Saturday, 27 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

David W. Chen

RÁDIOS ÉTNICAS

"Explosão de rádios étnicas nos EUA conforta imigrantes de todo o mundo", copyright Último Segundo (www.ultimosergundo.com.br), 17/7/01

"

As estações de rádio que atendem a grupos étnicos específicos estão aumentando cada vez mais nas regiões mais distantes da área metropolitana de Nova York, refletindo tanto a crescente diversidade nos subúrbios quanto as mudanças na radiodifusão

Ao amanhecer na região central de New Jersey, trabalhadores indianos acordam para ouvir orações em hindi no rádio. Ao meio-dia, em Long Island, imigrantes chineses solitários contam seus segredos ao locutor de um popular programa de rádio chamado ?Happy Family? (Família Feliz). Ao anoitecer em Hudson Valley, poloneses americanos recebem as últimas notícias da Varsóvia na estação de notícias do distrito de Rockland, que é completamente polonesa, o tempo todo.

Embora a maioria das estações de rádio que atendem a grupos étnicos específicos atraia apenas uma quantidade ínfima das audiências das rádios, Howard Stern afirma que elas estão aumentando cada vez mais nas regiões mais distantes da área metropolitana de Nova York, refletindo tanto a crescente diversidade nos subúrbios quanto as mudanças na radiodifusão.

As emissoras étnicas estão se estabelecendo nos subúrbios, em parte, porque uma estação na cidade de Nova York pode custar dez vezes mais que uma no subúrbio. Além disso, podem estabelecer uma comunicação para a crescente comunidade de imigrantes suburbanos, ao mesmo tempo em que ocasionalmente alcançam os grupos étnicos da cidade.

Dirigidas por locutores locais que funcionam como pontes culturais, as estações também estão saciando a sede dos imigrantes por notícias, interação e entretenimento baseados nos assunto de suas terras natais em um tempo em que imigrantes, na cidade e no subúrbio, estão transformando a região de Nova York.

?A diversidade étnica é grande, e houve uma explosão das rádios étnicas em Nova York nos últimos anos?, afirma Zev J. Brenner, presidente da Talkline Communications Network, uma rede judia de rádio e televisão em Manhattan, que ajuda vários grupos étnicos a alugar ou comprar estações de rádio e televisão. ?Se você mudar de radio no subúrbio, provavelmente ouvirá mais radio étnicas do que poderia em Manhattan, no Brooklyn ou no Queens?.

A mudança na radiodifusão de Nova York reflete as tendências em Chicago, Los Angeles, Washington e várias outras cidades, onde os ouvintes podem encontrar estações com transmissões em árabe, vietnamita ou coreano. E essas conclusões não incluem a proliferação das estações espanholas, que se tornaram o objetivo final nesta indústria, e programações relativas a outros grupos étnicos de Língua Inglesa.

Tom Taylor, editor do M Street Daily, um boletim informativo de rádio, afirma que desvios demográficos contribuiram para o interesse pelas estações étnicas. De acordo com o censo de 2000, alguns bairros do subúrbio registraram um aumento na porcentagem de minorias que superou os números observados no Queens. Em New Jersey, o grupo que mais cresce é formado pela população asiática, que aumento 77%.

A economia foi outra importante razão que contribuiu para a nova tendência, particularmente após a revisão de 1996 da lei de comunicações dos EUA permitir que corporações possuam várias estações em um único mercado.

Atualmente, uma estação suburbana com um sinal fraco pode custar US$ 2 milhões e uma estação capaz de transmitir para toda a cidade de Nova York vale cerca de US$ 30 milhões, segundo Gary Stevens, dono de uma estação de rádio em Connecticut.

De acordo com Taylor, o resultado foi o surgimento de dezenas de estações étnicas na última década, atraindo uma média de audiência de entre 10 e 20 mil pessoas, com outros milhares de ouvintes via Internet.

As estações normalmente se dividem em três categorias: emissoras de AM e FM; estações que dividem uma freqüência com uma grande emissora e exigem um rádio especial ou uma assinatura; e rádios piratas, que surgem com uma programação local em freqüências vazias, principalmente no Brooklyn e em Queens."

 

DISNEY & FOX

"Disney deve comprar a Fox Family Worldwide", copyright The New York Times / Último Segundo (www.ultimosegundo.com.br), 21/7/01

"A Walt Disney Co. deve comprar a operadora de televisão a cabo Fox Family Worldwide por US$ 5,2 bilhões, informaram executivos ligados às negociações na noite de sexta-feira

A Walt Disney Co. está perto de fechar um acordo para a compra da Fox Family Worldwide, uma operadora de televisão a cabo, por aproximadamente US$ 3,3 bilhões em dinheiro e deve assumir a dívida de US$ 2 bilhões da companhia, informaram executivos ligados às negociações na noite de sexta-feira.

A News Corp, proprietária de metade da Fox Family, estava procurando um comprador para a rede desde que seu sócio, o produtor de programas infantis Haim Saban, ter obrigado a News Corp a pagar por sua parte.

A Fox Family Worldwide é proprietária do Fox Family Channel, que tem perto de 80 milhões de assinantes, mas tem enfrentado uma forte concorrência do canal Nickelodeon, da Viacom, e de outras redes a cabo."

 

TNYT

"Lucro do ?The New York Times? caiu 30,7% no segundo trimestre, copyright O Estado de S. Paulo, 20/7/01

"O The New York Times Co. anunciou que seus lucros caíram 30,7% no segundo trimestre em comparação ao período equivalente do ano anterior. A queda nas receitas com vendas de anúncios publicitários foi a principal responsável pelo desempenho. Os resultados superaram as expectativas dos analistas. A Times Co. projetou que poderá corresponder às expectativas de Wall Street apenas se a receita de publicidade se recuperar no quarto trimestre.

O declínio econômico no setor de revistas atingiu um dos gigantes da mídia mundial. Dois anos depois de financiar uma revista com o objetivo de testar a viabilidade de criação de uma divisão de revistas, a News Corp. retira-se totalmente desse ramo.

Na terça-feira, Lachlan Murdoch, vice-presidente executivo da companhia e responsável pelo desenvovimento da unidade de revistas, declarou aos membros sêniores do quadro editorial da Maximum Golf, que a única revista da companhia nos Estados Unidos está à venda.

Um executivo da News Corp. indicou que, no ambiente atual, a companhia não acredita que valha a pena manter toda a infra-esturura de publicação de revistas para ter apenas uma revista. A renda obtida com anúncios por todas as revistas americanas caiu 8,2% em junho, em comparação há um ano, de acordo com o Publishers Information Bureau."

    
    
                     

Mande-nos seu comentário