Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Ethevaldo Siqueira

TV DIGITAL

“Definição de TV Digital só em 2003”, copyright O Estado de S. Paulo, 3/11/02

“Para o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Luiz Guilherme Schymura, não há nenhum prejuízo para o Brasil em postergar a escolha do padrão de TV digital para 2003. O mundo prova que, embora essa tecnologia tenha evoluído e amadurecido nos países mais desenvolvidos, o grande desafio de sua introdução decorre do modelo de negócios a ser adotado.

Antes do estouro da ?bolha de telecomunicações?, tudo que era lançado se vendia com sucesso explosivo, como os celulares, dando a impressão de que o País devesse definir com relativa urgência o padrão de TV digital a ser implantado. Mas o preço elevado dos televisores digitais e de alta definição inibiu fortemente sua disseminação. Além disso, a escassez de conteúdo – como programas, filmes ou documentários – reduziu ainda mais o ritmo de expansão da TV digital.

Dificuldades – Toda a estratégia de desenvolvimento da TV digital no mundo foi concebida por volta de 1997, no Japão, Europa e Estados Unidos. Assim que a tecnologia digital se tornou disponível, surgiram os três padrões que hoje disputam o mercado brasileiro.

A idéia inicial dos fabricantes era a de que, a curto prazo, se pudesse implantar a TV digital na maioria das residências dos países de Primeiro Mundo. Isso, entretanto, não aconteceu.

Cinco anos depois de sua introdução, a minúscula parcela de 4% das residências européias, japonesas e norte-americanas contam com um televisor digital. Mais difícil ainda tem sido a implantação da TV de alta definição, como evolução da TV digital.

No Brasil, a discussão sobre a implantação da TV digital começou há pouco mais de quatro anos. Nesse período, a Anatel tem feito diversos estudos e patrocinado pesquisas, em conjunto com o CPqD de Campinas, a Universidade Mackenzie e a TV Cultura, com o objetivo principal de determinar o sistema que melhores resultados pode oferecer ao Brasil, tanto do ponto de vista tecnológico quanto do modelo de negócios.

Schymura argumenta que, a cada dia, o avanço tecnológico está sofisticando e reduzindo custos dos televisores digitais. Por isso, não há nenhum risco para o Brasil em aguardar mais seis meses ou um ano para definir com maior segurança tanto as linhas do modelo de negócios como a tecnologia da TV digital.

Com um pouco mais de tempo, até o Brasil poderá contribuir para o desenvolvimento de alguns segmentos, como é o caso das caixas-pretas ou set top boxes que, acopladas aos televisores convencionais, permitem a sintonia de TV digital. A Escola Politécnica da USP, por exemplo, está desenvolvendo um desses modelos de caixas-pretas, de baixo custo e elevada performance.

Modelo – Durante a International Broadcasting Conference (IBC), realizada em Amsterdã, há dois meses, ouvi de especialistas a opinião majoritária de que os problemas que impedem a expansão e o sucesso comercial da TV digital não decorrem da tecnologia mas, sim, do modelo de negócios.

O fato central é que, mesmo com toda a evolução tecnológica, a televisão digital ainda engatinha no mundo. Como conseqüência, acentuam os especialistas, todos perdem dinheiro, sejam emissoras ou fabricantes de equipamentos. Num momento de dificuldades econômicas mundiais como o que vivemos, a situação se agrava ainda mais, pois a maioria dos usuários ainda não está convencida das vantagens da nova televisão nem se dispõe a pagar os preços exorbitantes dos equipamentos. Apenas aquela pequena parcela de clientes conhecidos por early adopters ingressa no clube fechado da TV digital, cujo sucesso comercial exige massa crítica e muito mais tempo de maturação, mesmo diante dos novos e atraentes recursos oferecidos pela tecnologia, como integraç&atildeatilde;o com o telefone celular, interatividade, comércio eletrônico, mobilidade e numerosos serviços paralelos.

