Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Eduardo Ribeiro

COMUNICAÇÃO CORPORATIVA

"Comunicação corporativa ganha força", copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 2/8/02

"A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial – ABERJE (que logo logo acrescentará ao seu nome também a palavra Organizacional) mostrou ser uma das mais amadurecidas e ousadas instituições brasileiras, mudando os estatutos para poder profissionalizar definitivamente sua administração. De agora em diante, a tradicional diretoria ganha assento num Conselho Deliberativo, sob a presidência de Rodolfo Guttilla, e todas as atividades operacionais passam a ser geridas por um presidente executivo, que será o mesmo Paulo Nassar, que já cuidava de grande parte da administração da entidade, mas com status de diretor.

Com isso, os diretores livram-se de vez das questões burocráticas e ganham tempo e fôlego para fazer o que deles mais se espera: pensar, planejar e agir a favor da comunicação em todos os seus aspectos mais relevantes, deixando o gerenciamento do dia-a-dia para uma equipe efetivamente remunerada para isso. Comprometidos como estão hoje os profissionais com as organizações que representam, quanto mais operacionais eles tem de ser numa entidade de classe, menos funcionam e mais delas se distanciam.

Outro exemplo marcante, nesta direção, se deu com a criação da Associação Brasileira das Agências de Comunicação – ABRACOM, em meados do primeiro semestre, congregando cerca de 60 das mais importantes empresas do setor. Escaldado por tentativas anteriores de organização, as agências só se animaram a novamente se organizar dentro de uma entidade com o compromisso inarredável de que a administração e parte da operação fossem profissionalizadas. Todos sabiam que essa decisão seria mais dispendiosa no curto prazo (como está efetivamente sendo), mas há entre os participantes o consenso de que a médio e longo prazos o custo-benefício dessa decisão será enorme, pois permitirá que a entidade efetivamente funcione, gerando os resultados por todos esperados.

A ABRACOM não chegou, obviamente, à sofisticação da ABERJE, até por ser ainda muito nova e dispor de poucos recursos para vôos tão ousados. Mas certamente se espelhará nela quando chegar o momento de dar um novo passo.

A ABERJE, não podemos esquecer, nasceu nos idos dos anos 60 por iniciativa até certo ponto despretenciosa de colegas que editavam revistas e jornais de empresa (daí a própria razão do nome). Quando a Comunicação Corporativa precisou de uma representação mais efetiva, a entidade foi transformada oficialmente na Associação Brasileira de Comunicação Empresarial e deu seus primeiros passos na direção da mudança, com a eleição de Miguel Jorge para a presidência, por insistência e influência direta de Antonio Alberto Prado. Prado foi, portanto, o primeiro visionário do que estava porvir.

Ele percebeu que havia espaço e necessidade para essa evolução, mas achava que a entidade precisava de um nome para seu comando que impusesse respeito ao mercado e aos próprios associados. E Miguel era (como ainda é) uma das maiores expressões profissionais da comunicação brasileira. O próprio Prado depois o sucedeu e quando chegou a hora de passar o bastão convenceu os colegas de que a entidade, naquela altura, precisava não mais de um profissional típico, mas sim de alguém com peso no campo empresarial, que pudesse explodir o discurso da comunicação corporativa nos staffs das organizações e entidades empresariais. Foi quando nasceu a idéia e o consenso de convidar o jornalista, advogado e empresário Ruy Altenfelder, figura de proa no meio empresarial e político, para presidir a ABERJE. Ruy foi o indutor da segunda mudança de qualidade na administração da ABERJE: a contratação de um secretário executivo, que a partir dali iniciaria o tão sonhado processo de profissionalização.

Daí para a frente a comunicação corporativa e empresarial experimentou um crescimento dos mais expressivos tanto quantitativa quanto qualitativamente. Deixamos de ser o editor do jornalzinho, ou o homem que lê os jornais todos os dias, ou ainda a figura que organiza os eventos dentro das empresas e instituições, para ser integrante do primeiro escalão das empresas (não de todas, obviamente, mas de um grande número delas). De subalternos sem maior serventia (com as raras e honrosas exceções de praxe) passamos a ter peso e a ser ouvidos nas estratégias de negócios, no planejamento da empresa, na discussão das ações que geram resultados. Enfim, deixamos de ser despesa para integrar o time que ajuda a gerar receitas.

Isso beneficiou também o mercado de fornecedores, pois se houve (como era de se esperar) um enxugamento dos departamentos de comunicação (como de resto todos os demais departamentos que pouco ou nada tinham a ver com a operação direta de determinada empresa), houve, por outro lado, a decisão de se investir mais e melhor nesse naco da comunicação, fruto da excelente relação custo-benefício que ele trazia para as empresas (tanto em imagem como e principalmente nos negócios).

