Friday, 29 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Ivson Alves

ELIAS MALUCO & GLOBO

“?Novela? Elias Maluco: faltou um capítulo”, copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 20/10/02

“Estamos no meio de outubro e já ando pensando na listinha de sugestões de livros para você pedir ao Papai Noel, como aquela do ano passado. Ainda não acabei a compilação, mas entre as novas (algumas obras do ano passado devem ser mantidas) uma é barbada: ?Showrnalismo – A notícia como espetáculo?, de José Arbex Jr., editada pela Casa Amarela, a mesma da revista Caros Amigos. No livro, o ex-repórter e editor da Folha, que também é historiador, mostra como os meios de comunicação, em especial a TV, criam um mundo próprio, calcado numa lógica de telenovela, e como conseguem transformá-lo de maneira que acabamos por jurar que chegamos a viver aquela realidade construída, modificando assim até nossa memória, inclusive a afetiva, e como assim ela determina os limites para as interpretações dos fatos.

As questões postas pela obra de Arbex Jr. me vieram à cabeça quando recebi a informação de uma fonte, segundo a qual dentre as fitas entregues à TV Globo por ocasião da prisão de Elias Maluco, o assassino de Tim Lopes, estavam trechos que mostravam claramente que a namorada dele – uma garota de 15 anos que nas matérias postas no ar era ameaçada pelo bandido de ter as pernas quebradas – faz pouco do sujeito, numa demonstração de que, naquele momento, ele estava completamente entregue à própria sorte e não era o bandido poderoso que era pintado todos os dias na TV.

A transcrição deste trecho que foi ao ar truncado é esta:

?Elias Maluco: Oi, tudo bem, sou eu.

Namorada: Eu quem ?

EM: Eu, porra.

N.: Ah…

EM: Quero te ver hoje. Estou te esperando naquele lugar, hoje.

N.: Eu não vou.

EM: Como não vai? Eu quero te ver hoje. Vai naquele lugar hoje.

N.: Não vou.

EM: Ah é?, Então eu vou quebrar tuas pernas. Tá ouvindo? Eu vou te encontrar e vou quebrar tuas duas pernas. N: É? Então tá…Tchau…?

Bem, resta saber qual o motivo que levou a apenas um trecho deste diálogo ter ganho grande destaque na hora da edição. Caso você ainda se lembre do caso (tem muita gente que já esqueceu), o noticiário da Globo sobre o assassinato de Tim teve vários momentos de dramalhão, outros de filme policial e ainda outros de terror. Realmente o crime foi chocante, mas não mais do que outros que foram cometidos contra não-jornalistas pelo próprio Elias Maluco e por outros como ele. Este foi um fato bem lembrado à época por muitos coleguinhas e não-coleguinhas que criticavam o tom exagero da cobertura global.

No Caso Tim, a subida de tom por parte do Império Global parece ter se devido a dois fatos: o de que a vítima era um jornalista da Globo e o de que havia (e ainda há) muitos motivos para se desconfiar que a empresa tenha sido negligente com a segurança de seu empregado. Assim, para evitar uma discussão mais aprofundada do segundo ponto, a Estrela da Morte usou de todas das armas dissecadas por Arbex Jr. em seu livro.

Qual era a tática mais direta para atingir o objetivo mencionado de não se discutir muito a responsabilidade da Globo no episódio? Enfatizar o monstro que era Elias Maluco. Durante estes três meses, a Estrela da Morte bateu nesta tecla, ajudada – conscientemente ou não – por outros veículos de comunicação e também pelo fato de Maluco ser realmente um bandido superviolento. Foi criada uma ?telenovela jornalística? sobre a caçada ao facínora, sempre mostrado como comandante de um império de terror que amedrontava os habitantes do Complexo do Alemão.

Ora, a maior parte do trecho da fita transcrito acima vai de encontro ao enredo da ?telenovela?. Ele mostrava que uma jovem de 15 anos moradora daquela comunidade não tinha medo de Maluco naquele momento. E não tinha medo porque, como dizia Umberto Eco em ?O Nome da Rosa?, Elias era ?carne queimada?. Ele estava no fim e a garota sabia disso, como provavelmente sabiam todos os que estavam no Complexo do Alemão. Assim, o que ia contra coerência do enredo ficou de fora, enquanto a parte que a mantinha – a da ameaça – foi levada ao ar.

