Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Jornalista assassinado nas Filipinas.

VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS

O Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ) divulgou um comunicado oficial em 8/9 condenando os ataques recentes a jornalistas filipinos e informando que está investigando o assassinato de três repórteres mortos no último mês.

No último incidente, o jornalista Juan Jun Pala foi morto na cidade de Davao, no dia 6/9. Pala era comentarista da rádio DXGO e conhecido ativista anticomunismo.

Não se sabe ao certo a razão para seu assassinato. Homens encapuzados dirigindo motocicletas atiraram em Pala quando ia para casa com um guarda-costas e um amigo. O jornalista foi atingido por nove tiros e morreu ao chegar ao hospital. Os dois acompanhantes sofreram ferimentos leves.

História de perseguição

Pala era alvo constante de ataques. Em 29/4, homens armados não-identificados atiraram em um táxi que levava Pala, ferindo-o nas nádegas. Desde então, passara a apresentar o programa de sua casa.

Nos anos 80, Pala ficou conhecido pela árdua crítica a grupos rebeldes comunistas. Nessa época, era porta-voz de um grupo anticomunista. Nos últimos anos, seu programa de rádio voltou-se mais à exposição de casos de corrupção de políticos locais.

Duas mortes sob investigação

A CPJ também está investigando o assassinato de dois outros radiojornalistas. Em 19/8, Noel Villarante, da rádio DZJV e do jornal local Laguna Score, foi morto a tiros ao lado de fora de sua casa.

No dia seguinte, Rico Ramirez, repórter da rádio DXSF, foi assassinado. Seu corpo foi encontrado com uma única bala que lhe perfurou as costas.

O jornalista e professor nepalês Gyanendra Khadka, de 35 anos, foi assassinado no dia 7/9 por rebeldes maoístas. Ele foi tirado da sala onde dava aula num vilarejo e amarrado num poste, tendo a garganta cortada publicamente.

A organização Repórteres Sem Fronteiras [10/9/03], declarou estar chocada com a crueldade do crime e expressou preocupação com o aumento da violência contra jornalistas no Nepal. Pediu também que o governo local ache e puna os assassinos de Khadka, que trabalhava para a agência estatal de notícias Rastryia Samachar Samiti e era conhecido pelos artigos que escrevia para diferentes jornais locais e nacionais.