Há, assim, um claro descompasso entre os avanços tecnológicos, que criam verdadeiras maravilhas, e a crise econômica mundial que posterga a digitalização total da mídia eletrônica. É o que acontece com a TV digital, que tantos debates tem provocado nos últimos três anos no Brasil e que não será definida ainda este ano pela Anatel.

Para o Brasil, será bem mais vantajoso aguardar até um ou dois anos, não apenas para permitir a consolidação tecnológica, mas em especial para que o País conheça os resultados das experiências comerciais que se fazem em todo o mundo. Enquanto isso, o melhor a fazer é definir e aprimorar o modelo de negócios, que é a parte realmente significativa do problema.”

 

INGLATERRA

“Na teia da fama”, copyright Carta Capital, 6/11/02

“Nos últimos tempos, o reinado britânico tem sido inundado por escândalos envolvendo a vida íntima de celebridades.

Ulrika Jonsson, a clássica sedutora loira da tevê, de 35 anos, pasmou todos os súditos da rainha Elizabeth II ao revelar seu caso com o reservado e sombrio compatriota sueco Sven Goran Eriksson, o técnico da seleção inglesa, de 54 anos.

E um outro enlace amoroso que recentemente veio à tona – mais uma vez graças aos relatos da ex-parceira – causou ainda maior espanto: o cinzento John Major, primeiro-ministro britânico de 1990 a 1997, cujo apetite por ervilhas e o hábito de meter a camisa dentro da cueca é motivo de gozação no puritano mundo anglo-saxônico, foi capaz, entre 1984 e 1988, de realizar acrobacias na cama com Edwina Currie, uma deputada conservadora que escreveu romances repletos de seios e tórax peludos.

Edwina, vale sublinhar, não é, apesar de ser mestre da arte de flertar, nenhuma Elizabeth Hurley, esta belíssima aos 37 anos.

Mas a atriz, produtora e modelo Liz Hurley, também elevou para um nível artístico sua habilidade de usar tablóides – que vendem milhões de cópias – para fazer marketing pessoal. Desta vez não foi uma aparição trajando um justíssimo vestido de Versace, como no lançamento do filme Quatro Casamentos e um Funeral, no qual, em 1994, estrelava seu então namorado, o célebre Hugh Grant. Poucos meses atrás, Liz deixou qualquer inibição de lado e falou alto e claro para a imprensa que o pai de seu filho, Damian Charles, era Steve Bing, o produtor milionário de Hollywood. Steve, por sua vez, negava, lá do outro lado do Atlântico.

Após muita pressão, inclusive do tablóide britânico Daily Mirror, Bing, também conhecido como ?Bing Laden? pelo círculo de Liz, fez um teste de paternidade. Veredicto: ele é realmente o pai de Damian.

Interessa, indagou outro dia um colunista de tablóide (todos eles excelentes para emburrecer o povo), se Camilla Parker-Bowles e o príncipe Charles vão se casar? O próprio colunista respondeu: não. Errado. Interessa – e muito. O culto à celebridade é um mercado lucrativo. E, na Europa, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (que engloba a Escócia e o Principado de Gales) é o país – ou conjunto de países, dependendo do ponto de vista do leitor – onde existe a maior demanda por picantes histórias de celebridades.

O motivo?

Segundo John Gray, professor da London School of Economics, cujo livro mais recente Straw Dogs: Thoughts on Humans and Other Animals (Granta) argumenta que não existe uma evolução da história – e os homens não são superiores aos animais -, a prosperidade e democracia que os britânicos gozam hoje gerou um tédio generalizado. Nesse contexto, a demanda pelo entretenimento se sobrepõe. Gray fala em ?economia do entretenimento?.

A maioria afluente, claro, ainda compra carros e motos e outros bens de consumo – mas são, em primeiro lugar, as experiências que esses meios de transporte oferecem, ainda segundo Gray, que realmente vendem. Em suma, na ?economia do entretenimento? o que conta são os elos com a noção da ?fama?. James Bond sempre dirigiu Aston Martin e mais recentemente BMW, mas agora, mais do que nunca, muita gente compra um relógio Omega para se associar ao ator Pierce Brosnan, o mais recente 007.

