Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Os críticos estão vivos

Edição de Marinilda Carvalho

Caros amigos, resolvi mudar um pouco. O destaque desta edição vai para três cartas das quais discordo, em parte ou no total.

A primeira é do leitor Glauco Lima, que apóia a declaração do ministro Serra contra a “produção independente” de Xuxa. Mestre Pompeu comenta o episódio e seu pano de fundo, em artigo que reproduzimos na rubrica Qualidade na TV. E nossa colaboradora Vera Silva arremata o tema no Interesse Público. Na minha humilde, o que o que não se está dizendo é que o ministro mirou na pessoa certa, mas errou de munição. Xuxa não é adolescente, pode ter quantos filhos quiser, em produção independente ou coletiva. Serra deveria ter condenado com todas as letras, isso sim, o modelo Xou da Xuxa na TV. Xuxa e sua legião de imitadores contribuem para a erotização das crianças, sim, o que leva sim ao namoro, ao sexo e à gravidez precoces.

O resultado deste erro conceitual do ministro foi que Xuxa se defendeu cheia de razão na questão de sua gravidez, jogou na cara dele que o próprio Ministério da Saúde a sondara para “vender” a campanha de vacinação e ainda vai receber uma cartinha desculposa. Depois dizem que Lula é despreparado.

Outra carta, da leitora Andrea Arnaut, nos critica porque perdemos tempo em condenar o uso sensacionalista da imagem de Ronaldinho pela Veja, porque o próprio nem se importou. Por este raciocínio, estupro não é crime, já que a maioria das mulheres não denuncia. E podemos jogar os loucos no manicômio, que eles não estão nem aí. Não, amiga, discordo, jornalismo sensacionalista é mau jornalismo até quando a vítima não se dá conta. E isso é da nossa conta, não é mesmo?

A última discordância vai para o leitor Hezick Alvares Filho. Depois dos elogios de praxe ao O.I., ele diz: “Espero que não me decepcionem, como sempre tem acontecido com outros veículos, embora ainda ache que este meio de divulgação é puramente elitista. Não tenho a solução, mas vocês devem ter. Aguardo, e parabenizo.”

Devemos ter? Bem, nosso plano de salvação do Brasil começa pela distribuição de linhas telefônicas, computadores e modems país afora, pois a solução, claro, é a democratização da Internet. Só que ainda não deu… :-))) Sorry, ficamos por enquanto com nossa modesta crítica da mídia. Aliás, até temos uma edição impressa mensal que, graças ao patrocínio da Xerox, pode ser enviada gratuitamente ao endereço do assinante. Isso não é democrático?

Nossa, escrevi demais! Um abraço a todos, boa leitura!

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Clique sobre o trecho sublinhado para ler a íntegra da notícia

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Irineu Franco Perpétuo, no seu “Os críticos estão vivos”, mostra que os críticos de música erudita ainda estão vivos, o que teria acabado é o espaço destinado aos críticos. Na verdade, o que parece não existir mais são os espetáculos. Li entrevista com o Fernando Bicudo na Bundas ? “Bicudo, o bom Fernando”. A cultura em nosso país é tratada como coisa de segunda; por isso ficaremos no Terceiro Mundo. Para sempre. José Rosa Filho

Sou coordenadora de projetos de marketing do Jornal ValeParaibano, sediado em São José dos Campos. No dia 27 de julho também publicamos nosso caderno especial de aniversário da cidade, com 56 páginas e recorde em faturamento e em número de informações. Diferentemente, porém, das aventuras da Folha Vale, aqui se faz um trabalho sério, com preocupação com o conteúdo, cientes de nossa responsabilidade como difusores de informação. Nídia Martins

Gostaria de cumprimentar Aquiles Emir pelo artigo “Mídia estimula os crimes que condena”. Neste artigo ele aponta três pontos de contradição da mídia, que engolimos, como usuários, sem reclamar e exigir coerência. O artigo é objetivo e contundente. Parabéns.

