Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Daniel Castro

PLAYBOY TV

“Playboy TV Brasil”, copyright Folha de S. Paulo, 26/10/03

“Canal pago com 15 milhões de assinantes no mundo (300 mil no Brasil), o Playboy TV entra no próximo dia 2 na segunda fase do processo que está apimentando sua programação_até alguns meses, o canal não mostrava o órgão masculino. A pedido das mulheres (30% da audiência), isso está mudando.

Domingo que vem, à 1h, estréia ?Dossiê?, o primeiro de uma série de programas produzidos no Brasil, México, Argentina e Espanha, com conteúdo mais ?hot?. Dramatizações de fantasias, ?Dossiê? conta com a brasileira Patrícia Duarte no elenco. Depois, virão os também latinos ?S.O.Sex?, ?Erotika?, ?PlayGame? e ?Intimidades?.

OUTRO CANAL

Mico O quarto ?Big Brother Brasil? só estréia na Globo em janeiro. Mas, a partir de 6 de novembro, o canal Multishow serve um aperitivo, com ?Nem Big, nem Brother?, programa com vídeos dos candidatos já rejeitados na seleção do elenco da próxima edição do ?reality show?. Bizarrice total.

Rejeição Executivos da Globo vêm fazendo cara feia para ?Sexo Frágil?, que entrou no lugar de ?Os Normais?. Reclamam que não faz sentido papéis femininos serem interpretados por homens.

Turno A equipe de produção do ?Programa do Ratinho?, do SBT, está tendo que trabalhar dobrado. Na semana passada, foram dispensados os dez estagiários que ralavam nos bastidores.”

 

TV PAGA

“?ER? combina o previsível e o novo”, copyright Folha de S. Paulo, 26/10/03

“Nesta última quinta-feira foi exibido no canal por assinatura Warner o 200? episódio do drama médico ?ER?. Nos Estados Unidos, o seriado já está em sua décima temporada e ainda atinge o terceiro lugar na audiência no concorridíssimo cenário do horário nobre norte-americano. Qual será o segredo da longevidade de ?ER??

É uma pergunta que deve assombrar a noite dos executivos de TV norte-americana. Como é que se faz um seriado de tanto sucesso por tanto tempo? ?ER? não é o único há tanto tempo no ar, mas muito provavelmente é o que ainda tem fôlego para mais alguns anos. ?Friends?, por exemplo, que também está em sua temporada de número dez nos EUA, já está com os dias contados e, mesmo se ainda não estivesse para acabar, há muito que demonstra sinais de desgaste.

Uma pista possível pode ser a combinação quase perfeita entre previsibilidade e novidade. Quase todos os episódios têm a mesma estrutura, alternando os casos que chegam ao pronto-socorro de um grande hospital de Chicago e as complicadas vidas pessoais dos médicos e enfermeiras, e aqui cabe um parêntese curioso sobre as limitações do politicamente correto.

Ainda que ao longo destes dez anos tenham sido mostrados mulheres e homens exercendo a profissão de enfermeiro, não há nem houve nem sequer um enfermeiro homem a ser alçado ao círculo de personagens mais importantes, aqueles que têm vida pessoal. E, só para confirmar, dois dos casais mais famosos de ?ER?, os recentes Carter/Abby e os charmosíssimos Doug/Carol, eram formados pela clássica (e chauvinista) dobradinha médico-enfermeira.

Embora a estrutura se assemelhe e os dramas dos personagens principais não fujam daquilo de sempre -amores, desamores, encontros, separações, famílias problemáticas etc.-, o fato de a vida e a morte serem o pano de fundo de ?ER? introduz, de alguma maneira, um interesse que não se esgota. Sabe-se o que esperar na maioria dos episódios, mas, ainda assim, o desfile das doenças, dos acidentes, das milhares maneiras de morrer oferece algum tipo de revelação permanente. É como se, diante do sofrimento e da dor na ficção, a simples constatação de estar vivo e bem, ou no mínimo melhor do que qualquer um daqueles que estão nos corredores do hospital, se transformasse numa espécie de epifania.

Acrescente-se a isso um ritmo que faz até mesmo filmes de ação parecerem arrastados e que inspirou outras séries de sucesso, como ?CSI?. A sensação de urgência e a tensão que comanda não apenas os procedimentos médicos, mas também os diálogos e relações entre os personagens são mantidas, de maneira notável, em seu grau máximo há dez anos.

E, além de tudo, foi ?ER?que lançou George Clooney para o cinema.”

“Assinante prefere filmes americanos”, copyright Folha de S. Paulo, 26/10/03

“Uma pesquisa do Ibope revela que a programação de cinema majoritariamente norte-americana da TV paga segue exatamente a preferência dos assinantes.

De acordo com o Target Group Index (novembro/2002 a julho/ 2003), que analisa hábitos de consumo, os filmes dos EUA estão entre os prediletos dos que têm TV por assinatura: 59,82% declaram ter muito interesse por eles.

Nesse quesito, que aceitava múltiplas respostas, brasileiros ficaram em segundo lugar (58,03%), europeus em terceiro (36,35%) e os da América Latina -raros na TV- em quarto, com 25,18%.

Outro dado que chama a atenção: apenas 38,15% dos assinantes disseram ir ao cinema frequentemente. Dentre os não-assinantes, a taxa é ainda menor: 26,36%.

Quem tem TV paga prefere filmes legendados à dublagem (52,73%). Já os que contam só com a TV aberta têm predileção pelos dublados (70,56%). Por isso, o TNT, de pacotes mais básicos, costuma dublar seus longas. ?A idéia é aproximar da estética da TV aberta. Os clientes pedem filmes dublados, e cremos que isso atraia novos assinantes?, diz Anthony Doyle, vice-presidente da Turner do Brasil, do TNT.

O conteúdo da TV por assinatura responde à demanda do telespectador em razão de o serviço ser pago, na avaliação de Alexandre Annenberg, diretor executivo da ABTA (Associação Brasileira de TV por Assinatura). ?As pessoas pagam pelos canais. Logo, a intenção deles é oferecer o que o cliente quer.?”