Por sua vez, os jovens entre 4 e 16 anos que compram produtos com a marca ?DB07?, lançada pela estrela de futebol David Beckham através da Marks & Spencer, querem emular o seu herói. E o jogador do Manchester United, que teria recebido da M&S 3 milhões de libras para desenhar seis coleções em três anos, capitaliza seu sucesso. Aos 27 anos, ele usa sarongue, relógios incrustados com diamantes, jóias, até mesmo brincos de diamantes. Muda o corte de cabelo da noite para o dia. Ora é loiro, faz permanente, volta a ser castanho, fica careca. Usa esmalte… nas unhas.

Com duas autobiografias antes dos 30 anos de vida, Beckham aparece com freqüência nas capas de revistas de moda masculina, como GQ, e de moda feminina, como Marie Claire. Marcelle d?Argy Smith, expert de moda da BBC, diz: ?Ele é suficientemente bonito para ser o sonho de uma mulher, uma fantasia dos gays e um ídolo de adolescente?.

Ou seja, o capitão da seleção inglesa inicia tendências. Claro, se antes era a mãe que o vestia mal (como admitiu Beckham no lançamento de sua primeira coleção para a M&S), hoje é sua mulher, Victoria Beckham, a Posh Spice, que o veste. O sarongue, claro, foi idéia dela. E há quem diga que Victoria não poderia ser mais kitsch. As festas do casal são de mau gosto, em termos de decoração e arranjos, piores do que as de Elton John. E Posh não consegue, em sua carreira-solo, passar a imagem de vanguarda. O lábio com brinco, descobriu-se após um show seu no qual ela estava vestida de cyberpunk, não havia, de fato, sido perfurado. Foi uma decepção geral. Em agosto, crivaram Victoria com frutas e verduras no lançamento de seu single, Not Such An Innocent Girl.

De qualquer forma, quem quiser perfurar o lábio, ou nariz e umbigo pode fazê-lo. E essa, argumenta John Gray, é a questão: a economia do entretenimento é, hoje em dia, acessível a todos. Se, três décadas atrás, escassos cidadãos podiam tomar champanhe num cassino de Monte Carlo com a classe e charme de Grace Kelly, hoje em dia qualquer jovem pode colocar uma saia ou raspar a cabeleira e ir dar uma volta em Camden Town, bairro descolado de Londres.

Celebridade – ou o sonho de se tornar famoso – é algo que pode acontecer com o político, o artista, o esportista. De fato, a fama não discrimina. É a demanda que determina quem será o próximo herói. E a escolha não é sempre racional. Pode ser uma espécie de loteria. Qualquer um pode, por exemplo, ser selecionado para participar do Big Brother na televisão. E assim fica famoso, é reconhecido na rua.

Na verdade, a televisão, como Hollywood nos anos 30, época da Grande Depressão, é hoje uma máquina de criar celebridades. E, de certa forma, segundo John Gray, esse mundo paralelo da fama escamoteia as inseguranças do dia-a-dia. Sim, porque apesar da afluência no Reino Unido, o futuro é incerto. Que guerras temos pela frente? Haverá uma crise financeira? E os ataques terroristas? Vale recordar: a chamada economia do entretenimento floresce em situações econômicas e políticas estáveis.

Isso, claro, se as raízes da economia do entretenimento forem consideradas econômicas. Mas quem disse que elas não são culturais? Em Who?s a Dandy (editora Gibson Square Books), George Walden argumenta, na introdução, que o dandismo de Beau Brummell, no século XIX, é cultural – e agora, como vimos acima, tornou-se um movimento de massa. Por tabela, entende-se que a nova filosofia, como na época dos dândis, é viver o momento. Prevalece nessa teoria, diz John Gray, o desapego por temas políticos e éticos. A ?individualidade provocadora?, um lado excêntrico que os ingleses sempre cultivaram, vem à tona. Donde os brincos no nariz, homens de sarongue e cobertos de jóias.