Vera Silva

Já são quase 1h30, e não consigo parar de ler o O.I.. Está ainda maior que as ultimamente bem recheadas edições, e tem um mundo de assuntos interessantíssimos, que estão me deixando sem fôlego. A inclusão de algumas reproduções de páginas de jornais sendo comentados é ótima, pois nos remete melhor ao que está sendo dito.

Fabiano Golgo, Praga

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Como é bom sentir que não se está sozinho observando os absurdos a que nossa imprensa remete nossa cultura. Parabéns ao Observatório, por oferecer resistência e vida inteligente em meio a este reino de mediocridade. Querem escravizar nossas imaginações. Obrigado Alberto Dines e Cia.

Gustavo Abruzzini de Barros, jornalista

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Fico muito feliz com a iniciativa do Observatório da Imprensa em analisar como se comporta a imprensa nacional. Hoje em dia, vários veículos de comunicação nos transmitem informações tendenciosas, sem compromisso com a verdade, em muitos casos com compromissos comerciais. Obrigado pela dedicação e fiscalização da imprensa nacional.

Wanderson G. Soffe

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Pela primeira vez entro no site do Observatório da Imprensa. Já tinha assistido ao programa algumas vezes, e fico deveras feliz em notar que ainda existem órgãos sérios neste país, que contestam as matérias que atualmente beiram o ridículo, e com tanta capacidade. Fico impressionado com a habilidade que os jornais têm em manipular a notícia, e fazer a população concentrar-se em assuntos que realmente não mudarão suas vidas. Qual a importância do aniversário da “comercializável” Sasha para os desempregados, que hoje somam muitos milhões? E mais, qual a importância de tal evento diante da paralisação nacional dos caminhoneiros? Acredito que esse tipo de imprensa cumpre um papel semelhante ao do futebol. A população perde tempo se preocupando com os times, enquanto eles “inventam” outras notícias. Os esportes de grupo cumprem até mesmo um certo papel xenofóbico, já que estimulam a vitória do grupo acima de tudo. O resultado: desordem e destruição promovidas pela torcida do time perdedor, demonstrando que ainda estão “em combate”. Continuarei a observá-los, esperando aprender mais e mais.

Leonardo Pinheiro

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Me amarrei no Observatório da Imprensa. Não conhecia. Pensei que o mundo estava se imbecilizando e esqueceram de me incluir. Cortei a assinatura da Veja e vejo (sem trocadilho) que valeu a pena… Mesmo!!! Em geral, os bons repórteres não têm espaço, só os espalhafatosos. Sugiro um Observatório para imprensa esportiva. Essa é mais vendida que Judas Iscariotes. Grande abraço,

Sérgio Henrique Lopes Cabral, professor/pesquisador em Engenharia, Blumenau, SC

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Por falta de tempo, só agora me deparei com este excelente Observatório. Sou jornalista, atualmente carente de leitura de críticas e comentários (isentos e qualificados) da nossa Imprensa. Trabalhei no Globo, no Estadão e no Correio Braziliense, entre outros, e atualmente me dedico ao jornal do Conselho Federal de Medicina e ao Canal do Médico, veiculado pela Tec-Sat. Sinto falta dos bastidores do quais fui protagonista durante tantos anos. Sejam mais do que bem-vindos, e não desapareçam. Saudações jornalísticas.

Coeli Mendes

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Quero cumprimentar esta publicação pela seriedade com que analisa todas as questões postas e impostas aos brasileiros pela imprensa, paga ou mal paga. É um alento saber que as criticas nem sempre estão sob tesouras. Espero que não me decepcionem, como sempre tem acontecido com outros veículos, embora ainda ache que este meio de divulgação é puramente elitista. Não tenho a solução, mas vocês devem ter. Aguardo, e parabenizo.

Hezick Alvares Filho

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Excelente a entrevista de Alberto Dines a Roberto D?Ávila. Estou apreciando o trabalho de Dines no Observatório da Imprensa, o programa é uma valiosa contribuição à democracia.

