Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

O escândalo da cruz

JORNALISMO DE POLÊMICA

Allan Novaes (*)

O jornalismo aborda o escândalo porque vende mais ou vende mais porque aborda o escândalo? Uma coisa é certa: leitores e jornalistas adoram escândalo, ou no mínimo sentem-se atraídos por ele ? o que no fim das contas acaba dando no mesmo: o prazer pela polêmica. O escândalo de temática religiosa é um dos mais rentáveis. E a imprensa sabe muito bem disso. O crescente número de periódicos e programas de TV que veiculam matérias religiosas e polêmicas na última década prova que o conflito ciência versus crença é pauta abundante.

É um incômodo danado para cidadãos comuns verem sua fé e valores desafiados. Então, buscam saciar a curiosidade. No fundo, é só fachada para sua busca por respostas. Afinal, se a Bíblia é apenas um apanhado da cultura judaica na forma escrita, o que fazer com os anos de leitura das Escrituras (que nem mais sagradas são) e com as visitas semanais à igreja? E o dinheiro que saiu do bolso por causa dos princípios bíblicos do dízimo? O resultado: ibope às alturas e exemplares esgotados nas bancas.

Quando se fala de religião, não há outra personalidade mais polemizada do que Jesus. Ele é a maior figura dos dois últimos milênios e suas doutrinas afetam direta ou indiretamente bilhões de pessoas. Mas como a mídia tem retratado Jesus Cristo nos últimos anos? Um breve panorama dessa abordagem revela o quadro clínico em que se encontram os jornalistas que se arriscam a falar do judeu de Nazaré.

Mesmo sem assumir o discipulado da polêmica, cujo princípio de ouro é o escândalo, a mídia monta um verdadeiro mosaico de informações e teorias que antes trazem descrédito a crenças e dogmas religiosos do que estabelecem informações claras ao leitor sobre quem é Jesus. Vejamos.

Combatividade e pretensão

A Superinteressante de abril de 1996, cuja manchete, "É semana santa, mas quem é Jesus?", vinha acompanhada da imagem de Cristo em quebra-cabeça, traz no primeiro parágrafo da seção "Como rastrear a verdade sob o mito" as seguintes palavras: "Cristo nasceu antes de Cristo, no ano 7 a.C. Nosso calendário romano-cristão está errado, já devíamos estar no ano 2001. Tampouco há evidência de que o Natal seja em 25 de dezembro, porque não se sabe em que mês Jesus nasceu. A data de dezembro foi fixada pela Igreja no ano 525 para coincidir com festas pagãs do Oriente e de Roma. E, de acordo com as pesquisas, Jesus não nasceu em Belém, na Judéia, mas em Nazaré, na Galiléia, norte de Israel. (…) Para a maioria dos pesquisadores, os reis magos, o presépio e a estrela de Bel&eacuteacute;m são invenções dos evangelistas para identificar o nascimento de Jesus com a vinda do Messias, que já era anunciado no Velho Testamento. A expressão é profana mas vale: há muito marketing político nos evangelhos".

Na edição de dezembro de 2000, a Galileu se comporta de modo parecido. As mesmas informações polêmicas são apresentadas, mas desta vez permeiam todo o texto da reportagem de capa ("O desafio de explicar Jesus e o sentido do Natal"), ora em boxes, ora em olhos. "No tempo ele não ofereceu a outra face, mas virou a mesa"; "Os evangelhos não podem ser tomados ao pé da letra"; "Ele não nasceu na era cristã nem no dia 25 de dezembro".

Que o jornalista tem o dever de informar a verdade, todos sabem. Jesus de fato não nasceu no dia 25 de dezembro, e um monge cometeu um equívoco na contagem de datas do nosso calendário, por incrível que pareça. Essa é a verdade. No entanto, a maneira truculenta de apresentar as informações religiosas soa como afronta.

