Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Nelson Ascher

NYT EM CRISE

“O Watergate do quarto poder”, copyright Folha de S. Paulo, 9/06/03

“A renúncia do editor-executivo do ?New York Times?, Howell Raines, e de seu número dois, Gerald Boyd, é um evento mais importante do que seria a queda de qualquer governo no mundo, salvo os do G8, pois o jornal é o principal símbolo da imprensa num país onde, como em nenhum outro, esta serve de contrapeso efetivo ao poder estatal. Se o chefe do Executivo norte-americano é em geral considerado o homem mais poderoso que existe, foi precisamente nos EUA que dois jovens repórteres do ?Washington Post?, investigando o escândalo de Watergate, acarretaram, três décadas atrás, a renúncia de Richard Nixon.

A queda, na última quinta-feira, de Raines é o Watergate do ?quarto poder?. Sua causa imediata foi também um escândalo, aquele que envolveu a saída de Jayson Blair, um repórter negro de 27 anos, cujas matérias fraudulentas obrigaram o jornal a publicar quatro páginas de retratações. O caso, porém, não teria consequências tão amplas se não implicasse um jornalista que, apesar de desmascarado dentro e fora do jornal até mesmo por seus superiores imediatos, seguiu contando com a confiança protetora da direção.

A atitude suicida do editor-executivo vem sendo atribuída à má consciência de um branco liberal do sul (ele é do Alabama) que teria apostado demais na ?ação afirmativa ?, ou seja, na promoção profissional de minorias previamente injustiçadas como os negros. A história, contudo, é mais complexa. Mesmo que se tratasse de um apego desmesurado à ação afirmativa, o modo como ele a praticou revela a intenção de insinuar que a questão racial continua uma ferida aberta nos EUA. Se bem que posição extrema e minoritária no país, ela corresponde ao ideário com o qual os intelectuais liberais e a esquerda do Partido Democrata, em cujo porta-voz o ?Times ? se converteu nos dois últimos anos, gostariam de reconquistar a Presidência (segundo eles) injustamente perdida.

O veredicto através do qual uma suprema corte preponderantemente conservadora (nos EUA, os juízes são apontados pelo Executivo e a maioria dos atuais foi escolhida por presidentes republicanos) encerrou, em favor de Bush, as disputadíssimas eleições presidenciais, bem como a constatação de que os votos subtraídos, à esquerda, pelo candidato dos verdes, Ralph Nader, teriam garantido ao democrata Al Gore uma maioria decisiva, assegurou que os perdedores jamais reconheceriam a legitimidade da atual administração. Tudo isso, agravado pelos rancores decorrentes da feroz campanha midiática, judicial e política movida pela direita republicana com o intuito de depor Bill Clinton, exacerbou de tal maneira a rixa entre as facções mais mobilizadas e radicais de cada um dos dois grandes partidos que hoje os liberais rejeitam Bush de uma forma tão passional quanto os conservadores fizeram com seu predecessor.

Acontece que, como Clinton descobrira e seu sucessor está percebendo, o grosso dos eleitores, sobretudo a massa de apartidários que decide muitas eleições, gravita, sem compartilhar essas paixões, em torno do centro. A orientação editorial imposta por Raines, distanciando o jornal de seu público centrista, alinhou-o com um programa explicitamente partidário e o fez, além disso, politizando o noticiário e enviesando a cobertura do que quer que fosse segundo um prisma menos de crítica dura que de oposição irredutível ao governo Bush. Um dos exemplos mais acabados desse oposicionismo caricatural é a trajetória do comentarista Paul Krugman, estrela do jornal. Antes da gestão Raines, mantendo-se nos confins de sua especialidade, a economia, ele publicava artigos perspicazes, mas, quando incentivado pelo novo chefe, começou a extrapolar os limites de sua competência, Krugman acabou arriscando prognósticos tão patentemente absurdos quanto o de que o escândalo Enron marcaria o país muito mais profundamente do que os atentados de 11 de setembro de 2001. Que um tablóide esquerdista defendesse uma tese assim seria aceitável, mas a militância ideológica que sustenta periódicos como ?Nation? (de esquerda) ou ?National Review? (de direita) não rende dividendos duradouros a uma publicação como o ?NYT? e, como se viu, corrói-lhe rapidamente o capital de credibilidade.