Celso dos Santos, Blumenau, SC

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Li pela primeira vez as “observações”, e virei fã. Não imaginava que existiam pessoas corajosas e honestas nos comentários, a ponto de “peitar” uma revista do quilate de Veja! Parabéns. Vocês acabam de ganhar mais um leitor!

José Victor

Li o artigo sobre as pérolas e me lembrei da história de um candidato a meu subeditor, que escreveu: “O Muro da Vergonha está mais envergonhado hoje, na comemoração dos tantos anos do Muro de Berlim.” Eu também morri de vergonha, mudei a coisa, e ele ficou furioso. E era professor de Jornalismo em faculdade!

Teresa Barros

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As “pérolas” estão ótimas. Acho que, em breve, o O.I. terá que ser semanal.

José Rosa Filho

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Ri por quase 20 minutos com aquelas pérolas.

Fabiano Golgo

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Lavou a alma o breve comentário sobre os redatores e os erros cometidos na Folha e no Estadão. Não são, infelizmente, exclusividade dos jornalões paulistas. Ano passado, o JB publicou uma legenda para uma foto do filme Jackie Brown com a seguinte pérola: “O novo filme de Tarantino, JAMES Brown (o grifo é meu)…” E no dia 1/8/99, O Dia sai com esta (ou algo parecido): “Remédios vão baixar 500%.” Resta saber como os donos de farmácia vão fazer para pagar esse dinheiro aos clientes que levarem os medicamentos de graça…

Isso para não falar de quem está nos bastidores e “filtra” algumas pérolas, impedindo-as de chegar ao público. Quando trabalhei no JB arquivávamos essas peças no chamado Saco de Maldades, em homenagem ao então presidente do BC, Gustavo Franco. Aí vão duas delas, finalmente reveladas para a “alegria” de todos, naturalmente, preservando os autores no anonimato:

“Em 1998, por causa da Copa do Mundo, o mercado publicitário do Brasil vai atravessar o período em um mar de brigadeiro.” No mínimo, o céu devia ser de almirante…

“Há algum tempo, o kiwi era considerado uma fruta exótica no Brasil. Hoje, ele circula com desenvoltura nos supermercados e feiras livres do Rio de Janeiro.” Essa dispensa qualquer comentário. E por aí vai! Abraços a todos.

Carlos Vasconcellos

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É realmente terrível ler jornais e revistas hoje em dia, os textos são tão mal escritos que às vezes é impossível entender o que se quis dizer. Da disortografia então nem se fala.

Vera Silva

Assisto todas às terças ao Observatório, porém este último merece um elogio especial:

1. Jornalistas e escritores jovens (nada contra os mais experientes).

2. Um assunto agradável e de extrema importância.

3. Melhorou visivelmente a participação nos postos avançados da Uerj, com a participação da UOL.

O programa está com o tempo meio curto, quero mais, acho que de 15 a 20 minutos seria uma ótima opção. Sei que é dífícil, mas esse assunto de melhorar a imprensa está diretamente ligado à formação de cidadãos mais exigentes, e isso merece mais tempo. Dines melhor a cada dia, a simpatia e o charme da Lúcia são de arrasar. Um abraço,

Haroldo Heverton, São Paulo

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Vamos primeiro ao básico: parabéns pelo site e pelo excelente programa na TVE, uma espécie de oásis em meio a uma TV caótica e que nos furta (principalmente aos domingos, quando posso assistir à reprise do Observatório) de uma programação sequer digna de um clique no controle remoto. Sou aluno do Curso de Propaganda e Marketing da Universidade Estácio de Sá, no Rio. Atualmente, questiono a forma como a comunicação vem sendo usada, explorando e expondo (como que vulgarizando) hábitos e preceitos danosos a toda a nossa coletividade. Observamos o caso irresponsável dos outdoors da Veja, lamentável. Chama atenção, também, um comercial a que tive o desprazer de assistir, mostrando uma mulher que diz: “Sou feia, eu sei. Mas também sei de uma forma de ficar bonita rapidinho…”, anunciando mais uma daquelas raspadinhas que prometem o “easy money” tão sonhado por nossa população. É, com os prometidos R$ 300 mil da raspadinha, ela se faria bela, com certeza, aos olhos de muita gente. Triste que nossa sociedade já esteja pensando assim… Grande abraço de um quase publicitário que quase foi jornalista!