Frases contundentes que atacam o senso comum e as crenças religiosas revelam mais do que a verdade. Evidenciam um ceticismo amargurado, uma postura rebelde contra crenças e dogmas religiosos, o que compromete a imagem de imparcialidade. A intenção deveria ser informar o leitor, e não ofendê-lo ou chocá-lo em discurso de teor combativo. Mesmo o relato da verdade não deveria ser desculpa para uso do sensacionalismo em informações importantes.

A escolha desse estilo polêmico de tratar Jesus pode causar no leitor a sensação de que seus valores e crenças estão sendo desafiados. Pior. Ele pode realmente se ofender e se considerar vítima de preconceito religioso. E não é de se surpreender que essa seja a real intenção de alguns jornalistas.

Tão desastroso quanto ofender o leitor, por assumir nas entrelinhas posição anti-religiosa, é assumir um discurso de verdade absoluta, quando se trata apenas de teorias e hipóteses. Títulos como "A verdadeira história de Jesus" (Super, dezembro/2002) deixam transparecer a parcialidade do profissional e sua disposição antidogmática e antiinstitucional, além de manifestar a tendência em polemizar o tema com uma linha de descoberta inédita ou verdade irrefutável. As outras histórias de Jesus são todas falsas, então?

A pretensão do veículo é tanta que nesse título o leitor incauto tem a impressão de que está investindo na maior descoberta do milênio ao comprar a publicação. Sensação essa que dá lugar à frustração quando lê a matéria: é apenas mais uma especulação sobre a vida de Jesus de Nazaré.

Escândalo versus conservadorismo

O problema, obviamente, não está em dizer a verdade. Este é um dever do jornalista. A questão é como e por que dizê-la. Assuntos polêmicos, mesmo quando tratados por jornalistas, envolvem ódio e polidez, opinião e paixão.

Jacques Waiberg, Jorge Campos e Edelberto Behs, no artigo intitulado "Polemista, personagem esquecido do jornalismo", na edição de janeiro/junho de 2002 da Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, afirmam que a razão para se explorar assuntos polêmicos no fundo é sempre a mesma: desafiar crenças, produzir mal-estar, quebrar dogmas. Os três acadêmicos declaram que o polemismo em sua essência dedica-se à eternização do conflito. É romper com o trivial e tornar o senso comum absurdo.

Para eles, esse procedimento é ameaçador, pois desqualifica o equilíbrio existente e abala a auto-estima de quem se considerava proprietário de verdades absolutas. Verdades estas, lembram o trio, muitas vezes obtidas mediante envolvimento existencial.

A revista Época de 14 de abril é um exemplo de como a imprensa brasileira, com poucas exceções, contaminou-se com essa tendência polemista sobre Jesus. Segundo o próprio texto de capa da revista, a reportagem traz "revelações sobre a existência de um irmão de Cristo, o avô milionário e outras novidades ocultas pelos textos oficiais da Igreja". A matéria parece ter como único objetivo trazer as "novidades" (como ela mesmo define) sobre a pessoa de Jesus encontrada em documentos apócrifos rejeitados pela Igreja Católica.

Pouco importa informar que os documentos apócrifos foram escritos por volta dos séculos 2 e 3 da era cristã, diferentemente dos evangelhos canônicos, cujos autores foram discípulos de Jesus ou testemunhas da época. Embora a matéria toda esteja embasada nos livros apócrifos, não é mencionado que não somente a igreja, mas teólogos e scholars do Novo Testamento concordam em que esses escritos foram produzidos para satisfazer uma curiosidade religiosa da época e carecem de veracidade.

Dessa forma, a reportagem de Época retrata a realidade da imprensa brasileira: o escândalo. Pior do que trazer informações verdadeiras e necessárias com roupagem sensacionalista e teor combativo é transformar especulações e teorias em verdade absoluta.

