Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Dez correspondentes deixam tropas americanas

TELETIPO

Pelo menos 10 jornalistas dos mais de 600 chamados a acompanhar unidades militares americanas no Iraque deixaram o posto, afirma Joe Strupp [Editor & Publisher, 31/3/03]. Segundo o Pentágono, o número de pedidos de desligamento passa de 30, mas quando informados de que suas organizações perderiam o lugar, os correspondentes desistem. "Se você for embora, desistiu. Pode ser colocado na lista de novo como todo mundo, mas assim que sair, seu lugar será ocupado por outro", avisou o coronel Jay DeFrank. Os desistentes alegam diversas razões, desde esgotamento físico à preocupação de não estar conseguindo produzir mais boas matérias na unidade. Entre os que tiveram que deixar o campo de batalha está o fotógrafo da Reuters Damir Sagoj, que quebrou o pé.

O governo iraquiano divulgou uma lista de 52 jornalistas que poderão permanecer em Bagdá. Entre eles estão os dois correspondentes da al-Jazira, Diar al-Omari e Tayseer Allouni, expulsos pouco antes, informa a AP [4/4/03]. Para Ciar Byrne [Guardian, 4/4], a decisão de permitir a presença da imprensa pode indicar que as autoridades a consideram útil no caso de um possível cerco militar. Enquanto isso, conta Jim Rutenberg [New York Times, 4/4], os jornalistas tentam trabalhar sob a supervisão atenta de homens designados pelo governo, que intimidam os entrevistados. Com eles ao lado, "as pessoas ficam com um nó na garganta porque sabem que têm que dar a resposta certa", relata Nic Robertson, da CNN.