Claro que os coleguinhas da Estrela da Morte vão dizer que não houve nada disso, que a cobertura foi isenta e profissional como todas as que o departamento de jornalismo da Rede Globo produz e coisa e tal. O fato, porém, é que o trecho não foi ao ar e ele era importante para contextualizar a situação de Maluco horas antes de ele ser preso. Mas tudo bem, vamos dizer que não tenha sido manipulação. Mas então o que aconteceu? Será que o pessoal passou a acreditar no personagem do bandido poderoso em algum momento dos três meses que decorreram entre a morte de Tim e a prisão de seu assassino? Pode até ser, mas, francamente, não sei o que é pior: a manipulação consciente ou a inconsciente. Só sei que o telespectador (ou leitor, ou ouvinte) não espera e nem merece isso.

?Arrecuando os arfe? – Renato Gaúcho, ?técnico? do meu Fluzão, acha que perder de 3 a 1 é o mesmo que perder de 5 a 2 (como disse após o sapeca-iaiá que tomamos daquele timinho rubro-negro aqui do Rio). Esta douta opinião, porém, não encontra eco nos donos das empresas de comunicação e, assim, desde meados da semana passada nota-se que, com a aparente derrota anunciada do candidato oficial, os veículos têm se dedicado a tentar impedir que o candidato do PT chegue a uma vitória com 70% dos votos válidos.

Impedir Lula de chegar a esta marca é importante no atual momento porque, com um percentual deste nível, um número tão redondo e sonoro, ele assumiria o governo com a capacidade de praticamente ditar uma agenda social que contraria em muito os interesses dos donos das empresas e seus aliados. Esta é a explicação, por exemplo, para o maior jornal do Império Global ter definido como disputa equilibrada uma vantagem de 18 pontos percentuais em Mato Grosso do Sul (59% a 41%), e acirrada uma vantagem de dez pontos 55% a 45% (equivalente a uns 700 mil votos) no Rio Grande do Sul. A grande imprensa segue, dessa maneira, o legendário filósofo do futebol de praia Neném Prancha, que, diante da perspectiva de tomar uma goleada, gritava da beira do campo: ?Arrecua os arfe pra evitar a catastre!?.

Baiano ao dendê – Também pensando no dia seguinte a uma possível vitória petista, o Estadão e a Gazeta trataram de começar a fritura do deputado Walter Pinheiro (PT-BA) semana passada. Pinheiro é um dos quadros mais respeitados dentro do partido no que trata de comunicação de massa e interlocutor direto da parte da sociedade civil que se preocupa com a criação da democracia nos meios de comunicação brasileiros. Foi ele também que redigiu as dez propostas de emenda à MP que regula a entrada do capital estrangeiro nos meios de comunicação e por isso já era olhado de esguelha pelo patronato da área.

Até aí tudo bem. O nobre parlamentar, porém, pulou na frigideira ao, primeiro, sugerir que os presidentes dos órgãos reguladores, incluindo o da Anatel, pusessem o cargo à disposição após uma eventual vitória de Lula; e depois ao dizer que poderia ir ao STF com uma Argüição de Inconstitucionalidade (Adin) da MP. O PT, que não quer nenhuma ondinha neste momento, disse que não tinha nada com isso, que se houver Adin será por conta do deputado. Era o que esperavam os meios de comunicação que mandaram bala em editoriais (Estadão) e em matérias (Gazeta), esta dizendo que o baiano fora ?desautorizado? pelo partido a entrar com a Adin, como se fosse possível um partido autorizar ou desautorizar alguma coisa a um dono de mandato num sistema em que não há fidelidade partidária.

Pinheiro, porém, tem uma carta poderosa para jogar. É que, além de ter um ótimo contato com as ONG que cuidam do assunto comunicação, ele também é evangélico. E os evangélicos do PL estão simplesmente loucos para botar as mãos no Ministério das Comunicações, até hoje o órgão que concede as autorizações para funcionamento de estações e retransmissoras de rádio e TV no país. O deputado baiano, assim, seria uma boa solução de compromisso do PT para uma área tão delicada.”

