DANÇA DAS CADEIRAS
Nem uma palavra, a não ser a alteração parcial no expediente (pág. 8). O jornalista Mario Sergio Conti demitiu-se depois de cinco meses na direção do Jornal do Brasil. Conseguiu reverter um quadro crítico, quase terminal, alimentando as esperanças de que o Rio de Janeiro não seria dividido entre O Globo e O Dia e voltaria a contar com um jornal de qualidade.
Os acionistas ? velhos e novos ? não se sensibilizaram com a façanha. Nem se deram ao trabalho de oferecer aos leitores algum tipo de satisfação. Deixaram que boatos substituíssem a informação.
Isto é mais grave do que as sabidas dificuldades financeiras do grupo empresarial.
Quando um jornal deixa de se importar com o que dele se diz está abrindo mão tanto da sua credibilidade como da sua capacidade para resguardá-la.