Friday, 26 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Jornada em São Paulo

DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA

Às 19h30 desta terça-feira, dia 11, ocorre no Tuca (Teatro da PUC, Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes) ato público pela democratização da comunicação. O evento faz parte da Jornada pela Democratização da Mídia, campanha organizada por MST, CUT, Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e UNE, com atos públicos em várias capitais.

O objetivo da Jornada é marcar posição contra o atual cenário do setor de comunicações no país. Estudo feito ano passado pelo Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação sobre os meios de comunicação no Brasil mostra que apenas seis redes nacionais de televisão, Globo, SBT, Record, Bandeirantes, Rede TV! e CNT, controlam 667 veículos no país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. Às redes de televisão somam-se outros quatro grandes grupos de mídia, Abril, Folha, RBS e Estado.

Essas 10 empresas juntas controlam virtualmente tudo o que se vê, se escuta e se lê no país. A Globo é provavelmente a empresa que mais concentra mídia no país, controlando redes de TV por assinatura (Globosat, Sky e Net), rádios (CBN, Rádio Globo), jornais (O Globo, Valor Econômico, Extra, Diário de S. Paulo), revista (Época), internet (Globo.com), editora de livros (Editora Globo), gravadora (Som Livre) e produtora de filmes (Globo Filme). Mais de 40% dos brasileiros vêem a Rede Globo de Televisão todos os dias.

O ato paulista, além de defender a democratização da comunicação, condena a criminalização dos movimentos sociais pela chamada grande imprensa. Participam do debate José Arbex Jr., editor da revista Caros Amigos; Laurindo Leal Filho, jornalista e integrante da ONG Tver; Sergio Suiama, procurador da República; e um representante do Ministério das Comunicações. Estão previstas, também, intervenções de João Pedro Stédile (MST), Gustavo Petta (UNE), Pedro Malavolta (Enecos), Maria Luiza Mendonça (Rede Social de Justiça e Direitos Humanos) e um representante da CUT.

Com a participação do grupo teatral Cia do Latão, no início, e do músico Paulo Freire, no encerramento.