Uma vez que o escândalo é o que move a matéria, ela não consegue trazer em si nada de sólido a não ser a declaração espetacular, a descoberta bombástica, a especulação polêmica. Assim, assume-se o seguinte princípio: "A verdade tem de ser dita, mas desde que seja nova." Se houver um confronto entre a novidade e a verdade vence a novidade.

Não poucas vezes, as matérias sensacionalistas divulgadas na mídia baseiam-se em obras de críticos da Bíblia ou teólogos cuja busca é o ineditismo intelectual (arrogam ter descoberto a "roda"), que misturam informações verídicas a teorias e hipóteses excêntricas. São influenciadas também pelo Jesus Seminar ou Seminário de Jesus ? reuniões, iniciadas em 1985, pelo teólogo Robert Funk, cujo objetivo é apontar o que é e o que não é histórico em se tratando da vida de Cristo. Os participantes do seminário são conhecidos pelo ceticismo e as teorias extravagantes sobre Jesus. E por isso (mais pelo segundo do que pelo primeiro) são alvo do assédio de jornalistas estadunidenses.

Obviamente, se esses livros rendem rios de dinheiro a autores e editoras, simplesmente porque chocam religiosos, cidadãos comuns e até eruditos, há de se esperar que no Brasil isso também dê certo. Se aparecerem com destaque em dezenas de periódicos americanos o resultado não deve ser diferente aqui na terrinha. Vêem-se portanto matérias de perfil sensacionalista que buscam atrair leitores pela contestação do senso comum e das crenças. É a velha história de exibirem-se hipóteses (às vezes pouco fundamentadas) como sentenças finais.

Tragicamente, obras com esse teor são rebatidas com tanto afinco por especialistas que acabam caindo em descrédito. É o caso do livro The Bible unearthed, cujas idéias foram usadas na matéria de capa da Superinteressante ("Bíblia, o que é verdade e o que é lenda", julho/2002). Meses depois de lançar o livro o autor admitiu em entrevistas ter errado em algumas conclusões.

Mas será que a Super admitiria algum erro na feiturA da matéria? Curiosamente, livros ditos conservadores, como Em defesa de Cristo, de Lee Strobel, ex-jornalista investigativo do Chicago Tribune, não estão sob os holofotes da mídia. Pensando bem, por que estariam? Livros assim não fazem barulho.

Prós do escândalo

A essa altura, o escândalo na imprensa é visto com mais repugnância do que de fato aparenta. Está mais feio do que realmente é. No entanto, o escândalo tem suas vantagens. Afinal de contas, tudo costuma ser bem-vindo quando atrai leitores ou audiência.

O estudo já mencionado do trio Wainberg, Campos e Behs aponta os prós da polêmica no jornalismo. Nesse estudo, que visa originalmente o jornalista-polemista, relacionam-se os benefícios do uso do escândalo na abordagem da figura de Jesus. Ao desafiar o senso comum e as instituições, a imprensa exibe a autonomia que a faz livre e pregadora da liberdade. Isso inclui assuntos religiosos. A imprensa tem a coragem que falta a outras entidades ou autoridades. Na verdade, muitos, embora não se manifestem, torcem em favor dos jornalistas quando estes ousam atacar o senso comum.

Obviamente, o jornalismo tem a seu lado número incontável de pessoas quando se propõe a defender a verdade. Mas é necessário enfatizar: apoio quando se tem a verdade. Parafraseando Wainberg, Campos e Behs, a imprensa pode ser considerada paladina do não-dito.

Sem essa coragem de defender a verdade custe o que custar, não haveria tanto avanço no conhecimento. As pessoas poderiam continuar a viver com a mentalidade medieval, sem usufruir as descobertas da ciência. A imprensa contribui para a popularização do conhecimento e, quando este é verdadeiro e útil, beneficia a todos que estiverem sob sua esfera de influência. Quando acerta, ela faz com que o verdadeiro Jesus se torne mais conhecido e que a religião se aproxime mais da ciência.

