Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Crise nas empresas

Edição de Marinilda Carvalho

“A respeito da matéria Crise das empresas jornalísticas ou crise do jornalismo?, de 5/10: sou estudante de Jornalismo. Escuto todos os dias aquele batimento de que esse pessoal novo não aprende nada, é ?abobrinha?, como a própria matéria sugere. Até concordo. Mas por que deixam profissionais (?) assim entrarem em ação? Por que fazem de uma redação uma horta de abóboras? Até é sugestão de pauta: por que nós que passamos quatro anos enfiados na universidade não aprendemos o que o pessoal aprendia antigamente quando entrava direto na redação (assim vocês falam)?

Tenho mais perguntas: por que essa generalização (generalização não existe!)? Outra, mesmo que eu seja um ?Carlos Heitor Rossi Bernardes Simão?, porém jovem, ainda serei abóbora? Ou, realmente, para minha infelicidade, para ser bom tem de ter 30 anos de profissão? Na faculdade, não aprendo muita coisa – acho que muitos concordam comigo: o negócio é ir à luta. E é realmente onde se aprende mais -, mas se aprende.

Ou, pensando bem, se a coisa é como vocês falam, um dia não haverá mais jornalistas. E eu tô esperando.

Adoro o Observa. Abraços.”

Israel de Castro

Com a carta de Israel – o OBSERVA agradece a contribuição… :-))) – abrindo o Caderno do Leitor, nem é preciso dizer que o destaque da edição fica com a crise nas empresas.

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Clique sobre o texto sublinhado para ver a íntegra

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Excelente a análise no artigo “Crise nas empresas”. Era assinante da FSP e da Veja; a Veja dispensa comentários. Há muito que sua utilidade se resumia em matar o tempo em viagens de ônibus. E agora tenho carro…

FSP: Paulatinamente o jornal foi me achando burro e incapaz de ler. Decidiu que leitor não gosta de ler. A conclusão seria então fechar o jornal, mas em vez disso, passaram a “explicar” o Brasil, o que é tarefa para livros, não matutinos. E livros é para quem gosta de ler.
Ernani Porto

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Alberto Dines tocou no pronto central: os jornais perdem qualidade, leitor e dinheiro. A crise é antiga. Poderiam estar melhor de vida se mantivessem o mínimo de respeito pelo jornalismo. Quanto ao JB, com uma dívida maior que o título, agora fica entre bispo Macedo e Ary Carvalho. É um dilema: o circo de horrores do Ratinho ou a perspicácia administrativa. Macedo ou Carvalho, cada vez mais longe segue o antigo JB, naufragando em sucessivas políticas editoriais. Lembro-me do Correio da Manhã, do O Jornal, da Última Hora e do recém-finado A Notícia.

Com esse currículo, o destino do JB não é promissor. Continuo lendo por teimosia.

Luís Carlos Bittencourt

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Sou advogado, gaúcho, e gostaria de ver no OBSERVATÓRIO algumas considerações sobre a presepada do Grupo RBS (onde o governador Antônio Britto iniciou sua carreira) na compra da Companhia Riograndense de Telecomunicações, depois de tomar uma rasteira da Telefónica de España. A RBS já demitiu quase trezentos funcionários, reduziu o salário de suas estrelas e está na iminência de pedir concordata. Será que veremos o poder público auxiliando vergonhosamente a RBS a sair do atoleiro?

Felipe Flores Pinto, Porto Alegre

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Sou estudante do terceiro ano de Jornalismo da Unisantos. Quero dizer que conheço muita gente que inventa matérias ou tem preguiça de fazê-las. Isso é preocupante. Esses serão os futuros profissionais. A ética nem é discutida, o que vale é a notícia. Os debates acabaram na minha classe. A Unisantos tem uma estrutura falha, principalmente em radiojornalismo, telejornalismo e fotojornalismo, tendo seu carro-chefe no impresso, com prêmios Líbero Badaró e Intercom. Para se ter uma idéia, tivemos aulas de ética apenas no segundo ano, e quem as deu foi um filósofo e advogado, que não relacionava o dia-a-dia dos fatos jornalísticos à ética. É um problema enorme.