Carlos Alberto Rei Soares

Muitos problemas foram abordados no programa de 10/8, mas esqueceram de observar que a imprensa investigativa (os grandes) coincidentemente acham sempre a mesma coisa. Por exemplo, nenhum órgão publicou que a história do estudante Ceará ou da Escola Base poderia ser outra. Todos apontavam o estudante como possível culpado. Será que todos investigaram, ou vão no embalo das “grandes”? É um absurdo. Depois da vaca morta, todos vêm anunciar o engano da imprensa. Considero a posição do Ceará em relação à imprensa correta.

Marcos Ramires, Colatina, ES

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Parabéns Dines, por continuar seu belo trabalho de “supervisão” da mídia brasileira, pois ela bem precisa. Quanto ao destaque que ganhou a festa da Sasha no jornal O Globo, caso você me permita, creio que o caro supervisor exagerou um pouco quando colocou que a matéria mereceu tanto destaque por ordens “de cima”. Penso que tal matéria mereceu tanto destaque porque é muito vendável, principalmente entre os leitores não assinantes do jornal. Não creio que houve pressão direta de qualquer um dos Marinhos para tal fato. O editor e os jornalistas que lá trabalham devem ter decidido dar grande destaque a essa matéria em decisão coletiva. Lembrando o conceito de “negociação de realidade” proposto por Gilberto Velho, creio que não seja necessário o contato direto entre os “donos” do meio de comunicação e seus funcionários para estes tomarem decisões que estejam de acordo com o “suposto interesse da empresa”, o que é mais perigoso, pois sem ordem nenhuma os funcionários encarregados agiram de acordo com os interesses dos proprietários, no caso, deixando de lado o locaute dos caminhoneiros e noticiando a festa da Xaxa. Parabéns de novo e obrigado pela atenção dispensada,

Flávio Goltsman Izhaki

Estou assistindo abismado ao Observatório de 10/8. O que aconteceu? Tudo bem, o caso do estudante Ceará é de pré-julgamento pela imprensa, mas o que vocês estão fazendo é uma tremenda distorção, a meu ver. Dar uma janela dessas a esse rapaz, que direta ou indiretamente participou de uma atividade sabidamente violenta e fascista, como o trote, é de uma irresponsabilidade incrível. Uma coisa é direito de resposta, outra é ter à disposição um programa inteiro para, arrogantemente, ficar falando que o que aconteceu ao estudante Edson foi “um deslize”, ou “um excesso”. É o fim do mundo. Mesmo que ele seja inocente, ele obviamente é e foi conivente com várias atitudes violentas em todos os trotes de que participou. Estou decepcionado com o Observatório.

João Solimeo

Sou assinante da Folha de S. Paulo, e gostaria de dizer que ao me deparar com a cobertura da morte de John Kennedy Jr. fiz os mesmos questionamentos que Henrique Vidal em seu artigo “Snif-snif, John-John”. Não quero defender o jornal, mas entendi parcialmente o porquê da cobertura massiva em cima do fato. Naquela estatística da Folha sobre a edição do dia anterior, percebi que a notícia de maior interesse do leitor foi o desaparecimento do avião (ainda sem o ridículo destaque que se veio a dar depois).

