Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

O preço do plágio

TELETIPO

A historiadora americana Doris Kearns Goodwin desistiu de participar do júri do Prêmio Pulitzer deste ano. Jurada há três anos, Goodwin se afastou depois que admitiu ter copiado trechos de outros autores, sem o devido crédito, no livro The Fitzgeralds and the Kennedys, publicado em 1987. Em carta ao presidente do conselho, ela disse estar "tão atrapalhada" que se sentia incapaz de participar. Embora afirme que a cópia foi acidental, o caso gerou polêmica e a historiadora deixou de ser convidada para colaborar em programas de TV. As informações são da Reuters (4/3/02).

A TV americana NBC contratou uma agência de gerenciamento de crises e de estratégia de comunicação para lidar com as críticas à decisão de exibir comerciais de bebidas alcoólicas. A rede já recebeu cartas de 13 congressistas ameaçando regulamentar a propaganda na TV se a NBC não recuar. Segundo Wendy Melillo [Adweek.com, 3/3/02], a empresa de bebidas afirma que seus anúncios protegem o público jovem. A Associação Médica Americana publicou anúncio de p&aaaacute;gina inteira no New York Times avisando os pais que "assistir à NBC pode fazer mal à saúde das crianças".

TVs e jornais irlandeses são acusados de enganar o público pela maneira como reportam pesquisas de opinião: segundo especialistas, deixam de divulgar e considerar a margem de erro em suas previsões. Patrick Kinsella [The Observer, 3/3/03] conta que pesquisa com 400 eleitores da região de Kerry North indicou que em março um político do partido Sinn Fein (braço político do grupo armado IRA) tinha 17% das intenções de voto, contra 23% em outubro. A mídia alardeou a derrota do candidato, mas Jack Jones, da Market Research Bureau of Ireland, alertou: "Quando apenas 400 pessoas são interrogadas numa seção eleitoral o desvio pode chegar a 5%." Portanto, a situação do político pode não ter sofrido mudança.