Luciano Guimarães

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Fernando Barros e Silva, da FSP, denunciou o processo de analfabetização galopante do povo brasileiro através da mídia. Dines denuncia o nivelamento por baixo. Oscar Wilde resumiu, há mais de um século, o que estamos enfrentando: “A mediocridade – o poder dos fracos sobre os fortes – é a pior tirania que existe”.

Teresa Barros, Rio de Janeiro

O que estarrece, o que interessa em tudo isso realmente não é o valor da diária. É a arrogância do homem público, pago pelos pobres contribuintes, ao comentar o episódio. Se tudo ocorreu como a Folha apurou, ele cometeu um crime, crime dos maiores, pois mostrou que existia uma linha de interesse entre ele e a tal de Telefónica. José Rosa Filho

Na minha opinião, o OBSERVATÓRIO é um sopro de oxigênio, de ar fresco, de reflexão. Um autêntico “metajornalismo” saudável e, pra mim, indispensável. Por favor, continuem nesse pique.

Nelson Machado, redator publicitário

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Em primeiro lugar, é com satisfação que, nas poucas vezes em que tenho oportunidade de assistir ao programa OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA na TV, Alberto Dines e sua equipe nos gratificam com as informações e os questionamentos. É um prazer assisti-los. Segundo, a análise sobre o que acontece com nossa imprensa não poderia ser mais oportuna e correta. Não teria nada a acrescentar sem ser redundante. Parabéns. E que continuem observando e criticando com a propriedade e a experiência que vocês possuem. Parece que é o que falta aos mencionados meios de comunicação.

Roberto T. Helou

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É a primeira vez que leio o O.I., e fico feliz por encontrar coerência e verdade em suas palavras. Faço parte da estatística de formados em Jornalismo (me formei em 96) que não encontram espaço para trabalhar. Os sites jornalísticos pelos quais mais procuro na Internet são aqueles que ao mesmo tempo discutam, criticamente, e façam jornalismo. E que de preferência se esforcem em não se deixar subjugar à mesmice.

Elisângela Balbino dos Santos

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Parabéns a Alberto Dines pelo ponto de vista. Enquanto existirem pessoas lúcidas assim, sobreviveremos.

Roberto Cabrini, Globo/Nova Iorque

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Parabéns, até que enfim a análise dos jornais, que estava faltando! Pensam que somos imbecis! A Folha de S. Paulo é a Rede Globo pós-moderna. “Moderninha” em comportamento e polêmicas fúteis e absolutamente conservadora em política. É a porta-voz de FHC.

Sucesso!

Celso Meirelles Case

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Gostaria de parabenizá-los pela maravilhosa iniciativa de criar um veículo da imprensa que critique a própria imprensa. Ao assistir ao programa na TV Cultura [ver remissão abaixo], com a participação do Millôr Fernandes, fiquei impressionado com a franqueza e o nível das críticas feitas a algumas empresas ligadas à imprensa (principalmente à todo-poderosa). Ofereço todo o apoio a esse empreendimento.

Milton Júnior

Muito ilustrativa a censura feita aos palavrões do Millôr bem durante o assunto… sobre censura. Devo acreditar que o programa, com o tema que tem, na TV em que é exibido e naquele horário, encontraria mesmo muitas crianças e outras mentes impressionáveis que poderiam se chocar com uma fala sem pudores. Falsos pudores, aliás, o que me faz pensar, agora, que os americanos e sua discussão explícita e cansativa sobre como e quem seu presidente comeu são infinitamente menos hipócritas que nosso melhor programa de TV, que não encontra público adulto o suficiente para respeitar.

