Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Horário do O.I. na TV

 

OBSERVATÓRIO NA TV
Onde? TVE e TV Cultura
Quando? Terças-feiras, 22h30

 

Marinilda Carvalho

Os telespectadores não perdoaram a falta de classe da Veja, que classificou o O.I. na TV de “vulgar”, “ressentido”, “pedestre”. Mas que vocabulário, hein? Pedestre… Andamos no mínimo de ônibus, viu?!

Puxa, como o Tales ahn… mudou…

Mas os telespectadores protestam, se solidarizam. Bonito de ver.

E o Arlan sugere que usemos este espaço para anunciar os horários do programa na TV. Bonito de ver!

Sugestão aceita, como se pode ver no alto da página!

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Vocês poderiam aproveitar este espaço para divulgar o horário do programa O.I. na TV! Abraços,

Arlan

Nota do O.I.: Arlan, você tem razão! Terças-feiras, 22h30, TVE e TV Cultura!

Enviei a carta abaixo à Redação de Veja:

“São Paulo, 18/1/99

Ao diretor de Redação ? Veja

Sr. Tales Alvarenga

Prezado Sr,

Sou assinante da Veja há cerca de 12 anos e leitora desde os seus primeiros números e estou escrevendo para fazer um reparo a um artigo publicado.

Em sua edição número 1.580 (13/1/99), na seção Contexto, foi publicada a relação de programas denominados “Um dia de cão na TV”. Entre os programas relacionados foi incluído como de baixa qualidade o OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA.

Gostar ou não do programa ou de seu apresentador é um direito incontestável de qualquer um. Mas incluí-lo na citada relação eu achei um pouco demais. Assim como o autor da lista eu também não gosto dos demais programas relacionados. Outras pessoas discordariam de mim (aí estão os índices de audiência para confirmar). Não é isto que está em discussão.

O que eu quero efetivamente discordar é a inclusão de “lixo televisivo” de um profissional que pede justamente a manutenção da ética no jornalismo, na imprensa e na vida em geral.

Acho que só esta preocupação com a ética já mereceria mais respeito do autor do texto.

Esta postura desmerece a qualidade de Veja e dos grandes nomes do jornalismo que fizeram ou fazem parte de sua história: Mino Carta, Elio Gaspari, Augusto Nunes, Thomaz Souto Corrêa, Roberto Pompeu de Toledo e Tales Alvarenga, entre outros.

Se há discordância quanto à postura “ressentida” do Sr. Alberto Dines, por que não exigir direito de resposta no próprio OBSERVATÓRIO ou em algum artigo sério como a Veja sabe fazer muito bem? A meu ver, esta seria uma crítica séria e ética.

Não tenho procuração do Sr. Alberto Dines (que nem sabe da minha existência) para fazer a sua defesa, mas neste país da vantagem quem pede ética merece, no mínimo, mais respeito e consideração.

Pensem nisto, se não em respeito ao jornalista Alberto Dines, ao menos em respeito à história de Veja. Grata pela atenção,

Suzana Beatriz Barrozo”

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Sou um leitor atento e desejoso de uma melhor imprensa no Brasil. Acompanho o OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA via Internet e até quando foi possível (dado que a TVE foi retirada da grade da Multicanal de Belo Horizonte) via TV. Nunca vi em seus comentários qualquer demérito ao profissional de imprensa, seja ele quem for. Suas críticas sempre se situaram no limite da função jornalística, de sua importância como formadora de opinião e principalmente da acuidade da informação publicada. Assim, a agressão gratuita da revista Veja ao incluir o programa OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA como um dos piores da TV brasileira soa exatamente isto: uma agressão. A mim, leitor da Veja e do OBSERVATÓRIO, e a todos os que acompanham a evolução deste OBSERVATÓRIO e a involução daquela revista semanal.

Creio que não posso – e não devo – deixar de solicitar a Alberto Dines que continue em suas críticas e análises. Nós leitores agradecemos e contamos com elas. Quanto à Veja, que continue sendo cada vez mais Caras e menos o que já foi um dia. Quanto ao artigo em si (análise do pior da TV), dispenso qualquer observação por parte da Veja.