O que ocorreu nos EUA seria quase inconcebível num país como a França (e, talvez, no resto da Europa continental), onde os três grandes jornais, ?Le Figaro? (conservador), ?Le Monde? (centrista) e ?Libération? (de esquerda), frequentemente competem entre si (e com a intelectualidade nacional) para ver qual deles convencerá melhor a população de quão corretas são as decisões do governo, e onde as denúncias publicadas, em fevereiro, no livro ?A Face Oculta do ?Le Monde’?, de Philippe Cohen e Pierre Péan, já foram, sem terem sido demasiado discutidas, devidamente arquivadas. O saldo final do episódio Raines é, portanto, positivo por duas razões. Primeiro, por colocar em evidência uma nova e vigilante instância de supervisão crítica da grande imprensa, a internet, mais especificamente a blogosfera. Os mesmos ?bloggers? conservadores que obrigaram há pouco Trent Lott, o líder republicano do Senado, a abandonar o cargo por causa de suas observações racistas, não apenas denunciaram incessantemente os desmandos no ?NYT? como impediram também que o presente problema fosse abafado. E, em segundo lugar, porque este ?affair? reconfirma que o vigor da democracia, seja no governo ou na imprensa, advém não de acertar sempre, mas de ser capaz de expor, reconhecer e corrigir os próprios erros.”

 

“Talese liga caso ?NYT? a pobreza jornalística”, copyright Folha de S. Paulo, 8/06/03

“Autor do mais famoso livro sobre a história do jornal ?The New York Times?, Gay Talese vê dois grandes problemas a partir da crise atual.

Um vale para toda a profissão. Em sua opinião, a história recente do diário mostra que os jornalistas deveriam parar de divulgar informações sem identificar a fonte -o chamado ?off the records?.

Outro é específico do diário nova-iorquino, que ele classifica como espelho do que acontece com o governo americano. Na sua comparação, Jayson Blair, o repórter-inventor, faz o papel que coube aos terroristas dos atentados de 11 de setembro de 2001.

As semelhanças emergiriam até no episódio da última quinta, quando os dois principais editores do jornal pediram demissão.

?A troca de editores é como no governo americano. E o país segue em frente?, disse Talese, 71, em entrevista na sexta-feira.

Ele trabalhou no diário de 1955 a 1965. Quatro anos depois, publicou ?O Reino e o Poder?, livro que conta a história do jornal mais famoso do mundo.

Folha – O que essa crise vai mudar no modo de fazer jornalismo?

Gay Talese – Vai deixar os editores mais fortes e os repórteres mais cuidadosos. É bom. Na última geração, as coisas não têm sido bem feitas na América. Nós não fazemos as coisas direito.

Folha – Como o quê?

Talese – Não fazemos carros direito, não fazemos bem ternos. E não fazemos matérias direito, porque a reportagem se tornou muito tática, confiando em e-mail, telefones, gravações. Não é cara a cara. Quando eu era repórter, nunca usava o telefone. Queria ver o rosto das pessoas. Os dois editores não viam a cara do repórter que eles contrataram. E as reclamações de editores de que Jayson Blair deveria parar de escrever foram feitas por e-mail.

Isso é muita tecnologia no jornalismo. Não se anda na rua, não se pega o metrô ou um ônibus, um avião, não se vê, cara a cara, a pessoa com quem se está conversando. Esse é o primeiro ponto.

Ponto dois: não há atribuição suficiente de declarações às pessoas. Deveria ser o fim das pessoas falando ?off the records?. Se a pessoa não quer me dar a informação, ok, eu não quero a informação. Tem de haver ?accountability? [obrigação de prestar contas]. A chave é ?accountability?.