E já que não posso dar um chega prá lá no idiota que decidiu a censura ao que devo assistir, desconsolado aceito os estreitos limites de seu programa, e sugiro um episódio que gostaria de ver esmiuçado: a vitória de uma ação movida por um homem público contra um cartunista. Imagino que o assunto seja um tratado sobre direitos e pensamento, e o episódio em si deve mostrar bem claro como essas fronteiras devem ser tratadas, os erros em sua abordagem e suas conseqüências. O humorista em ferros é uma imagem comum, incomum será ter de concordar, talvez, com isso

Francisco Sá Godinho

Alberto Dines responde: Caro Francisco, o editor que editou a matéria do Millôr não é um idiota, é um jornalista experimentado, responsável e progressista. Quem avalizou a sua decisão fui eu. Acho que você precisa do Ratinho, do Leão. Não sabe o que significa construir um padrão alternativo, numa emissora educativa. Saudações, A.D.

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Visitei hoje o site de vocês pela primeira vez e gostei. Tem textos muito bons, é simpático e bem-feito. Um lugar em que se respeita o leitor, não é? Pois então, que tal mudar esse negócio de “leitor de mal com, leitor de bem com” [ver remissão abaixo]? Isso infantiliza. É uma forma de apresentar a argumentação do cara, que pode ser ultra-racional e bem fundamentada, como um desabafo emocional.

Mas, de qualquer forma, é só um detalhe. Um abraço pra vocês aí do O.I.

Flávio Righetto

Nota do O.I.: Quem acompanha há um pouquinho mais de tempo o Caderno do Leitor sabe que os títulos mencionados não são permanentes – apenas simbolizaram um estado de espírito digamos… “de mal” com o “contexto eleitoral” daquela quinzena… :-)))

É importante a informação que a jornalista Mônica Macedo nos traz sobre o interesse do povo americano por Ciência & Tecnologia. Fica evidenciado que o interesse maior não é tanto por C&T, mas por novas descobertas, por aquilo que deslumbra. Isak Bejzman

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O trabalho de Conceição Lemes [ver remissão abaixo] me encantou. Trata-se de um trabalho que, além de informar, aponta caminhos inclusive para a própria classe médica, que vive seu dia-a-dia de vicissitudes sem se dar conta de que a pandemia HIV/AIDS está aí e continua aí. Entre os vários caminhos apontados no trabalho de Conceição está um que ela não explicita, mas que está, sim, bem implícito: educação popular em saúde é fundamental.

Os seres humanos apresentam diversos tipos de personalidade. Só um pequeno percentual tem características obsessivas. Portanto, o número de aidéticos que vai respeitar religiosamente a ingestão adequada dos medicamentos é percentualmente pequeno. A medicina tem grande experiência ao vivo e a cores com a tuberculose: tratamentos longos acabam se perdendo pelo caminho.

Pediria à jornalista permissão para uma consideração sobre a indicação que ela faz da necessidade de se criar uma nova especialidade médica. A princípio, nada contra, mas sendo eu também médico digo, com toda tranqüilidade, que o que mais urge é a medicina retomar seu humanismo, que, parece, também está se perdendo pelo caminho.

O trabalho de Conceição me encheu de alegria. Minha monografia de conclusão do curso de Jornalismo na PUC-RS em 1991 sobre Saúde e Comunicação Social seguiu roteiro parecido. Meu trabalho se baseou em entrevistas de profissionais das áreas de saúde e comunicação social. Fiz da minha monografia uma grande reportagem. Tive todo o apoio de meu orientador, o professor Gerbase, enquanto o coordenador geral das monografias gritava que o trabalho rompia com as normas científicas. Foi uma guerra. Hoje sinto que minha reportagem foi incompleta. Não entrevistei o povo: aquele que sofre a ação dos profissionais de saúde e de mídia; e o povo também produz saber. E como. Isak Bejzman

Conceição Lemes comenta: Isak, duas considerações sobre o seu e-mail:

1? ): não se trata de criar uma nova especialidade médica para lidar com as pessoas com HIV ou Aids. O que se defende é que sejam cuidadas por infectologistas com experiência na área. A razão é a grande, e cada vez maior, complexidade do tratamento, com novidades a todo instante, que os clínicos em geral não têm condições de acompanhar. Tanto que vários trabalhos científicos demonstram que os HIV-positivos, acompanhados por especialistas, vivem mais do que os tratados por clínicos em geral.