No vácuo dessa nova mentalidade entraram, cresceram e se profissionalizaram as agências de comunicação, muitas delas hoje maiores que a maioria das redações brasileiras – embora muito distantes, ainda, em termos de faturamento, das primas americanas.

Se funcionou dentro das próprias agências, a profissionalização também funcionaria na entidade setorial. Optar por esse caminho foi, pois, apenas questão de coerência e lógica, daí a ter sido item eliminatório na criação da ABRACOM.

Se hoje a Comunicação Corporativa e Empresarial, de um modo geral, é uma das que melhor remunera os colegas das áreas de jornalismo e relações públicas, se é uma das que mais crescem, dentro do mercado em geral, se conquistou o respeito de seus vários interlocutores, grande parte se deve a essa profissionalização e à visão desse grupo de idealistas que põe a causa da comunicação à frente de seus próprios interesses particulares e corporativos."

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"Prêmios de Jornalismo: mais de R$ 230 mil em jogo", copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 2/8/02

"Em tempos bicudos como os que estamos presenciando no mercado jornalístico, já há mais de um ano, muitos colegas redobraram a atenção nos vários prêmios que estarão em jogo nos próximos meses. Além de prestígio, uma conquista dessas pode representar um bom reforço no orçamento.

O mais importante de todos é o Esso, que este ano subiu a verba de premiação de R$ 85 mil para R$ 115 mil, distribuídos pelas 13 categorias. O prêmio maior levará R$ 30 mil e o Especial de Telejornalismo (que dobrou) R$ 20 mil. O Esso tem uma vantagem adicional super importante: o valor anunciado é líquido, ou seja, já descontado o imposto de renda, que, nesses casos, é significativo (a empresa banca a diferença e recolhe o imposto para o governo). O regulamento está disponível no site. Outras informações podem ser obtidas na RP Consultoria, no telefone 21-2522-5941, com Ruy Portilho ou Paula Carvalho, e mesmo com o gerente de Comunicação da Esso, Guilherme Duncan, no 21-2277-2196.

Um outro prêmio significativo com inscrições abertas é o 1? Abimaq de Jornalismo, que distribuirá R$ 40 mil aos vencedores das categorias Reportagem Jornalística, Artigo em Revista Especializada, Informação Econômica e Reportagem em Rádio e/ou Televisão. É um prêmio setorial, bancado pela Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos, podendo concorrer trabalhos publicados desde 1? de janeiro até 31 de outubro deste ano, sobre a indústria brasileira de máquinas e equipamentos, exceto as áreas automotiva, eletro-eletrônica e de transportes.

Tem, portanto, uma filosofia diferente do espírito de um prêmio geral, como o Esso, pois procura induzir a produção de matérias especiais sobre o segmento. No caso do Esso – e é por isso que ele é ainda o mais importante do País – não há indução de pauta e o júri se debruça sobre o que de melhor a imprensa produziu no período e faz a escolha levando em consideração o jornalismo, no seu sentido mais amplo e nobre. De qualquer modo, os prêmios setoriais tem seu valor e são uma oportunidade para os que atuam no segmento. No caso do Abimaq, as inscrições estarão abertas até 5/11 e as informações estão no site ou na WN&P, no 11-5542-2655.

O Senai também criou o seu prêmio de reportagem, tendo por tema a Educação Profissional, para o qual destinou R$ 41 mil, para trabalhos produzidos de 22 de março a 30 de setembro deste ano. São duas categorias, jornalismo impresso (jornal e revista) e jornalismo eletrônico (rádio, tevê e internet), valendo R$ 10 mil para o 1? colocado em cada categoria, R$ 5 mil para o 2? e R$ 3 mil para o 3?. Dos vencedores das duas categorias sairá o vencedor do Prêmio Senai de Reportagem, que ganhará a quantia extra de R$ 5 mil, mais uma viagem para a Suíça (passagem e diárias). Informações sobre o prêmio podem ser obtidas através do telefone 61-317-9172, pelo e-mail monica@dn.senai.br ou no site do Senai.

Também a Fiat Allis está para abrir as inscrições ao seu prêmio, voltado para o segmento de transporte, de certo modo complementando o segmento abrangido pelo Abimaq. No ano passado, esse prêmio distribuiu aos vencedores das categorias jornal e revistas, mais matérias especiais, a quantia de R$ 35 mil. A agência Lápis Raro, que cuida da conta da empresa, já está cuidando do lançamento da iniciativa. Informações do Fiat Allis podem ser obtidas pelo telefone 31-3275-3038.

