Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Fotógrafo atacado

TELETIPO

Duas associações de imprensa venezuelanas protestaram contra a agressão de um fotógrafo do El Nacional por simpatizantes do presidente Hugo Chávez. O Colegio Nacional de Periodistas e o Sindicato Nacional de Trabajadores de la Prensa pediram ao governo que garantisse a segurança de repórteres cobrindo manifestações na rua. Segundo a Associated Press [5/8/02], o fotógrafo Gabriel Osorio foi espancado e teve o equipamento roubado durante um protesto na frente da Suprema Corte em 31 de julho.

O governo da Jordânia convocou seu embaixador no Catar para discutir a expulsão da sucursal da al-Jazira do país e a revogação da licença de seus correspondentes. Segundo a AP [10/8/02], a decisão foi anunciada depois que o canal exibiu entrevista com um professor palestino que criticou a família real. "A emissora excedeu todos os valores profissionais e morais ao lidar com questões nacionais", declarou o ministro da Informação, Mohamed Affash Adwan. Para ele, tais ataques à Jordânia teriam confirmado a intenção da al-Jazira de "criar tumulto e provocar desordem".

Promotores públicos do Líbano entraram com processo contra a Murr Television, seu diretor de programação e o apresentador de um programa político, Ziad Njeim. Segundo a BBC News [9/8/02], eles são acusados de difamar o presidente e as forças de segurança do país, além de prejudicar as relações com a Síria, tudo por causa de um programa ? exibido em julho ? que discutiu a liberdade de imprensa. Na mesma semana, outra emissora católica, a Lebanese Broadcasting Corporation International, foi acusada pelo governo de incitar conflitos sectários ao cobrir a morte de sete cristãos baleados por um muçulmano.

A cooperação entre chefes da divisão de notícias de TVs americanas e britânicas frustrou o plano da milícia talibã de seqüestrar jornalistas e mantê-los reféns no Afeganistão, revelou o ex-editor-chefe da ITN, Richard Tait. Julie Tomlin [Press Gazette, 8/8/02] conta que a descoberta do plano fez com que BBC, CNN, ITN e outras redes cancelassem a visita dos correspondentes a uma cidade controlada pelo talibã. "Recebemos informações de tantas fontes diferentes que chegamos à conclusão de que deveríamos acreditar", diz Tait, declarando que as organizações tomaram a decisão juntas. "Há quatro ou cinco anos isto simplesmente não aconteceria."