Folha – Mas o sr. não acha que o ?off the records? foi importante em casos como o Watergate?

Talese – Não acho. O chamado ?Garganta Profunda? do Watergate pode ter sido três pessoas, cinco pessoas, uma pessoa, pode ser ninguém. Eles queriam tanto destruir o presidente Nixon, queriam tanto vê-lo sair de Washington, que mais cedo ou mais tarde fariam qualquer coisa.

Eu escrevi uma longa carta ao ?New York Times? em 1999 reclamando que uma edição que eu li naquele dia tinha 15 reportagens nas quais as fontes não eram mencionadas. Uma era de Washington, outra era uma história internacional, outra de negócios, outra estava na página esportiva, tudo. Os repórteres ficaram muito preguiçosos. Eles estão tão preguiçosos que isso os leva a mentir.

O repórter que mentiu e arruinou a carreira de tanta gente certamente nunca deveria ter começado uma carreira. Mas isso tudo representou a tecnologia, dizer que você está num lugar quando você não está, roubar dos outros, plágio.

Então a resposta é: o que aconteceu foi uma boa coisa. Eles tinham de fazer isso. Tinham de fazer algo dramático porque o ?New York Times? é como o governo dos EUA. Ele ensina ao mundo que esse é o caminho a seguir, essa é a coisa certa a fazer.

Tinham de fazer isso com eles mesmos, porque eles pedem às grandes empresas para se livrarem de seus diretores.

Folha – Com a saída dos editores, haverá mudança real?

Talese – Vai ficar da maneira que deveria ser. Eu escrevi um bilhete a Howell Raines depois do caso do Jayson Blair e disse: ?Espero que, quando avaliar as mudanças, você considere [não escrever mais] ?fontes?, ou se livrar do excesso de ?fontes?.

Ele nunca me respondeu. Isso é estúpido. Eu sou uma velha pessoa que conheceu o jornal e que entende o jornal. Há um pouco de presunção no ?Times?.

O ?New York Times? foi como com o terrorismo. Tem tamanha equipe de segurança no prédio, e eles permitiram a esse repórter terrivelmente ridículo, Jayson Blair, entrar e se tornar parte do ambiente interno, como um terrorista, espalhar o terror sobre a verdade do jornal, como antraz.

Eles o deixaram passar pela segurança, assim como os pilotos do 11 de setembro. Ele estava fazendo o que é o veneno do jornalismo, que é mentir. Não olharam na cara dele. Os editores que foram forçados a renunciar não tiveram sabedoria para ver que ele não pertencia ao jornal.

Você tem de julgar pessoas quando é jornalista. Espera-se que você saiba se deve confiar na pessoa quando está colhendo informação. Toda escola de jornalismo deveria ensinar isso.

Folha – E o publisher Arthur Sulzberger Jr., o publisher?

Talese – Foi ele quem começou tudo. Sulzberger é o dono, então o dono pode sempre culpar o executivo por fazer isso, mas o dono contratou essas duas pessoas, especialmente Howell Raines.

Eles queriam fazer ação afirmativa. Minorias não têm nada a ver com jornalismo. Jornalismo não é minoria, é um mundo à parte. Você é um jornalista, não um negro, um chinês, um brasileiro, um italiano ou um judeu. Você não é de nenhuma nacionalidade. Eles não deveria promover uma pessoa porque ela é uma lésbica, um negro, um italiano, isso é ridículo.

Folha – O questionamento à liderança do sr. Sulzberger pode continuar a prejudicar o jornal?

Talese – Não, ele ainda está lá. Ele é parte da família. Eles têm a loja. Eu não conheço ninguém que foi preparado para substituí-lo. Talvez exista alguém. Eu apenas não conheço outro Sulzberger, eles poderiam vir com uma mulher, não sei. Se eles aparecessem com uma mulher, mudaria a história.