 

TV / APRESENTADORES

“Como faturam!”, copyright Veja, 23/10/02

“Ganha-se bem na televisão brasileira. Tão bem que, se a qualidade da programação fosse diretamente proporcional ao salário dos apresentadores, o espectador jamais teria do que reclamar. Infelizmente, não é o que acontece. E isso torna ainda mais surpreendente a constatação de que os salários desse meio continuam em alta. Na semana retrasada, Luciana Gimenez fechou um novo contrato com a Rede TV!. Entre o rendimento como apresentadora do Superpop e os ganhos com merchandising, ela poderá tirar até 150.000 reais por mês. É o triplo do que embolsava quando entrou na emissora, no ano 2000. Na ocasião, seu salário era de 50.000 reais e os anunciantes não apostavam em seu nome. Hoje, eles acorrem a seu programa, que arrecada até 3 milhões de reais por mês – o segundo maior faturamento da Rede TV!. A promoção de Luciana (que como apresentadora continua sendo uma ótima modelo) mais uma espiada no quadro acima mostra duas coisas. A primeira é que os apresentadores são a elite da televisão brasileira no que diz respeito aos salários. Um ator do primeiro escalão da Globo, quando está no ar, raramente ganha mais do que 70.000 reais. A segunda é que só integra essa elite quem tem alma de mascate. Isso porque os apresentadores ganham mais ou menos como um balconista de loja: um fixo e uma comissão – em geral bem mais polpuda – sobre os anunciantes que atraem para a emissora e os produtos que propagandeiam no ar.

O caso da veterana Hebe Camargo é exemplar. Com quase cinqüenta anos de serviços prestados na TV, ela exibe uma admirável relação custo-benefício em seu trabalho. Quase não se envolve na produção de seu show no SBT e passa menos de oito horas por mês na frente das câmeras. Mas embolsa, entre merchandising e salário, a quantia de 600.000 reais. ?A Hebe vende qualquer coisa. Ela é ótima nisso?, diz um diretor do SBT. A mais bem-sucedida exceção a essa regra é Jô Soares, que não faz merchandising. Ele ganhava 450.000 reais por mês no SBT. Foi para a Globo, em 1999, por 750.000 reais – mas não atraído pelo dinheiro. Disposto a qualquer coisa para segurar seu funcionário, Silvio Santos chegou a lhe propor o faturamento total de seu programa no SBT, que era da ordem de 35 milhões de reais ao ano. Com o dólar a 1 por 1, seria mais do que o americano David Letterman ganha da CBS por ano – 31,5 milhões de dólares.

Exatamente por causa desse dom para o comércio, os grandes apresentadores são quase que como sócios de sua emissora na venda de espaço publicitário. Campeão da lista dos maiores salários há mais de seis anos, Gugu Liberato tem direito de vender dezesseis minutos de inserções comerciais em seu programa dominical, além de outros 120 minutos mensais na grade de programação do SBT. Ratinho, que também trabalha no SBT, pode vender dois minutos diários. Como as perspectivas econômicas não são boas, é provável que haja uma redução nos ganhos fixos da maior parte dos apresentadores. A Record já começou a rever contratos. Eliana, por exemplo, já passou pela mesa de negociações. ?Para manter seus ganhos no atual patamar, ela terá de explorar ainda mais a sua imagem?, afirma um diretor da emissora. Isso porque seu salário, que era de 440.000 reais, a partir do próximo mês será de 260.000 reais fixos. Uma miséria, não?”

 

RELAÇÕES PÚBLICAS

“A valorização das RPs no Brasil”, copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 18/10/02

“Antonio Carlos Lago, presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas (Diretório Nacional) e responsável pela área de relações públicas do Ibama, em Brasília, é o novo presidente da Confederação Interamericana de Relações Públicas – Confiarp – 2002/2004. Ele foi eleito, por unanimidade, durante o XXIV Congresso Interamericano de Relações Públicas, realizado de 24 a 27/9, na cidade de Varadero, em Cuba. Outro brasileiro, Mauro Wu, diretor do Ibradep – Instituto Brasileiro de Aperfeiçoamento e Desenvolvimento Profissional, ocupará a Secretaria Geral. A sede da entidade está sendo transferida de Montevidéu para Brasília.