Quem coloca o Ratinho na capa não pode ser crítico de qualquer produto de TV.

Reynaldo Rocha

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Li no Observatório o texto sobre o comentário da Veja. Por favor, Dines, continue com seu trabalho indispensável. Ressentida pareceu-me a bobagem publicada pela revista.

Um abraço do leitor pedestre, desde Nova York,

Marco Chiaretti

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Como leitor do OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA na Internet e como telespectador do programa OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA NA TV, venho solidarizar-me com Alberto Dines contra a maldosa opinião publicada na edição de n.? 1.580 da revista Veja na seção Contexto. Como leitor e assinante de Veja, enviei correio eletrônico ao diretor de redação, Sr. Tales Alvarenga, relatando a minha discordância e insatisfação quanto ao maldoso e injusto comentário.

Pelo que parece, o sentimento de ressentimento esta incubado dentro na redação de ” Veja ” e não no senhor. Ficou clara a intenção de desmoralizar o programa e de atacar a sua pessoa. Uma atitude obviamente irresponsável e imatura, porque não dizer covarde. Gosto do programa, assisto sempre que posso e já não vejo a imprensa em geral do mesmo jeito que via, antes de ler e acompanhar o ” Observatório “. O ” Observatório ” e de suma importância para quem quer ter uma maior consciência do que pode haver por trás de uma noticia e para os jornalistas que desejem aprimorar a qualidade do seu trabalho.

Os oragos de imprensa, os jornalistas em geral e os leitores e telespectadores ávidos consumidores de material jornalístico, só ganham ao acompanhar o ” Observatório “. Receba a minha solidariedade e saudações cordiais do leitor e telespectador,

Gil Vicente de Toledo Piza e Oliveira

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O artigo referente à revista Veja é sutil, e seu autor consegue dar o recado com elegância e estilo. A revista Veja é apenas mais um dos veículos de comunicação do jornalismo antiético, e o lamentável é que atualmente grande parte dos “jornalistas” está adotando este comportamento. A pergunta que fica no ar é: até quando o público irá aceitar esta palhaçada? O que será de nós futuros jornalistas que não temos professores qualificados ética e tecnicamente? Será que nosso destino é o mesmo destes tecnocratas que nos ensinam?

Regiane Alves da Silva, 7? período de Jornalismo, MG

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Colocar o OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA entre os mais vulgares da TV brasileira, como fez o diretor de Redação de Veja, é lamentável, pois são poucos os programas de TV de nível. O OBSERVATÓRIO é um dos poucos que merecem e podem ser vistos, por sua análise e crítica isentas.

Maria Olinda Sampaio dos Santos

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Não posso descrever o tamanho de minha indignação em relação ao descaso dos meios de comunicação, principalmente a imprensa, com seus leitores e telespectadores em geral. Quanto mais em se tratando de jornalismo, que considero o segmento que mais poder exerce sobre a opinião pública, e naturalmente, mais responsabilidade deveria ter sobre suas ações.

Quando li a tão falada matéria sobre o Observatório estampada nas páginas da que se diz ser a melhor revista semanal brasileira, realmente pude constatar o que já se falava sobre a imprensa e em geral a mídia brasileira. Não que eu fosse cético ou ingênuo sobre esse assunto, mas sempre tive a idéia de que algo de bom sempre poderia ser retirado das entrelinhas. Contudo este raciocínio se mostrou perigoso, principalmente para aquele leitor que não é totalmente imparcial. Estas pessoas podem tomar como verdades estas matérias sem antes fazer uma prévia avaliação do seu conteúdo.

Por exemplo, quantas pessoas realmente entendem de teatro a ponto de contestar críticas semelhantes feitas a uma peça em cartaz? Críticas assim podem arruinar um bom artista ou tornar famoso (o que não é incomum) algum medíocre qualquer. Felizmente esse não é o caso do OBSERVATÓRIO, que ganhará certamente o apoio das pessoas que realmente querem ouvir não só a verdade do fatos, como também opinar sobre eles, visto que a informação por si só não gera conhecimento, mas o seu “processamento” é a mais importante forma de poder que existe.

