Internet desde maio de 95, oficialmente. Experimentalmente, desde fevereiro do mesmo ano. Trabalha em parceria com a AJB. Notícias internacionais são fornecidas pela AP. As notícias nacionais são apuradas pelos repórteres da agência e os correspondentes em outros estados. Vão para o sistema editorial e são vendidas aos assinantes da agência.
O serviço de últimas notícias do JB oferece aos leitores informação das 9h às 21h diariamente, exceto nos finais de semana, sobre o trânsito no Rio, o movimento das bolsas, os acontecimentos no mundo, e o acompanhamento dos trabalhos no Congresso.
Michelle reconhece que a Região Sudeste recebe maior atenção, porque é nela que acontecem os fatos mais relevantes, com exceção da política. “É claro que não deixamos de dar uma nota só porque ela acontece em outra região”, ressalva. “Os correspondentes estão por todo o país para o que der e vier. Mas a tendência é cobrir com maior abrangência o Sudeste. Até mesmo por questão geográfica, já que nossa sede é aqui.”
A equipe tem cinco jornalistas e três estagiários e é dividida de forma que haja sempre dois ou três profissionais no período das 9h até uma da madrugada. É claro que esse horário de saída depende do fechamento do jornal. Nos finais de semana os plantões são sábado e domingo, com uma folga a cada dois finais de semana, ou seja, são três equipes de plantões.