A Bovespa também tem o seu prêmio voltado para o mercado de capitais, que distribui R$ 21 mil aos cinco primeiros colocados. Houve uma mudança significativa na área de comunicação da instituição e isso pode mudar um pouco as estratégias e objetivos da Bolsa, mas como o prêmio já se tornou tradicional, as chances de que continue são grandes. A entidade, de qualquer modo, ainda não o anunciou. Os que quiserem maiores informações poderão obtê-la na própria assessoria da entidade no 11-3233-2374 ou 3233-2000.

Mais modesto, o Prêmio Abramge virou referência na área de medicina de grupo e destina R$ 7 mil aos vencedores. Também concentra suas baterias no segundo semestre, sendo que o prazo de inscrição encerra-se em 30 de setembro. O objetivo é valorizar a pesquisa e o desenvolvimento da medicina no Brasil. Podem concorrer matérias, publicadas na mídia impressa de todo o Brasil entre o período de 1? de janeiro e 30 de setembro de 2002. Concorrem trabalhos que abordem o tema Obesidade – causas, efeitos e tratamentos. O regulamento completo está no site da Abramge.

Além desses, há outros prêmios que dão produtos e viagens e não dinheiro. São os casos do Abrelpe, Unisys e Santos Dumont, que distribuirão carro, computador e viagem.

O Abrelpe, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, dará ao vencedor um automóvel gol zero km e viagens para Fernando de Noronha e Porto de Galinhas (com direito a acompanhante) para o segundo e terceiro colocados. O tema deste ano é O lixo nosso de cada dia e somente serão aceitos trabalhos publicados em veículos impressos, que abranjam o período entre 16 de outubro de 2001 e 30 de setembro de 2002, sendo que as inscrições vão até 1? de outubro. Informações sobre este prêmio podem ser obtidas pelo telefone 11-3021-2825, ou pelo e-mail accesso@uol.com.br, ou ainda no site da Abrelpe.

O Unisys tem por tema a questão da Inclusão Digital e é aberto a colegas que tenham publicado reportagens em veículos de mídia impressa (jornais, revistas e newsletters) ou digital (sites na Internet), no período de novembro de 2001 a outubro de 2002. O regulamento completo pode ser acessado aqui e as inscrições poderão ser feitas entre 1? de outubro e 5 de novembro de 2002. Os vencedores escolhidos em votação eletrônica, pelos próprios colegas de trabalho, receberão um notebook 8400 (1? colocado), um pentium III (2? colocado) e um CWT Celeron (3? colocado) – além de 2 passagens aéreas, no valor total de até R$ 2.600,00, de ida e volta, para destino no Brasil, a escolha do vencedor.

O Santos Dumont é promovido pelo Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica – INCAER, e patrocinado por empresas nacionais e internacionais. Foi criado pelo Serviço Internacional de Relações Públicas e Propaganda – SIRP, que também é responsável pelo seu planejamento e execução. Tem por objetivo estimular a imprensa na divulgação da atividade aeronáutica no Brasil. Poderão concorrer matérias (reportagem, artigo, entrevista ou similar) que tenham a aviação como tema, publicadas entre 1? de janeiro e 15 de dezembro de 2002. São cinco categorias, a saber: Aviação Comercial, Aviação Militar, Infra-Estrutura Aeroportuária e Aviação em Geral, mais a Categoria Especial – somente para jornais de circulação diária. Os vencedores de cada categoria ganham uma viagem aos Estados Unidos e/ou Canadá e ajuda de custo. Informações podem ser obtidas no SIRP, através do telefone 21-2240-8332 ou pelo e-mail mouras@temf.com.br

O Prêmio Ethos não é pecuniariamente significato mas também tem lá o seu charme ao procurar estimular a produção de matérias jornalísticas dentro do conceito de responsabilidade social empresarial. Poderão participar colegas com trabalhos produzidos no período de 1? de outubro de 2001 a 20 de julho de 2002, nas categorias jornal, revista, fotojornalismo, rádio e TV. Na verdade, os vencedores ganham um troféu e tem a chance de receber uma bolsa-pesquisa no valor de R$ 7 mil, se apresentarem projetos de estudos e pesquisas e estes forem aprovados pela comissão julgadora.

Ainda sem informações mais precisas, podem ser anunciados nessas próximas semanas os prêmios Icatu, Firjan e Líbero Badaró (revista Imprensa), que também distribuem generosas quantias para os vencedores.

Boa sorte aos concorrentes."