Sugiro um tema para o programa da TV: As revistas especializadas e as tendências de mercado. explico: sou leitor da revista Info Exame (antiga Exame Informática). Sempre me incomodou o fato de a revista ser, digamos, “muito pró-Microsoft”. Tudo na revista é voltado para essa empresa, que aliás é na verdade a dona do mundo. Contudo, é um consenso quase que mundial que o seu sistema operacional de rede, o Windows NT, e o mais famoso desktop do mercado, o Windows 95, são na verdade uma piada se comparados aos sistema Unix. O fato é que em meados da década de 90 um jovem finlandês criou, com a ajuda de várias pessoas pelo mundo, um sistema operacional totalmente gratuito e que hoje é a maior ameaça à hegemonia da Microsoft no mercado de sistemas operacionais, pois é sem dúvida muito superior ao Windows 95.

Esse sistema operacional, chamado Linux, nunca teve sequer uma reles propaganda em qualquer meio de comunicação do Brasil, e talvez em grande parte do mundo, e já cresceu 200% em 98. Agora que isso se tornou um fato, a citada revista já fez matérias sobre ele e tem até uma coluna (no site da web) só falando de Linux. Não estou criticando o lado capitalista da situação, mas por que a verdade não foi dita antes? todos sabiam do Unix e eu mesmo já li algumas matérias que primavam pelas vantagens do Windows em relação ao outro. Agora já vejo atitudes contrárias da revista, mesmo que timidamente. Será que isso acontece em outros segmentos? Na economia, sem dúvida que sim, e os outros?

Salomão Domingos da Costa Neto, profissional de Informática, Fortaleza

Fico feliz em existir um programa como o OBSERVATÓRIO. Creio que precisamos avaliar, de maneira constante, a nossa atuação na sociedade. Gostaria de que todos tivéssemos a coragem de fazer o que São Paulo sugeriu: “Se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados”. Um abraço.

Marcus Vinicius Mendes Pereira

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Sr. Alberto Dines, é com enorme prazer que lhe escrevo, afinal para jornalistas e pessoas do meio, és um ídolo. Depois de conhecer o programa OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, realmente, o jornal não é mais o mesmo… Os temas são os mais contundentes, e o mais importante, sem nenhuma tendência… nunca sabemos o que pode acontecer. Não perco um programa. Cá na minha cidade, só existe um jornal, e quando eu soube da foto da Reuters, na hora lembrei desse dito cujo… que é puramente partidário, um horror. O editor apronta cada uma!

Parabéns a você e ao Augusto Nunes, ele é um barato!!! E continuem assim

Frank Sotto, Jaú, SP

Em primeiro lugar, parabéns pelo programa na TV, assisto pela TV Cultura, e acho ótimo. Gosto principalmente do Augusto Nunes, pois é contundente e claro em suas opiniões.

Percebo, porém, que o OBSERVATÓRIO cai, como toda a imprensa considerada séria, na mesmice de criticar severamente o Programa do Ratinho, assistido diga-se de passagem pelas classes A, B, C, D. Obviamente que as pessoas com conhecimento maior assistem com olhos críticos, e entendem que se trata de um circo armado, porém não se pode tratar o programa como se ele fosse o mal maior da televisão brasileira, ou do país. É tanto cacete, como ele diz, que dá pra desconfiar. Será que a Globo e as outras emissoras do Brasil e do mundo não estão cheias de ratinhos e cia.?