Essa eleição não é, obviamente, um fato isolado ou casual. É o resultado de um trabalho sério e do amadurecimento das relações profissionais no mercado da comunicação. E se estamos ainda longe do ideal, de um patamar em que mais do que fronteiras profissionais enxerguemos o resultado final das ações desencadeadas, também não é menos verdade que avançamos muito e o resultado é que a comunicação corporativa, na qual as relações públicas tem papel imprescindível, é uma das áreas que mais crescem em nosso País, com potencial de crescer ainda mais.

Há ainda brigas corporativas, por espaços, por reserva de mercado. É compreensível que assim seja, até porque quem passou vários anos nos bancos das universidades estudando e aprendendo não se conforma em ver o mercado ?invadido? por alienígenas de outras formações, ou até mesmo por colegas das atividades irmãs. E é também preciso dizer com todas as letras que o diploma, seja no jornalismo, nas relações públicas ou na propaganda, foi fundamental para a valorização de nossa atividade, pois a tirou da marginalidade e do compadrio.

Os tempos são outros e a discussão vai amadurecendo. Corrente cada vez maior defende a universidade, mas também a flexibilidade que venha a permitir que talentos ocupem postos no campo da comunicação, mesmo sem o diploma. É uma visão legítima, até porque essa é a contrapartida exigida pelo mercado e não pelos profissionais.

Lembro de conversas longas que tenho tido com colegas de RP reconhecendo que a lei não contribuiu em praticamente nada para garantir mercado; ao contrário, na maior parte do tempo foi a grande razão da decadência da atividade. E é até fácil entender como esse mecanismo funcionou e ainda funciona (cada vez menos, felizmente): instados a cumprir a lei, as seções regionais e federal dos Conselhos de Profissionais de Relações Públicas aplicam pesadas multas em empresas que ao fazer uso das ferramentas de RP não têm um profissional diplomado.

As empresas, acuadas, passam a cumprir a lei, extinguindo seu departamento de Relações Públicas. Ou seja, a aplicação da lei não resolveu a questão do mercado de trabalho e, ao contrário, o encurtou, pois aquela empresa, potencial contratante de profissional habilitado (se o trabalho fosse desse modo direcionado), desistia de tê-lo, para não comprar uma briga que, de resto, em nada a interessava. E ela continuava fazendo as mesmas coisas, com as mesmas pessoas, apenas mudando o nome da atividade.

As modernas lideranças de RP perceberam isso há tempos e vêm lutando para mudar. É difícil pois o sentimento corporativo é ainda muito forte e até compreensível.

Não sou relações públicas diplomado, mas a vida tem me colocado no caminho dos colegas da área com constância, o que considero um privilégio. Sou jornalista mas aprendi a admirar e, mais do que isso, a respeitar o estratégico trabalho das relações públicas. E vejo com muita satisfação a valorização que hoje é vivida pela área. Sinto até uma ponta de orgulho por ter participado historicamente de alguns dos momentos mais importantes que dizem respeito a essa atividade, criando, inclusive, um Congresso Brasileiro que leva o nome de Relações Públicas, agregado ao de Assessoria de Imprensa e Jornalismo Empresarial – o maior e mais prestigiado atualmente, em nosso País.

Penso que as discussões devem continuar, sobretudo pautadas pelo bom senso e pelo pragmatismo. E em respeito a isso, vou tomar a liberdade de reproduzir abaixo texto escrito pelos colegas de Relações Públicas sobre a eleição de Lago para o Confiarp, sobre o próprio Congresso e sobre alguns aspectos da atividade profissional. Há, ao meu ver, alguns escorregões corporativos que precisam ser equacionados. Mas isso também não se resolve da noite para o dia. É um processo e é natural que posições divergentes sejam confrontadas até que o melhor caminho surja.

Segue a íntegra do artigo:

?Conquistar a integração dos povos, através da abertura de novos mercados e buscar a paz mundial, é uma tarefa desafiadora. Neste processo os profissionais de comunicação social tem um papel estratégico e a aplicação das atividades e instrumentos específicos de relações públicas é o caminho para se atingir tais objetivos. Assim, os profissionais de RP estão conquistando cada vez mais espaços. Suas atividades são direcionadas para os campos estratégicos de planejamento e gerenciamento de comunicação nas instituições onde atuam nos diversos países. Nas áreas políticas, internacionais e sociais, suas ações são desenvolvidas visando consolidar, com responsabilidade, as marcas das empresas ou instituições perante a opinião pública.