Além disso, um dos maiores benefícios da polêmica é que estimula o debate de idéias, a permuta do conhecimento. A imprensa educa, pois incentiva o diálogo e a visão aberta. Como dizem Wainberg, Campos e Behs: "Acorda mentes adormecidas como que narcotizadas pelo que é usual. Afinal, é a diferença que é percebida. É o estranho que faz os olhos verem por vezes o que já estava a nossa disposição mas era desconsiderado."

Confusão informativa

Mesmo com o estímulo ao debate e o "abrir dos olhos", o grande perigo das reportagens que insistem no sensacionalismo em torno de Cristo é fazer com que o leitor fique mais ignorante ou confuso em relação ao assunto do que era antes de ler a matéria. Embora pareça estranha, a teoria da confusão informativa está em voga no meio jornalístico, e foi bem explanada no livro Jornalismo e desinformação, de Leão Serva. Quanto mais se informa, menos se informa.

Ao despejar informações incomuns sobre Jesus ao leitor comum, com crenças comuns, corre-se o risco de promover uma legítima confusão de informações. Se cada vez que surge uma teoria excêntrica sobre Cristo ? seu pai era milionário, casou-se com Maria Madalena e depois a abandonou, era essênio, entre outras ? sua imagem se tornar inconstante criar-se-á um mosaico de estereótipos indefinidos na mente do leitor.

E a tendência será a seguinte: o leitor não apreende a novidade (porque elas são muitas e mudam constantemente) e acaba por abandonar a crença antiga. Respostas não são oferecidas ao leitor, apenas a contestação de dogmas e crenças.

Apuração deficiente

O resultado é a formação de leitores cada vez mais confusos em relação à pessoa de Jesus. Leitores que não saberão quem é Jesus de fato, mas defenderão com unhas e dentes o que aprenderam com a visão da imprensa: que o senso comum, a tradição e as instituições religiosas estão errados.

Tais reportagens, como sugerem os títulos de algumas (geralmente baseadas na pergunta "quem é Jesus?"), não atingem o objetivo que o lead ou a manchete propõem. Parecem mais guia de curiosos do que reportagem que tenciona explicar Jesus.

São reportagens que partem de lugar algum e chegam a canto nenhum. Elas iniciam e finalizam sem objetivo, sem propósito, a não ser o de informar as "novidades" sobre Cristo. Fazem propaganda enganosa, pois prometem algo que não cumprem. O texto é uma mistura de declarações de especialistas com novidades excêntricas da ciência, mistura que atrapalha mais do que auxilia, confunde mais do que instrui.

Jornalistas são preparados para responder, e não criar perguntas na mente dos leitores. Provocar a desinformação é o cúmulo no ofício. Jornalistas são preparados para darem respostas. Em artigos de opinião, devem dar suas próprias respostas. Em reportagem, devem dar as respostas de outros. Mas que se dêem respostas.

Na manchete, o jornalista assume um compromisso com o leitor. Caso a oferta seja a explicação de quem seria Jesus, essa explicação deve estar bem clara no texto. Do contrário, o profissional está prestando um desserviço. O pior: geralmente a ausência de respostas está na apuração deficiente do profissional ? se ele mesmo não sabe a resposta, não poderá dá-la a outros.

Nada a descobrir

O mais interessante nessa corrida maluca da imprensa para abordar Jesus por meio do escândalo é notar a contradição científica e teológica na busca por novas imagens do homem de Nazaré. A escassez de documentos e provas arqueológicas sobre ele prova que há muito pouco para se descobrir em termos científicos.

As exceções são as polêmicas em torno do Santo Sudário e a recente descoberta de uma caixa que continha uma inscrição de Tiago, irmão de Jesus. O resto já foi descoberto e analisado e ajuda a compor a imagem de ele que teólogos e autoridades do assunto compartilham com as entidades religiosas em geral.

