Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1280

Notas genealógicas – o ramo inglês

ALMANAQUE HIPOLITO

HIPÓLITO, A PESSOA

Antonio F. Costella(*)

ãe é nomeada como Anna Josepha Pereyra.

Descendência inglesa

Quanto à descendência deixada por Hipólito na Inglaterra, Carlos Rizzini publicou em seu livro Hipólito da Costa e o Correio Braziliense e, antes dele, em seu artigo “Fundador da Imprensa Brasileira” (O Cruzeiro,. 29/10/1955), vasto material que nos permite organizar o seguinte quadro genealógico de descendentes:

Mas Carlos Rizzini dispunha de mais material. Não o tornou público no livro referido, talvez por lhe parecer desnecessário. Incluiu-o, parcialmente, em seu artigo de O Cruzeiro, provavelmente por interesse jornalístico. Pudemos, entretanto, recuperar esse material excedente por meio de pesquisas feitas na correspond&eecirc;ncia entre Carlos Rizzini e Gastão Nothman.

Gastão, o adido da embaixada do Brasil em Londres que auxiliou Rizzini de modo decisivo nas buscas realizadas na Inglaterra, montou uma intrincada árvore genealógica, por ele revisada em 13 de agosto de 1955, na qual, partindo do casamento de Hipólito em 1817, chegou até a quinta geração do jornalísta, incluindo mais de cinqüenta descendentes, dentre eles seis tataranetos, o mais novo dos quais nascido em 1953.

Como Augusta Carolina, que se casou com o primo Adolphus Charles Troughton, e Augustus Frederick, que morreu solteiro, não deixaram filhos, toda a descendência inglesa de Hipólito deriva de Anne Shirley. Desdobrada em dois ramos, um derivado de Reginald da Costa e outro de Catherine, ambos filhos de Anne Shirley e netos de Hipólito, a árvore genealógica se completa da forma abaixo apresentada:

Tanto Carlos Rizzini, quanto Mecenas Dourado, baseados em documentação existente, referem a existência de um outro filho de Hipólito, filho natural, nascido antes do seu casamento com Mary Ann, que teria recebido o nome de José Felix da Costa. No entanto, não avançaram nada quanto a sua eventual descendência.

Notas

(1) Em sua árvore genealógica, Gastão Nothman preferiu o nome Anne Mary Troughton. No entanto, a documentação por ele mesmo levantada sempre a indica como Mary Ann ou, às vezes, Mary Anne.

(2) Com sua posterior vinda ao Brasil, foi possível constatar que seu nome completo era: Rosemary Claire Porter.

(*) Lecionou na Universidade de São Paulo, na Faculdade de Comunicação Cásper Líbero e em outras instituições de ensino, como a Escola Superior de Jornalismo, no Porto. Atualmente, dá aulas no curso de jornalismo da FIAM, em São Paulo. Publicou 26 livros, que se dividem em a) obras técnicas nas áreas de direito e história da comunicação e da arte, como O controle da informação no Brasil (Petrópolis: Vozes, 1970), Direito da comunicação (São Paulo: Revista dos Tribunais, 1976), Comunicação ? Do grito ao satélite (4a. ed. Campos do Jordão: Mantiqueira, 2001) e Legislação da comunicação social ? curso básico (no prelo).