Esse interesse se repetir nas edições seguintes. Fazer o quê? A multidão geralmente prefere Barrabás… Um abraço

Felipe Flores Pinto, Porto Alegre

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Chegando de férias, assisti ao programa de vocês sobre o excesso de cobertura da mídia na morte de John-John. Nesse programa havia um debate sobre o porquê de a cobertura da morte do pai, John Kennedy, ter sido muito mais tímida. Discordo radicalmente da fundamentação que permeou o programa. O que na realidade ocorre é que o povão, o público de 1963, era muitíssimo mais culto (inclusive os jornalistas) que o de hoje. Eduardo Peres

Sou estudante de Jornalismo, estou no 6? semestre, e pretendo trabalhar na área esportiva. Sempre que posso, acompanho o Observatório pela TV, mas infelizmente não assisti ao programa quando foi levantada a questão do outdoor e da revista Veja sobre Ronaldinho. Acabei de ler os artigos do Dines, e confesso que fiquei absolutamente indignada com essa terrível manipulação dos “profissionais” dessa revista. E o pior é que nada vai mudar, até porque quem virá, ou melhor, os estagiários que estão por vir serão obrigados a seguir essa linha editorial e ficar bem quietos.

Imaginem, por exemplo, eu, estudante de 19 anos, louca para conseguir um estágio numa boa empresa: será que vou pensar duas vezes antes de aceitar um emprego na Veja? É óbvio que não! Infelizmente, na minha posição só posso lamentar… Mas vocês devem continuar nessa luta por um jornalismo que busque a verdade. Sucesso!

Vanessa Girardi

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Acabo de ler as críticas sobre a ridícula capa da revista Veja, a apelação dos outdoors, os comentários do maravilhoso Caetano. Enfim, endeusaram Ronaldinho, e agora querem acabar com ele. O que dizer então da festa da Sasha? Num país pobre como o nosso, e com essa pobreza em todos os sentido… Essa imensidão de problemas sem solução é, no mínimo, rídicula. A novela Xuxa-Sasha e a insensatez dessa rainha dos baixinhos, com relação aos avós da crianca, é nauseante. Ainda bem que ainda existem pessoas sensatas. Parabéns pelo artigo.

Vera Souza

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Como assinante da Veja, eu me surpreendi muito com a capa da revista que trazia a foto do Ronaldinho. Como expor de tal forma uma pessoa e ligá-la a um crime do qual, na própria reportagem, diz-se não haver provas? A Veja fez um péssimo jornalismo. Como leitora da revista há mais de 10 anos, acredito que a Veja esta se rendendo a este jornalismo sensacionalista típico da nossa década. É uma pena. Ainda há leitura inteligente neste planeta? Sinto que essa tendência da Veja piorou depois do lançamento da revista Época.

Quanto ao aniversário de Sasha, não vou perder meu tempo com o assunto. É tão ridículo que dispensa comentário. É uma conseqüência do que fazem pessoas sem cultura, como Xuxa, quando ficam podres de ricas. Continuem assim, fazendo uma critica inteligente a nossa perdida imprensa.

Andrea Pittelli Boiago Gollucke

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Estranho tamanha indignação pela sensacionalista capa da Veja (o que, aliás, não é incomum àquela revista), uma vez que o próprio jogador, em entrevista concedida no programa Sem Censura, da própria TV Educativa, não se insurgiu contra a matéria, ao contrário. Neste caso, o próprio interessado apresentou desinteresse. Convém então nos preocuparmos com assuntos de maior relevância, não acham?

Andrea Arnaut, Brasília

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Vender, vender, vender: é nisso que dá. A agência vacilou e o cliente comprou ? seja porque também gostou, foi convencido ou entubou mesmo. Não é só a Veja, tem duas letrinhas a mais: é a inveja. Que, potencializada na imprensa, aí sim, o bicho pega de verdade. São os zagueiros (no mau sentido) zagueirando a vida dos outros o tempo todo em qualquer lugar do mundo. E tome de vender inveja, disfarçada de fofoca, polêmica, enfim, é nessas horas que a gente se pergunta: o ser humano é do ramo??