Outra pergunta, por que o programa dele não tem anunciantes, se o jornal da Sacha tem, o Fantástico do maníaco tem etc. etc. etc.? Um abraço

Vilmar Guedes, São Joaquim da Barra, SP

Mauro Malin responde: Num artigo preciso, também na Folha de S. Paulo, Nelson de Sá aproveita o transcurso de “Uma década de democracia virtual” (caderno TVFolha, 1/11/98) para denunciar a manipulação político-eleitoral praticada pela Rede Globo. Ao lado, na seção de cartas do caderno, a leitora Soraya dos Santos Leal, do Rio de Janeiro, escreve: “A reportagem ?A Farsa do Ratinho? foi a confirmação do que muitos já desconfiavam. Pena que a Globo tenha se aproveitado da situação para atacar sua concorrente. Que tal ?desmascarar? essa emissora também? O Fantástico, por exemplo, está muito apelativo.” E não só ele, Soraya dos Santos Leal. Muito mais pesada – porque mais ampla, e mais “respeitável” – é a apelação do Jornal Nacional, antes, durante e depois das eleições. Durante e depois da ditadura. Está em “Os outros zoológicos”, edição de 5 de novembro de 1998. Ver em </artigos/jd051198a.htm>

Frase do dia: “De um bom elogio posso viver dois meses.” (Mark Twain). O OBSERVATÓRIO NA TV baixou a bola ou é impressão minha?

Teresa Barros, RJ

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No programa do dia 19 de janeiro, quando foi discutida a “greve” dos internautas, um dos entrevistados, para justificar o preço brasileiro, comparou-o ao do America On-Line (AOL) e deu US$ 26 (a R$ 1,32 o dólar) para o Brasil (em média), contra US$ 22 da AOL, o “maior provedor dos Estados Unidos”. Interessante, nós não pagamos tão caro assim. Nós pagamos quase o mesmo que se paga a um provedor de acesso *e* informação. Na Holanda, o acesso é US$ 10. Acho que a comparação não faz sentido.

Daqui a pouco vão dizer que a “greve” deu certo: a minha mensalidade, em dólares, só tem caído depois da “greve”. A questão do custo do acesso à Internet não é tão complicado assim. É bem mais simples de se analisar DO que a alta dos juros e a flutuação do cambio… No mesmo programa, foi discutida a restrição do acesso à Folha de S. Paulo, completa, aos assinantes do UOL.

Desculpas para cá, explicações para lá, e nada me convenceu. Neste país, os grupos controladores dos meios de comunicação não hesitam em usar uma vantagem num meio para conquistar vantagem em outro: A Globo faz propaganda da Editora Globo, da Som Livre, da GloboDisk, da GloboSat; a MTV faz propaganda da Editora Abril e vice-versa; e o UOL… *dá* a Folha a seus internautas. Isso, para mim, é “trusting”, é concorrência desleal.

Minha questão é: para onde foi o poder de analise e de raciocínio dos jornalistas? É importante para quem informa saber sobre o que esta informando, não é?

Rodolfo José Leite Netto

Gostaria de sugerir aos amigos do OBSERVATÓRIO que, se ainda não o fizeram, estudem a possibilidade de dedicar um programa ao debate sobre a “dramatização” no jornalismo. O que eu percebo é que se estabeleceu, principalmente no jornalismo televisivo, um limite muito tênue entre a ficção e a “verdade”.

Muitas vezes, ao assistir a determinados telejornais, tenho a impressão de estar vendo, a cada matéria apresentada, um filme hollywoodiano diferente. Músicas de terror são usadas, bem como enquadramentos cinematográficos. Há algumas semanas, tivemos, inclusive, a oportunidade de ver até aonde isso pode chegar: um diretor dramático conduzindo uma reportagem.

A tendência, que desembarcou aqui vinda do jornalismo americano, é tão forte que até o jornalismo francês tem sido influenciado (conforme afirma o sociólogo francês Pierre Bourdieu, no seu livro Sobre a televisão).

Até onde é possível editar uma matéria, para que ela fique atrativa, sem cair na ficcionalização, na dramatização? Existe um limite claro, na opinião de vocês? Ou, como já foi questionado por outros, “seria o jornalista o mesmo que um romancista”?

Marco Aurélio

 

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Continuação do Caderno do Leitor

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