Mas o mais provável é que as raízes da economia do entretenimento sejam ao mesmo tempo culturais e econômicas. É um pouco como a história do ovo e da galinha. Mas o que move as pessoas a se tornarem famosas – ou pelo menos terem o aspecto de seus heróis? O que motiva uma jovem a ser protagonista em Big Brother? E diante das cenas transmitidas para milhões de televisores a extravasar suas excentricidades? Ego é uma resposta. Mas associado a isso existe a questão da carreira, oportunidades financeiras. Jornais e editoras oferecem centenas de milhões de libras por histórias picantes. Portanto, até as próprias celebridades que já fazem parte do establishment reciclam-se ao máximo no palco da fama.

Beckham vira designer de moda para se promover e, óbvio, ganhar ainda mais dinheiro. E escreve não uma, mas duas autobiografias. Sua mulher faz o mesmo. Na sua autobiografia, Learning to Fly, seriado pelo semanário Mail on Sunday, Victoria devassa a própria alma para que o leitor possa aprender com a sua experiência.

Trata-se de uma obra altruísta, uma espécie de livro de auto-ajuda. Este, certamente, é o ponto de vista da autora. Victoria conta, por exemplo, como foi gorducha na juventude e influenciada a emagrecer por Geri Halliwell, a ex-líder das Spice Girls que se distanciou da banda. Era uma obsessão com a aparência, escreve Posh Spice. Ela, Posh, e Mel C, outra Spice Girl, tomavam líquidos em vez de comer.

?Na academia de ginástica?, conta Victoria, ?eu ficava olhando no espelho o tamanho do meu bumbum ou se o meu queixo duplo estava ficando menor?. No entanto, Victoria nunca assumiu seu estado anoréxico. Ela sempre falou que teve apenas uma ?desordem alimentar?. E após o nascimento do primeiro filho, Brooklyn, ela negou todas as acusações de anorexia nos tablóides.

O livro de Posh Spice não foi um sucesso. Estava pela metade do preço numa livraria na badalada King?s Road logo após seu lançamento. Já a autobiografia de Geri Halliwell foi negociada por 1 milhão de libras, em 1999. O livro conta como uma moça de classe operária de Watford, bairro ao norte de Londres, tornou-se uma celebridade. Patrick Janson-Smith, seu editor, da Transworld, resumiu: ?Uma das coisas que estamos enfatizando é que não é somente uma biografia de uma celebridade. É um livro de verdade. É a história de uma cinderela?.

Ulrika Jonsson, por sua vez, recebeu 1 milhão de libras pela sua autobiografia, Honest. Ela conta que foi apresentada a Eriksson numa festa organizada por Alastair Campbell, relações-públicas e eminência parda no governo de Tony Blair. Ulrika teria pedido o autógrafo do técnico da seleção inglesa, o qual não perdeu tempo e pediu seu número de telefone.

Segundo o livro, Sven apareceu no apartamento de Ulrika no dia 2 de janeiro com champanhe e presentes para seus filhos, Bo e Cameron. Ulrika diz que o técnico da seleção inglesa disse que sua namorada, a advogada italiana Nancy Dell?Olio, 37 anos, estava sugando sua energia. Algumas semanas depois Sven e Ulrika trocaram um beijo. Sven: ?Você é tão linda?. No dia 6 de fevereiro, aniversário de 54 anos do técnico, ?nós?, escreve Ulrika, ?fizemos amor e dormimos juntos brevemente… mas ele, relutante, teve de ir embora?. No livro, Ulrika nega alegações de que teria forçado Sven a deixar a namorada. A qual, diga-se, diz agora que nunca esteve tão próxima de Sven.