Paulo Azeredo

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Tive a grata oportunidade de conhecer este site, e logo de cara, abordando esta ridícula novela que fizeram com o Ronaldinho. Vocês estão de parabéns.

Ricardo Scagliusi Calbo

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A criança não deveria ser citada como “a menina Meneghel-Szafir”, e não o contrário, como esta na matéria? Aliás, ótima! Parabéns.

José Renato das Neves

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Achei um absurdo o espaço de Veja desta semana para a festa de Collor! A imprensa devia condená-lo ao esquecimento… Matérias como essa só servem para promovê-lo, divulgar sua imagem. Ficou com cara de matéria paga. Aliás, como muitas outras em Veja. A matéria sobre a festa de Barretos, por exemplo… Nada contra a matéria paga, mas para o Collor?!

Parabéns ao sempre brilhante Roberto Pompeu de Toledo [ver no Qualidade na TV]. Ensaio sutil, mas oportuno.

Newton Cano

Já está circulando em Curitiba uma revista chamada A Injustiça, que segundo seus editores, tem o objetivo de denunciar as injustiças que acontecem em nossa sociedade. Com matérias extremamente apelativas e de mau-gosto, a revista nada mais é do que um Programa do Ratinho impresso. A revista fez uma avaliação da vida das damas-da-noite. Na capa, uma mulher nua e sorridente, que parece estar posando para a Playboy, mostra bem a “cara” da revista.

Maria Pinheiro

Poderiam comentar um pouco o descaso da imprensa com o Sr. Hugo Chávez? Janio de Freitas tocou no assunto. Mandaram o Clovis Rossi para o lugar errado, devia estar na Venezuela, e não em Bogotá. Parece-me que estão dando um basta no neoliberalismo por lá.

Luiz Gustavo Mota Ferreira

Nota do O.I.: Caro Luiz, há jornais atentos a este processo. Mostrando até que Caracas está preocupando o Departamento de Estado e… o Pentágono!

Pela primeira vez um grande evento esportivo teve acompanhamento quase total pelos canais de TV por assinatura, e a ESPN Brasil fez um trabalho de bom nível, muito diferente da cobertura ufanista e pouco informativa da TV aberta. Notamos uma preocupação saudável em ressaltar também os segundos ou terceiros lugares, e uma sensibilidade razoável sobre o descaso com que as administrações públicas tratam da prática de esportes no Brasil. Mas o acesso à TV paga ainda é muito restrito, com preços de Primeiro Mundo.

Sergio Herlain, técnico aposentado, Curitiba

Mestre Dines, como leitor do Observatório na Internet, da sua coluna no JB e telespectador assíduo do programa, bebo chá de imprensa todas as semanas sem indigestão. Sou jornalista e, sempre atento às mancadas da imprnsa. A Gazeta, jornal de maior circulação do Espírito Santo, passou por uma reforma no formato com direito aos tais “cubanos de Miami”. O jornal está com cara de história em quadrinhos, tantas as cores, numa mistura de O Globo com Correio Braziliense e toques apaulistados (sob o comando de Roberto Müller Filho). Um abraço deste seu súdito,

Jace Theodoro, Vila Velha, ES

A declaração do ministro Serra contra a gravidez deve ser repercutida. É preciso iniciar o debate sobre o assunto. Em meu nome e em nome de uns 50 paraenses, quero parabenizar a declaração do ministro sobre a gravidez fora do casamento. Apesar de Xuxa ser só um exemplo, alguém tinha que levantar a voz contra a erotização das crianças, contra a promoção do sexo irresponsável. Quem vai cuidar dos netos do Roberto Marinho e do Silvio Santos, crianças que estão nascendo nas periferias pela propaganda do sexo, do erotismo chulo, da banalização do amor? Quem?

A sociedade, por intermédio do Estado, nunca vai dar conta de atender à multidão de crianças que nascem todo dia sem planejamento, sem condições mínimas, sem noção de nada. Valeu, Serra!