2?) Resgatar o humanismo significa investir e melhorar a relação médico-paciente. Afinal, ouvir as queixas, examinar atentamente, ter paciência para explicar o tratamento contribuem – e muito – para a adesão aos tratamentos prolongados, inclusive Aids. Só que isso não se consegue com consultas rapidinhas de cinco, dez minutos. Resgatar o humanismo na relação médico-paciente passa também pelo resgate da dignidade da profissão, hoje bastante aviltada por condições inadequadas de trabalho e salários ultrajantes. C. L.

 

Acabo de ler o e-mail de Rodney Brocanelli sobre a Máfia dos CDs. Na terça-feira (29/9) colunista da Folha de S. Paulo fez considerações muito parecidas sobre o assunto, criticando as gravadoras pelo preço do CD etc. Não tenho procuração das gravadoras ou dos artistas para defendê-los, mas digo e repito: pirataria é crime! Cobrar caro pelo CD pode até ser ganância, calhordice, crocodilagem, o que vocês quiserem chamar. Mas não é crime. Não há um artigo na lei que diga o contrário. Além do mais, apesar de as margens de lucro serem altas, é preciso analisar duas coisas: no preço ao consumidor, qual é a margem da gravadora e qual é a margem do comerciante? Sim, a fabricação do CD está mais barata (e é isso que torna a pirataria um crime lucrativo), mas a gravadora paga o artista, o direito autoral, o aluguel do estúdio, a divulgação, promoção, pós-produção, contratação de músicos, técnicos, produtores e sabe lá mais o quê.

Pirataria é crime e ponto final. Uma matéria sobre esse assunto não tem nada que ficar procurando justificavas demagógicas para a cópia ilegal. Vale lembrar que outro dia mesmo a imprensa noticiou a apreensão de 8 milhões de CDs piratas no Panamá, milhares deles, de MPB! Então os piratas não são caras bonzinhos que estão permitindo o acesso da população pobre à cultura. Os piratas são ladrões. Já os motivos que fazem o CD ser tão caro no Brasil são assunto para outra história, a ser explorada em outra matéria, se alguém quiser fazer…

Carlos Vasconcellos

Rodney Brocanelli comenta: Eu concordo com o leitor: pirataria é crime, sim. Mas continuo achando que a indústria fonográfica tem a sua parcela de culpa nisso ao cobrar caro por um CD. Os custos “artísticos” de um CD devem ser os mesmos ou até mais altos em países como os EUA, e o preço não ultrapassa os R$ 12 (convertidos os valores). Isso não é justificativa demagógica, é fato. Todos citam e querem imitar os exemplos de países do Primeiro Mundo apenas quando convém. Por que não nesse caso?

Só me preocupa a escala de valores do missivista. Para ele, cobrar um preço exorbitante por um CD não é crime. Mas é tão imoral quanto o ato de pirataria, penso eu. O problema não é o que está na lei ou não. É algo muito mais complexo. E acho que nosso amigo não se deu conta disso. Abraços, R.B.

Aqui no Brasil, pessoas que nascem em berço esplêndido estão acima da Justiça.

Wilson Gordon Parker

Nos últimos cinco anos o FMI impôs sua cartilha a 85 países. Quarenta deles estão quebrados e 45 continuam na mesma. Isak Bejzman

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De repente todo mundo só fala em bolsa de valores e o que devemos fazer para nos adaptar a essa verdadeira loucura virtual. Cada vez que um desses idiotas que operam nas bolsas começa a brincar de “videogame financeiro”, o mundo todo balança. Milhares de empresas quebram e milhões de pessoas perdem seus empregos. Isso é uma insanidade!! É aí que a imprensa está cometendo seu maior pecado. Não podemos ficar discutindo como nos adequarmos a essa loucura. Temos que promover uma campanha nacional no sentido de se discutir o que fazer para dar um basta nisso. Pércio Martins da Silva

Sobre o artigo de Sidney Garambone [Ver remissão abaixo para o artigo “Pelo fim da propaganda política pseudo-jornalística”], o estranho é que a lei proíba que o programa eleitoral gratuito no rádio e na TV seja apresentado por um profissional remunerado. Tá na lei, não é estranha a impunidade?

