Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Fim da negociação com ABC

CNN

A AOL Time Warner decretou o fim dos planos de fusão da CNN e da ABC News, suspensos desde dezembro pelo presidente da corporação, Richard Parsons. “Embora existam grandes méritos e possibilidades na fusão da ABC e da CNN”, disse o comunicado da AOL, “os problemas potenciais associados à conclusão da transação e à integração dessas duas grandes e distintas culturas eram maiores do que desejávamos no momento”.

David Bauder [Associated Press, 14/2/03] revela que esta é a segunda tentativa de fusão da CNN a fracassar; a primeira foi uma negociação com a CBS, há alguns anos. Ainda que fosse bem sucedido, o acordo com a ABC levantaria muitas dúvidas sobre suas aplicações práticas, já que as duas organizações pretendiam manter controle sobre o que exibiriam, e muitos duvidavam que o objetivo de economizar US$ 200 milhões pudesse ser atingido. O plano também enfrentava críticos ferrenhos, como o próprio fundador da CNN, Ted Turner, que recentemente deixou a vice-presidência de AOL Time Warner.

Processo por anúncio rejeitado

A empresa de telecomunicações IDT está processando a CNN por esta ter se recusado a veicular um comercial que alegou ser ofensivo a companhias rivais. O anúncio dizia que empresas como AT&T, Sprint, Verizon Communications e WorldCom cobravam mais caro que a IDT devido a “dívidas gigantescas, péssimas decisões comerciais e benefícios fúteis”. Segundo Nat Ives [New York Times, 13/2], a empresa pede indenização da CNN e uma ordem judicial que a impeça de rejeitar o comercial.

“Geralmente, a Primeira Emenda dá ao editor o direito de se recusar a publicar qualquer coisa que não queira”, diz o advogado Conrad Shumadine, que representa companhias de mídia. “Aceitar um anúncio ou não é, em geral, uma decisão unilateral do editor.” Alguns anúncios rejeitados, no entanto, acabam atraindo mais publicidade para os patrocinadores. Em setembro, a CNN não aceitou a campanha de um grupo americano de apoio a Israel, citando uma política interna que proíbe a veiculação de anúncios que envolvem regiões em conflito. A organização acabou comprando espaço publicitário de operadoras locais da emissora e colocou os comerciais no ar.