Glauco Lima, Belém

A indignação e o estarrecimento tomaram conta de todos os comunicadores sociais pernambucanos depois da atitude do prefeito do Recife, Roberto Magalhães (PFL), que invadiu armado a Redação do Jornal do Commercio e ameaçou o colunista social Orismar Rodrigues. Parece ironia, mas a Folha de Pernambuco publicou matéria em que o prefeito aparece apoiando um movimento de combate à violência. Leiam:

“Integrantes do grupo Parceiros da Paz estiveram ontem na Prefeitura do Recife para uma reunião com o prefeito Roberto Magalhães. ?Foi a melhor de todas as reuniões que fizemos, o prefeito afirmou estar solidário à nossa causa, ele se propôs até ir conosco a Brasília, para conversarmos com o ministro da Justiça, José Carlos Dias”, afirmou o presidente regional da entidade, Ernane Borba.”
Carla Verçosa e Larissa Pacheco

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Gostaria de saber a opinião de Alberto Dines sobre a “invasão” do prefeito de Recife, Roberto Magalhães (PFL), à redação do Jornal do Commercio no dia 9, portando uma arma para ameaçar o jornalista Orismar Rodrigues. É válido lembrar que o mesmo jornal conseguiu levar um “furo” de todos os demais da cidade e de outras capitais, quando deixou de publicar qualquer matéria sobre o assunto no dia seguinte. O colunista havia publicado uma nota, sem citar nomes, a respeito do polêmico veto a uma obra de Francisco Brennand. Eu vi o mundo… Ele começava no Recife.

Saulo Seixas Jr.

Sou leitora do Observatório e assim consigo manter-me informada do que se passa no Brasil. Sou brasileira e terminei, agora, uma licenciatura em Jornalismo, mas em terras lusitanas. Para não perder a descontração na maneira de escrever, volta e meia dou um “giro” (com se diz aqui) pelos sites da imprensa brasileira. Em Portugal têm um estilo mais rebuscado de dar as notícias. Gostaria que vissem o nosso primeiro site: o projecto com que finalizamos a cadeira de Jornalismo on-line: <www.terravista.pt/nazare/4163>. Aceitamos críticas. Obrigada pela vossa atenção,

Lucia Luz

A revista Talk, em sua primeira edição, trouxe entrevista com a primeira-dama dos Estados Unidos, em que ela afirma que seu marido sofreu traumas na infância e por isso tem aqueles probleminhas, digamos, de mão boba ? fica falando ao telefone enquanto a pobre estagiaria faz tudo sozinha… Ora, a imprensa brasileira tem compactuado com essa visão ingênua, senão ridícula da política que, na melhor das hipóteses, revela um total despreparo dos jornalistas.

Afonso Jr. Ferreira de Lima,

Em 34 páginas, Aloysio Biondi conseguiu resumir análise profunda dos vários aspectos envolvidos na privatização brasileira. Trata-se de um livro em linguagem clara, objetiva, honesto, verdadeiro, democrata, patriota, educativo, inconteste, com dados e fatos que não são e não podem ser negados pelo governo. As revistas bem que poderiam fazer uma síntese, honesta, sem mascarar nem desvirtuar, e publicar umas 2 a 3 páginas do que ali é denunciado, para bem esclarecer e informar ao povo. Os jornais, idem. As TV poderiam também dar um pequeno resumo das denúncias e divulgar insistentemente. Os órgãos de comunicação social têm um objetivo que não vem sendo cumprido. Principalmente, rádios e TV, concessionárias do poder público.

Em vez de só mostrar violência, desgraça, desmandos, ódio, mortes, mentiras, glamour e ideologias dominantes, os órgãos de comunicação deveriam é bem informar o povo. Reflitamos, todos nós.

Edivan Batista Carvalho, bancário, universitário, corretor de imóveis

 

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Continuação do Caderno do Leitor

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