Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Herton Escobar

E-NOTÍCIAS

ASPAS

MERCADO

"Grupo Estado e BBC aliam-se na Internet", copyright O Estado de São Paulo, 28/10/00

"A BBC e o portal de notícias do Grupo Estado (estadao.com.br) fizeram ontem um acordo de parceria para divulgar notícias internacionais de interesse para o público brasileiro na Internet. A aliança integra um programa da BBC para fortalecer sua participação no mercado latino-americano, principalmente pelo meio digital. O site do Estado dará acesso a notícias da BBC em português, incluindo as reportagens do programa De Olho no Mundo, produzido em parceria com a Rádio Eldorado.

‘A Eldorado, com o suporte da experiência noticiosa do Grupo Estado e sua boa reputação local, e a BBC, com sua abrangência e reputação internacionais, formam uma combinação de peso que garante uma produção de qualidade’, disse o diretor-geral do Serviço Mundial da BBC, Mark Byford, em apresentação no Centro Brasileiro Britânico, ontem, em São Paulo.

Além dos dois correspondentes que mantém em São Paulo, a BBC está ampliando sua equipe de jornalistas brasileiros em Londres para expandir os serviços de seu site de notícias em português, bbcbrasil.com. Segundo Byford, a partir de 2001 o site terá uma redação em período integral, com noticiário atualizado 24 horas por dia.

Pioneira no uso de tecnologia digital na mídia internacional, a BBC mantém sites em mais de 40 línguas. ‘Um dos motivos que nos levaram a nos concentrar no português e no espanhol é o aumento do uso da Internet na América Latina’, disse Byford, sobre os planos de expansão no continente. ‘É o mercado que mais cresce no mundo, além da China e da Índia.’"

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"DocasNet estuda aquisição de parte minoritária da Agência JB", copyright O Estado de São Paulo, 1/11/00

"A empresa DocasNet estuda a possibilidade de comprar uma participação minoritária, no valor de R$ 70 milhões, na Agência JB – serviço de distribuição de notícias do grupo Jornal do Brasil. A DocasNet informou que as duas empresas vão assinar, na próxima semana, um memorando de entendimento em que se comprometerão a analisar a viabilidade da transação. O prazo de análise é de 60 dias, prorrogáveis por outros 30, durante os quais serão avaliados a situação financeira da agência e a forma de aplicação dos recursos.

À frente da negociação está o empresário Nélson Tanure, presidente da Docas Investimentos S.A, grupo que detém a DocasNet. Tanure, que pretende entrar no segmento dos portais de notícias e entretenimentos, informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que o objetivo da transação é transformar o site de notícias JB Online em um portal. O empresário adiantou uma parcela dos recursos destinados à negociação para o pagamento do salário de setembro de funcionários do Jornal do Brasil, que ganham acima de R$ 3 mil e não haviam recebido até o dia 26 de outubro."

PAPEL vs. BYTES

"A nova divisão", copyright O Estado de São Paulo, 26/10/00

"Li uma matéria sobre o culto da Internet no Le Monde Diplomatique em que o autor cita entusiastas da nova religião para os quais a informática acabará com todas as divisões do mundo – sociais, raciais e econômicas – e as substituirá por apenas duas: os jovens e os velhos e os rápidos e os lentos.

Os velhos, definidos como os que hoje têm 35 anos ou mais e ainda não se ligaram na Internet, estão condenados à lentidão e à irrelevância. Jovens são pessoas de qualquer idade que aderiram à cultura dóticom, mesmo, presumivelmente, neoadolescentes como o Millôr, a Cora Ronai e o Gravatá.

A designação de 35 anos como o começo da idade irredimível me bateu no peito, eu que me consolava com a idéia de estar chegando à segunda infância.

Descubro que já passei pela segunda infância e estou a caminho da segunda velhice.

Não posso nem conclamar os obsoletos do mundo a reagir. Como defender a lentidão? Como atacar o e-mail, que está recuperando a arte perdida da correspondência, embora ainda não se tenha notícia de uma troca de e-mails que mereça ser salva em hard disk, quanto mais publicada? (Na verdade, a facilidade parece inibir a correspondência. Escritores nunca mais trocaram tantas cartas como no tempo em que escreviam com penas de ganso – e ainda tinham menos tempo porque viviam pouco.) Como convencer os jovens de que clicar o search e ter o resultado da pesquisa em segundos na sua frente não se compara com a aventura da busca em bibliotecas poeirentas, com o risco sempre presente da bronquite alérgica, sem falar no dedo cortado na borda da página? E o cheiro dos livros? Que tecnologia substitui o cheiro de bolor?