Helder Rangel, estudante de Jornalismo da UFPB

Sidney Garambone responde: Caro Helder, quando se pensa nas milhares de pessoas bradando ideologias e sacudindo bandeiras de candidatos que pagaram para isso, pode-se pensar que tudo é válido. Mas não é. Não sejamos também hipócritas. Se o jornalista ganha para assessorar, tudo bem. Daí meter seu rosto na TV, vendendo a credibilidade adquirida em anos, cabe uma séria reflexão. Abraços, S. G.

Sobre o artigo de Eduardo Meditsch [ver remissão abaixo], vou prestar vestibular no final deste ano, e li o suplemento da IstoÉ número 1.509. Estava procurando informações sobre os cursos em faculdades do Nordeste. Para minha surpresa, esqueceram cursos de qualidade conhecida nacionalmente (alguns internacionalmente), como o curso de Engenharia de Minas (UFPB), Engenharia Elétrica (UFRN), Engenharia Mecânica (UFRN). Citei os cursos de Engenharia porque farei Engenharia de Produção, e pesquisei sobre eles. Não sei se foi a distância do Nordeste que contribuiu para atrapalhar essa pesquisa. Se era para fazer um caderno informativo para os vestibulandos, que fizessem direito.

Marcelo Augusto Bastos Parente

Neste momentos de apatia e indiferença pelos rumos políticos, comungo da frase presente na letra da música de Zé Ramalho: “Vocês que fazem parte desta massa e passam nos projetos do futuro, é duro tanto ter que caminhar e dar muito mais do que receber e ver que toda esta engrenagem já sente a ferrugem lhe comer. Ê vida de gado, povo marcado, povo feliz.”

Parece que vamos caminhar com os “donos da verdade”. Os sem-acesso a informações confiáveis seguem as previsões dos detentores da verdade. É uma falta de respeito à mais importante virtude e característica humana: a de pensar subjetivamente e contribuir para a construção da sociedade. Estamos assistindo a uma forma de “marcação”, como os fazendeiros fazem com os bois nas fazendas, ao impor o destino.

Que as luzes se façam para construirmos a sociedade justa que queremos respeitando o humano e fazendo acontecer a verdadeira democracia.

Antônio Coquito

Em Jundiaí estamos vivenciando uma situação no mínimo constrangedora. A administração pública municipal vem contratando, ano após ano, sem licitação, jornais e emissoras de rádio de Jundiaí, com a finalidade de servir aos interesses do poder estabelecido. Usa a imprensa para promoção pessoal dos administradores e de seus feitos. A população fica, assim, privada do conhecimento de sua realidade, já que inúmeros fatos são omitidos e outros são maquiados, conforme as “regras” implícitas nos contratos. Rita de Cássia Gomes Pereira

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Fui objeto de manchetes, em 1995, como psicólogo tetraplégico que queria uma ação liminar da Justiça paulista autorizando a eutanásia, pois sofria muito com minha tetraplegia. Mudei de opinião: tenho hoje o essencial para viver como tetraplégico, e considero crime, concordando com a atual lei, quem pratica a eutanásia. Os jornais não me deram espaço. José Fernando Bressane

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O descaso com o julgamento dos recursos de multas impetrados no Detran e no DER/DF é vergonhoso. A demora é acompanhada de respostas que tiram do sério qualquer monge. Bruno A. C. Santos

Novo site em construção: <http://sites.uol.com.br/cwabramo/>. Por enquanto é uma espécie de lata de lixo tanto para coisas que escrevi no passado como para pequenas produções incidentais. Parte trata de assuntos jornalísticos.

Cláudio Weber Abramo

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Criada em 1991, a Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR) reúne profissionais de notório saber das áreas de ciências sociais, médicas, humanas e jurídicas, empenhados em defender o direito à liberdade e à dignidade de cidadãs e cidadãos nos campos da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos.

A CCR inaugura seu site na Internet: <www.ccr.org.br>, e convida a todos para uma visita.