É preciso lembrar que vivemos um processo de globalização e não podemos esquecer que o Brasil é um país de dimensões continentais. A nossa posição é estratégica e as atividades de relações públicas são cada vez mais determinantes para o desenvolvimento das organizações, principalmente na busca de maior aproximação mercadológica com as outras nações da América Latina. Neste Contexto o Brasil acaba de conquistar, em Cuba, o direito de presidir, durante o biênio 2002/2004, a Confederação Interamericana de Relações Públicas – Confiarp. A eleição em Havana , no último dia 27 de setembro, do presidente da Associação Brasileira de Relações Públicas, Antônio Carlos Lago, para a presidência da Confiarp, pelos dirigentes e delegados representantes dos 20 países filiados à Confederação, presentes no XXIV Congresso Interamericano de Relações Públicas, ocorreu em clima de consenso e reconhecimento pelo trabalho que a ABRP vem realizando e marca o crescimento da atividade de Relações Públicas no campo empresarial e organizacional em nosso País.

A realização do congresso em Cuba, com 530 participantes, sendo 245 estrangeiros, é o reconhecimento da importância estratégica que as ações de relações públicas podem exercer entre os países, conquistando, através dos seus encontros e reuniões, a aproximação das nações e construindo um caminho seguro para a profissão, respeitando as necessidades e realidades de cada mercado.

Atualmente existe no Brasil 80 instituições de ensino superior que oferecem a habilitação de Relações Públicas. Temos aproximadamente 30 mil profissionais, dos quais, apenas 8.500 são registrados no Conselho Federal e dez mil filiados nas seções estaduais da ABRP entre profissionais e estudantes. As maiores empresas de Relações Públicas – a maioria estrangeira – estão no Estado de São Paulo e trabalham em parceria com as empresas locais, contribuindo para o amadurecimento dessa área no País. Uma realidade que pode ser melhorada se todos valorizarem mais este campo de trabalho, se as entidades de classe se organizarem em ações conjuntas para se buscar unidade e credibilidade junto aos novos dirigentes eleitos e principalmente, maior espaço junto à classe empresarial dos estados e municípios.

Com a presidência da Confiarp no Brasil, e sua sede oficial em Brasília, é a oportunidade para se construir um novo caminho, fortalecer a categoria, trabalhar em conjunto com as instituições de ensino superior e buscar conteúdos de acordo com as necessidades de cada segmento da sociedade. O mercado de Relações Públicas no Brasil e nos países da América Latina tem uma enorme perspectiva de crescimento. É preciso que os profissionais e dirigentes das agências de relações públicas acreditem mais no seu potencial e que o mercado de propaganda e imprensa parem de ignorar um importante instrumento de comunicação e conheçam um pouco mais o que relações públicas pode fazer por suas empresas e clientes, tais como: planejamento estratégico da comunicação corporativa, comunicação dirigida aos públicos das instituições, relações com a mídia, assessoria política, gerenciamento de crises, relação com investidores, pesquisa de opinião, cooperação técnica, relações governamentais e outras áreas especiais que começam a se destacar como saúde, tecnologia da informação, meio ambiente, turismo e relações internacionais.

As empresas, preocupadas com sua reputação no mercado, investem cada vez mais, quantias semelhantes ao que utilizam para obter melhor qualidade nos produtos e serviços, em ações de Relações Públicas. Resguardar e melhorar a imagem das empresas e instituições públicas ou privadas é uma tarefa que deve ser desenvolvida pelo profissional de Relações Públicas. É ele quem deve estar preparado para traçar as estratégias definidas na política de comunicação das organizações.

O profissional de RP tem a obrigação de estar capacitado para responder por estas atividades. É de sua competência assessorar os dirigentes em decisões que possam ter repercussão na opinião pública, estar atento a tudo que acontece e ser muito bem informado. Relações Públicas é uma profissão regulamentada por Lei, tem características abrangentes e lida diretamente com administração e planejamento estratégico da comunicação nas organizações.?”