Nós, as velhas tartarugas, não temos outros argumentos salvo os sentimentais. Mas essas crianças não sabem o que estão perdendo. Não há o que fazer contra o triunfo da Internet e a empáfia dos internautas.

Mas confesso que nenhuma frase da nova cultura me dá tanto prazer quanto ‘Caiu o sistema’. É quando sorrimos secretamente com a falta de alternativas e a perplexidade geral, e nos sentimos vingados."

iG & SUPER11

"IG diz que não tem nada a ver com precariedade do Super11", copyright Canal Web, 27/10/00

"O VP de Tecnologia do IG, Demi Getschko, disse que o provedor não é responsável pelos problemas de conexão enfrentados há mais de duas semanas pelos usuários do Super11.Net. Getschko afirmou que o IG não fornece portas de conexão para o Super11.Net. Suposta relação de acesso entre os dois provedores foi especulada pelo site Acesso-Gratis.com que concentra reclamações dos usuários do Super11.

O VP do IG disse também que não vai especular sobre as causas dos problemas de conexão do ex-concorrente. O Super11.Net fornece acesso à Internet precariamente em todo o país depois de ter praticamente ido à falência no mês passado. Acordo com o IG possibilita desde então que seus ex-clientes utilizem os serviços desse provedor para navegar na Web gratuitamente.

Em entrevista no começo da semana ao Canal Web, o empresário e dono do Super11, Nagib Mimassi, disse que os problemas eram técnicos e que voltariam à normalidade. Depois, o empresário atribuiu as dificuldades de conexão à sobrecarga de linhas subcontratadas pelo provedor."

MÍDIA ONLINE

"Companhias de mídia online têm dificuldade em aumentar receita", copyright Reuters, 27/10/00

"Ao mesmo tempo que muitas das companhias de mídia da Internet, que anunciaram resultados trimestrais, conseguiram reduzir ou eliminar suas perdas, também advertiram que seria difícil aumentar seus rendimentos a curto prazo devido à diminuição dos investimentos em propaganda.

O declínio no investimento em publicidade por parte de companhias de Internet, preocupadas em tornarem-se mais rentáveis, reflete de maneira negativa em firmas dependentes de rendimentos provenientes de propaganda. Isso ocorre porque companhias tradicionais demoraram a adotar a rede mundial de computadores como meio para divulgar seus serviços e produtos. Muitas companhias de mídia online que agregam conteúdo, criam comunidades ou fornecem notícias e informações originais cortaram empregos e despesas para alcançar o lucro rápido, porém compensaram a diminuição da marcha e agradaram ao mercado acionário dos Estados Unidos.

Companhias como NBC Internet, que remodelou suas operações durante o verão norte-americano, e a rede feminina online iVillage tiveram vários altos executivos deixando seus cargos nos últimos meses.

Enquanto alguns analistas aplaudiram a habilidade de companhias em reduzir suas perdas, outros mostraram-se receosos quanto ao seus crescimentos.

‘Até que tenhamos mais dados sobre como a TheStreet.com está obtendo lucro, permaneceremos neutros em relação aos seus títulos’, declarou o analista da SG Cowen Scott Reamer, que reduziu sua avaliação do operador de notícias financeiras de compras online TheStreet.com."

MÚSICA NA NET

"Bertelsmann e Napster anunciam acordo", copyright Folha de São Paulo, 1/11/00

"A Bertelsmann mudou de lado na briga contra a distribuição de música gratuita via Internet. Até ontem, a BMG, unidade de música da empresa alemã, fazia parte do grupo que processava o Napster por fornecer música pela rede sem pagar direitos autorais.

Mas, num acerto surpreendente, as duas empresas informaram que irão trabalhar juntas. Pelo acordo, será criado um serviço, financiado pela Bertelsmann, de assinaturas que oferecerá downloads de música grátis pela Web, mas garantirá o pagamento dos direitos autorais aos artistas.

Bertelsmann e Napster convidaram outras empresas a participar do processo. Seagram, Universal, Sony Music, Time Warner e EMI, que processam o Napster, não se manifestaram. A batalha judicial entre a indústria fonográfica e o Napster já fez com que o serviço fosse impedido de distribuir músicas, em julho. O Napster conseguiu mandar o caso para a Corte de Apelações, argumentando que a cópia de músicas pela rede se destina ao uso doméstico e não tem fins comerciais."

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