Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Flagrante de plágio

TELETIPO

A historiadora Doris Kearns Goodwin foi afastada do cargo de comentarista do NewsHour With Jim Lehrer, programa da TV pública americana, porque admitiu ter copiado trechos de outros autores sem lhes dar o devido crédito no livro The Fitzgeralds and the Kennedys. Depois de afirmar que isto ocorreu em poucas passagens, a autora confessou que o problema era bem mais amplo, envolvendo diversos escritores. Doris, que conquistou um Pulitzer em 1994 por Tempos muito estranhos, afirma que não teve intenção de plágio e que na próxima edição do livro o problema estará sanado. Segundo o New York Times [28/2/02], a historiadora, que aparece em programas das redes NBC, CNBC e MSNBC, teve cancelado convite para ser oradora em formatura da Universidade de Delaware.

A rede de TV NBC está festejando os ganhos da cobertura dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Salt Lake City. Ao vender US$ 740 milhões em publicidade, a emissora conseguiu atingir os US$ 75 milhões de lucro, informa a Reuters [24/2/02]. Para Dick Ebersol, presidente da área de esportes da NBC, o sucesso da operação se deveu aos esforços promocionais da rede, aos anúncios chamativos, à bem cuidada programação em blocos de três horas e meia, ao bom tempo, ao ânimo da população depois de 11 de setembro e ao bom desempenho dos atletas americanos.

O Senado americano deve revisar o Ato de Telecomunicações de 1996, que aumentou muito o número de estações de rádio que uma única companhia pode ter. O senador republicano Trent Lott, líder da maioria e um dos defensores da lei, disse à Associação Nacional de Emissoras que o Senado está preocupado porque "talvez tenha havido muitas fusões". "Queríamos mais competição", disse. "Estou preocupado com as pequenas emissoras sendo derrubadas uma a uma. Gosto da propriedade local." Mas não foi o que o ato produziu, lembra David Hinckley [New York Daily News, 27/2/02]: em Nova York, as companhias Clear Channel (que controla 1.200 estações de rádio) e Infinity dividem 60% do faturamento publicitário do setor.