Acho que o que eles fizeram foi: ok, precisamos fazer algo grande, muito grande. Estive com um repórter à noite e ele me contou como foi no prédio. Disse: ?O ?Times? tinha de mostrar algo à equipe, que estava brava?.

O ?Times? prega às empresas americanas sobre sua responsabilidade, o ?Times? tinha de fazer a mesma coisa. E o fato de que não se livraram da família, bem, isso é difícil de fazer. O rei tem os vassalos. Eles têm os vice-reis lá, e então eles matam os vice-reis. Eles se livraram de dois vice-reis. Mas a dinastia Sulzberger ainda está lá.

Folha – O ?Times? vai continuar sendo o ?velho? ?Times?? Como isso afeta sua credibilidade?

Talese – O ?Times? é uma instituição que está no negócio há mais de cem anos. A troca de editores é como no governo americano. O governo americano tem maus presidentes. Alguns são mandados embora, como Nixon. E o país segue em frente.

O país é bom e mau. Às vezes o país é desprezado pelo mundo como agora, como deveria ser, porque está sob má administração. E há muitos Jaysons Blairs. Existem mentirosos em Washington e mentirosos no ?New York Times?. O ?Times? e Washington frequentemente se refletem, porque o governo é o establishment, e o ?New York Times? é o jornal do establishment.

Folha – O neoconservador Bill Kristol escreveu na ?Weekly Standard? que o ?Times? não estaria à altura do grande diário de que os EUA precisariam. Os neoconservadores podem usar este momento para construir uma alternativa?

Talese – O jornal foi conservador demais, nunca desafiou a administração. O ?Times? nunca disse a seus repórteres para entrar no Departamento da Defesa e falar: ?Provem-nos que [o Iraque] tem armas de destruição em massa?.”

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“Concorrentes atacam o ?New York Times?”, copyright Folha de S. Paulo, 7/06/03

“Concorrentes do diário ?The New York Times? aproveitaram a notícia da demissão de seus dois principais editores para atacar duramente o jornal.

Dois tablóides nova-iorquinos chamaram-no de ?jornal dos destroços? (?paper of wreckage?, parodiando a expressão ?paper of record?, algo como ?jornal de registro histórico?, frequentemente utilizada como aposto ao nome do diário).

O mais virulento golpe veio do ?New York Post?, controlado pelo empresário de origem australiana Rupert Murdoch.

Em sua capa, o jornal publicou um irônico e crítico anúncio de classificado em busca de candidatos para a vaga de Howell Raines, que deixou anteontem o cargo de editor-chefe do ?Times? após crise interna deflagrada por fraudes em reportagens do jornal.

O texto do anúncio definiu assim as características procuradas: ?Editor-executivo para jornal de registro histórico baseado em Manhattan. Francófilo esquerdista com obsessão pela diversidade e jeito para tapar buracos de circulação. Alérgico a republicanos. Tolerância a altos impostos é necessária. Criticismo à América é adicional. Respeito pelos fatos é opcional?.

A atitude do tablóide complementa um ataque recentemente desferido por outra publicação de Murdoch, a revista ?Weekly Standard? -esta voltada para um público mais qualificado e hoje considerada a leitura preferida no governo americano.

Sob o título ?O próximo grande jornal da América?, William Kristol, uma das principais cabeças do neoconservadorismo do país, defendeu a tese de que o ?Times? não estaria à altura do grande diário de que os EUA precisariam.

?As últimas semanas deixaram claro que não há nenhuma esperança real de que o ?Times?, sob seu atual regime, possa se tornar esse jornal?, disse Kristol.

Escrito antes da saída de Raines e do secretário de Redação, Gerald Boyd, o texto dizia que nem mesmo a demissão dos dois seria capaz de consertar o jornal. ?Tudo que sabemos sobre Sulzberger sugere que sua próxima escolha não significaria avanço. A mudança fundamental de regime no ?Times? não está nas cartas. O ?Times? é incorrigível. A questão é se um novo jornal de registro histórico vai substituí-lo.?