Contraditoriamente, a Superinteressante, na matéria "É semana santa, mas quem é Jesus", publicou a seguinte declaração de Emile Puech, a quem a própria revista define como uma das maiores autoridades na história do cristianismo: "Nosso conhecimento sobre Jesus provavelmente não vai mudar. Mas poderão surgir novas indicações filológicas, lingüísticas e históricas importantes sobre a Palestina e a jovem comunidade cristã do século 1. Isso, sim, ajudará a conhecer melhor o Cristo real."

Assim, a contradição da imprensa faz com que a lógica do barulho torne-se compreensível. Se não há quase nada novo a se descobrir sobre Jesus, o segredo é fazer com que hipóteses extravagantes e teorias incomuns ganhem espaço. Vale tudo para atrair o leitor, afinal, Jesus vende. E muito.

Outro motivo pelo qual a imprensa estaria se engajando para atrair os leitores para uma imagem não-convencional de Cristo é a própria disposição cética e antidogmática de muitos de seus profissionais. Curiosamente, a última motivação para a imprensa cometer a lógica do barulho é o chamado estigma de Tomé. O jornalista é treinado para duvidar de tudo e essa insistência em querer cavar fundo faz com que ele nunca se satisfaça com o que já foi descoberto. Isso o torna menos preso a convenções sociais ou religiosas e ao mesmo tempo o torna mais propenso a errar.

Algo bom da mídia

Sabendo que a compreensão do Cristo real é praticamente estática, a mídia deveria preocupar-se em contextualizar sua figura e seus ensinamentos e aplicá-las à realidade do homem moderno. Fazer o leitor entender como a ideologia cristã permeia todos os mecanismos da sociedade ocidental, sua relação com a ciência, com a democracia, com a política, enfim, dar ao tema a profundidade e seriedade que ele exige.

Exemplos dessa postura são as edições 20 de dezembro de 2000 e 25 de dezembro de 2002 das revistas IstoÉ e Veja, respectivamente. Enquanto a IstoÉ relaciona a personalidade de Jesus a uma análise do poder político, com a estética, a arte e o boom pentecostal, Veja demora-se nas discussões em torno dos conceitos sobre Jesus nos séculos da era cristã, na infiltração dos princípios do cristianismo no cotidiano das civilizações ocidentais e até orientais e na sobrevivência da fé numa sociedade cética.

Dessa maneira, foi exposto ao leitor um bom cardápio de temas essenciais para sua compreensão da história e da realidade. Um outro exemplo de criatividade misturada a aplicação contemporânea foi a edição de 2 de junho de 2000 do jornal Correio Braziliense. O recém-inaugurado projeto gráfico e editorial do diário de Brasília apresentou uma entrevista com Jesus. A simulação do diálogo trouxe à tona problemas sociais e religiosos da humanidade.

Como disse Deonísio da Silva em artigo para este Observatório em 16 de abril, é necessário que haja mais atenção às editorias de religião. Contudo, é preferível que o descaso em relação à religiosidade continue, se as matérias insistirem em cometer os pecados combatidos nesse artigo.

A solução para evitar a confusão informativa e a parcialidade da disposição antidogmática e antiinstitucional sobre Jesus é adotar os princípios de contextualização e contemporaneidade. Também se espera que os jornalistas lancem fora a pretensão de proclamar teorias excêntricas como verdades irrefutáveis. Que esse risco seja assumido apenas por especialistas e afins.

Por fim, é indispensável abandonar a tendência de polemizar as "novidades" sobre Cristo, especulando para produzir o escândalo. Afinal de contas, o próprio Cristo advertiu contra essa prática no evangelho de Lucas:

"É impossível que não venham escândalos, mais ai daquele por quem vierem!"

(*) Aluno de Jornalismo do Centro Universitário Adventista São Paulo (Unasp) e articulista da revista eletrônica Canal da Imprensa

Leia também