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O Balcão de Poesia está nascendo. Para começar um sonho com recursos zero (por enquanto) e assim oferecer um espaço de troca com amigos, seresteiros, trovadores, amantes declarados, poetas tímidos, enfim, todos os que amam poesia… os que fazem dela sua vida, embora possam nem viver dela.

Chegar a um sítio é meta – mas há muito ainda a fazer (antes disso). Veja a pagina em: <www.ppessoa.zaz.com.br/paginas/poaemora2200.htm>

Eliana Mora, Rio

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Africanos, brasileiros, portugueses, Vidas lusófonas na Internet: <http://www.marktejo.pt/vidaslusofonas>, um novo site surgido no dia 5 de outubro. Trata-se de um conjunto, mensalmente ampliado, de biografias históricas de personalidades relevantes dos oito países de língua portuguesa. Estas biografias são coordenadas pelo escritor Fernando Correia da Silva, autor de vários romances, entre os quais Mata-Cães e Querença.

O site arranca com dez biografias, a que se juntarão todos os meses outras quatro. Para outubro estão selecionados os vultos de D. João I, D. João II, Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Fernão de Magalhães, João Ramalho (português pioneiro entre os índios do Brasil no século 16), Fernando Pessoa, Almada Negreiros e Amílcar Cabral. Em novembro juntam-se-lhes Fernão Lopes, Damião de Góis, Gungunhana e Marechal Rondon (explorador brasileiro morto em 1958). Em dezembro, começam a navegar Soares dos Reis, Sacadura Cabral, Lopes-Graça e Miguel Torga.

Das normas estilísticas selecionadas para Vidas Lusófonas ressalta que o “rigor histórico tenha um impacto de short story“, a obrigação de “dizer muito em poucas palavras”, “transferir a ação do passado para o presente”, “evidenciar o nó dramático da história que se conta”, “não explicar o porquê da ação, ela que se explique por si mesma” e, sobretudo, praticar a “rarefação de adjetivos”. O site tem o patrocínio da Missão para a Sociedade de Informação (Ministério da Ciência e Tecnologia) e dos CTT – Correios de Portugal.

Fernando Correia da Silva

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O Núcleo de Estudos de Arte, Mídia e Política/Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais do Departamento de Política da Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo convida para o seminário 100 anos – Brecht Eisenstein Lorca, de 19 a 28 de outubro, no prédio novo da PUC-SP.

Vera Chaia

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A Associação Brasileira de Franchising (ABF) está dando início ao processo de inscrição para o Prêmio ABF Destaque Franchising?98, que premia empresas e indivíduos que tenham contribuído para a evolução do franchising no Brasil.

Estudantes e pesquisadores com trabalhos sobre o sistema de franchising no Brasil podem participar também da 5? edição do Prêmio ABF Destaque Franchising. Informações pelo telefone da ABF, (011) 573-9496, pelo e-mail <jornalismo@abf.com.br> ou no site da ABF, <www.abf.com.br>.

Katia Maria de Francischi

Por mais quatro anos seremos o país do futuro, e o povo continuará sorrindo sem dentes, morando sem teto e plantando sem terra. No entanto, teremos o orgulho de ter, comandando nossa nação, um monarca inteligente e estudado que sabe falar várias línguas, entre elas a dos banqueiros internacionais, do FMI e dos Grandes Conglomerados industriais que financiam a globalização. Edilson

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A emoção de voltar à terrinha, rever parentes, velhos e novos amigos, está acima de qualquer aspecto traduzido em sofrimento, pensei ao decidir voltar a morar em Alagoas. Triste engano. Não há como manter-se alijado do universo de fome, miséria e ignorância quase absoluta desse pobre povo. Alfredo Leão

 

LEIA TAMBEM

A crise das empresas: A Imprensa em questão n? 53

e A Imprensa em Questão

Mendonça de Barros

Pesquisa sobre Aids

Leitores “de mal”

Propaganda pseudo-jornalística

Compactos do O. I. na TV


Continuação do Caderno do Leitor

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