Edwina Currie também sucumbiu às estratosféricas somas propostas pelas suas memórias (não se sabe quanto). A mulher, afinal, sabe escrever. Tem senso de humor. E um ego de Cleópatra (sem a beleza, vale lembrar). Edwina crê – de verdade – que com suas memórias, cujos capítulos foram publicados no diário The Times, fez uma contribuição para a história. Em uma entrevista, ela declarou: ?Estava na hora de escrever os livros de história direito?. Ainda Edwina: ?Fiz parte da formação de um primeiro-ministro?.

Dizem, contudo, que suas memórias são uma forma de vingança contra Major. Não somente o ex-premier não a incluiu na sua autobiografia como também não lhe deu um cargo no seu gabinete. Mas por que Edwina quis falar sobre o caso somente agora, tantos anos após o enlace amoroso com Major? Versão de Edwina: todos os envolvidos estão fora do poder, seu ex-marido casou novamente, seus filhos são adultos, e o fato de que Norma Major (a mulher do ex-premier) soube do affair. ?Não entendo por que minhas revelações causariam qualquer dano agora?, disse Edwina à BBC.

Independentemente do que diz Edwina, seus alvos são claros: dinheiro e fama. Ela quer, afinal, fazer parte da história. Mas a fama tem seu preço. O cantor inglês Robbie Williams pode ter fechado um contrato de US$ 150 milhões com a EMI no começo de outubro, mas para essa turma criativa não são os milhões que contam. São, entre outras coisas, as críticas. Paul Lester, um influente jornalista de música, resumiu o que acha de Robbie: ?Ele ainda é o garoto gordinho da Take That (a banda que o catapultou para a fama). E é bastante divertido?. Robbie, claro, não é mais o garoto gordinho – mas como ele interpreta essas críticas?

Em 1999, Geri Halliwell disse que quando seu trabalho termina no fim de semana ela chora. Apesar do sucesso, ela ainda se sente a menina gorda e feia que foi, nas suas próprias palavras.

E casos de anorexia abundam. Geri Halliwell é apenas uma vítima. Foi criticada porque passou uma fase alimentada por um coquetel de injeções de vitaminas. Victoria Beckham, embora negue, é hoje visivelmente anoréxica. Até Robbie Williams foi manchete de jornais quando ganhou uns quilos a mais. A imprensa sensacionalista promove as estrelas – e ao mesmo tempo não perdoa. As estrelas, no final das contas, são commodities. São a fonte de renda dos tablóides. E muitas delas caem na armadilha.

Naomi Campbell, a supermodelo, perdeu a parada contra o Daily Mirror. Uma Corte de apelação reverteu uma decisão anterior da Justi&cccedil;a por um simples motivo: a modelo negou ser viciada em drogas e foi pega saindo de uma clínica de Narcotics Anonymous em Chelsea, descolado bairro ao sudoeste de Londres. Mais: as fotografias (de Naomi saindo da NA) eram, segundo o juiz, a prova de que Naomi estava enganando o público. Naomi Campbell tem, agora, de pagar US$ 1 milhão para o Daily Mirror.

A fama, óbvio, tem seu preço. A perda de privacidade é o maior deles. E as acusações sem fundamento abundam. Tom Cruise, por exemplo, processou aqueles que afirmaram que ele e sua ex-mulher, Nicole Kidman, eram homossexuais.

Quanto a Pierce Morgan, o editor do Daily Mirror, de 37 anos, que se saiu vitorioso no caso contra Naomi Campbell, ele não é flor que se cheire. É do tipo que usa gravata amarela e afinou um detestável sotaque afetado em escolas privadas. Entretanto, ele tem razão: Naomi é o que é graças à mídia e, ela não pode esquecer, é personagem pública: o que ela fizer pode ser retratado ou escrito.

Enquanto isso, metade dos britânicos pode, segundo uma enquete, lembrar os nomes de pessoas em novelas – e apenas um em dez pode dar os nomes de cinco líderes políticos mundiais.”