Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

De volta à fofoca

TELETIPO

Apenas três semanas após a American Media virar personagem de notícia sensacionalista demais até para seus próprios tablóides, a empresa está voltando à cobertura de celebridades e fofocas. O National Enquirer e o Star, diz Paul Colford [New York Daily News, 30/10/01], anunciaram que já não falariam de Osama bin Laden ou da guerra no Afeganistão na edição de 1o de novembro. David Pecker, presidente da companhia, disse que a decisão nada tem a ver com o frisson causado pela morte de um de seus fotógrafos por antraz e a contaminação de dois funcionários. Segundo Pecker, seus leitores estão ficando saturados de notícias da guerra na TV e procuram os tablóides para se entreter. "Não queremos ser o que não somos", disse. As vendas caíram 18% quando o caso de antraz na AMI tornou-se notícia nacional. Atualmente, afirma Pecker, estão em baixa de apenas 10%.

A revista virtual Slate e o sítio da BBC receberam o prêmio de "excelência em jornalismo online por sítio independente", na segunda edição do Online Journalism Awards. Outros ganhadores foram o sítio indiano Rediff pela cobertura do terremoto em Gujarat e a Salon, por uma série de reportagens sobre a Clear Channel Communications, uma empresa americana poderosa na indústria do rádio. Apesar das honras, os sítios noticiosos ainda sofrem com a queda vertiginosa de publicidade que fechou muitas empresas e deixou outras lutando para sobreviver. A própria Salon já caiu da bolsa principal de ações da Nasdaq e vende ações a quinze centavos de dólar. Mas Sreenath Sreenivasan, professor da Universidade de Columbia e responsável pela premiação, acredita que a qualidade não sofreu apesar do mau tempo. "O cenário de excelência jornalística criado pela competição prova que as notícias de morte do jornalismo de internet foram exageradas." As informações são da Reuters (29/10/01).

    
    
                     

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