Além das publicações de Murdoch, o diário sofreu críticas ontem também de um importante concorrente, o jornal ?The Wall Street Journal?.

?Como competidor, tínhamos nos mantido circunspectos sobre os recentes conflitos no ?New York Times?. Mas a demissão de seus dois principais editores ontem é uma chance de discutir padrões de jornalismo em geral?, escreveu o ?WSJ? em editorial.

O diário reclamou principalmente do que considera notícias enviesadas publicadas pelo mais famoso jornal americano.

?Nossa visão é que o que temos vistos em sua primeira página nos últimos anos é menos reportagem objetiva e mais jornalismo advocatório. Nesse sentido, o escândalo com as invenções de Jayson Blair é sintomático de um problema maior de credibilidade que não se vai com o sr. Raines.?

Por outro lado, o ?Times? recebeu afagos do ?Chicago Tribune?, que escreveu em editorial: ?A demissão dos dois principais editores do ?New York Times? reflete em grande medida quão seriamente as pessoas que trabalham naquela instituição valorizam sua credibilidade?.”

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“Jornal publica sua própria crise com destaque”, copyright Folha de S. Paulo, 7/06/03

“Uma chamada em duas colunas no alto de sua capa, pouco mais de uma página inteira dentro, o principal editorial do dia.

Assim foi a cobertura dada pelo ?New York Times? na edição de ontem à sua própria crise.

Assinado pelo jornalista responsável por cobrir a área de mídia, Jacques Steinberg, o texto principal sobre a mudança no comando da Redação foi intitulado ?Dois principais editores do Times pedem demissão após furor por fraude de repórter?.

Steinberg escreveu na primeira página que seus ex-chefes estavam deixando a casa depois de ?eventos que expuseram fissuras na administração e no moral da Redação?.

Outras três reportagens completavam a cobertura dada pelo ?Times? ao evento interno.

Uma delas traçava o perfil dos dois ex-editores do jornal, sob o título ?Uma trajetória formidável [deixada] inacabada por escândalo e descontentamento?.

Um quadro mostrava a história do cargo de editor-executivo do ?Times?, criado em 1964 e desde então ocupado por seis pessoas.

Outro texto relatava o escolhido para ocupar o cargo interinamente, Joseph Lelyveld, que respondeu pela função de 1994 a 2001 e que fora justamente o antecessor de Howell Raines.

Por fim, uma reportagem sob o título ?Anunciantes e Wall Street vêem fim do tumulto? trazia as reações à saída dos dois principais editores do ?Times? após o escândalo deflagrado pelo repórter Jayson Blair -que se demitiu no mês passado, quando o diário descobriu que ele andara inventando informações.

Mas as ações da companhia que publica o jornal voltaram a cair ontem na Bolsa de Nova York. Fecharam o pregão 0,75% mais baratas do que no dia anterior, o do anúncio das demissões -quando já haviam caído 0,8%.

Em seu principal editorial, o jornal abordou a crise dizendo que ela será positiva no longo prazo.

?O sacrifício [de Raines e de Gerald Boyd] nos dá uma razão a mais para trabalhar em direção ao objetivo perpétuo da reportagem perfeita?, opinou o jornal.

Antes de assumir o comando da Redação, Raines era justamente o responsável pelos editoriais do ?Times?, algo que foi lembrado ontem no mesmo espaço.

?Sob seu mandato, houve ocasiões em que o comitê editorial pediu que um diretor público ou privado renunciasse. Algumas vezes, os funcionários eram pessoas de distintos méritos anteriores, e às vezes as tempestades que surgiram sobre suas cabeças não resultaram primeiramente de seus atos. Mas a luta de um líder para retomar o controle pode tirar energia da instituição que ele está tentando liderar?, disse o editorial do jornal.

Ontem, Lelyveld, seu substituto, foi apresentado à Redação lendo um discurso de dez minutos. Disse que as metáforas de futebol americano – preferência de Raines – dão lugar agora às de beisebol – mais a seu gosto.”