Thursday, 28 de March de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1281

Ovídio Vieira

DIÁRIO DE S. PAULO

"Leitores aprovam o novo DIÁRIO", copyright Diário de S. Paulo, 24/09/01

"O lançamento do DIÁRIO DE S.PAULO proporcionou clima festivo em algumas bancas, onde o primeiro contato com o jornal teve até café da manhã

Para comemorar o lançamento do DIÁRIO DE S.PAULO, bancas de jornal da Zona Sul da Capital recepcionaram os leitores com um grande café da manhã. Enquanto liam e descobriam os atrativos do novo DIÁRIO, os leitores saboreavam doces, biscoitos e sucos, e se divertiam com sósias de artistas na banca Ana Rosa e na loja Emporium Cultural, na Vila Mariana. Quem comprou o DIÁRIO concorreu ainda a uma cesta de chocolates.

?Estou achando muito bom porque houve uma grande melhora nos cadernos, a Revista da Família trouxe de volta as matérias femininas, e foi lançado o turismo. Os leitores têm elogiado e aprovado as mudanças?, contou a jornaleira Enaide Teixeira Lima, de 38 anos, enquanto preparava o café da manhã dos clientes. A opinião foi compartilhada pelo colega Mário Antônio Rodrigo, de 37 anos, do Emporium Cultural. ?O DIÁRIO sempre vendeu mais. Acho que esta mudança foi muito positiva e vai melhorar ainda mais as vendas?, avaliou o jornaleiro, que tem 26 anos de profissão.

Atraído pelo saboroso café da manhã do Emporium Cultural, o engenheiro civil Luiz Roberto Cabral de Barros, de 38 anos, aproveitou para ler e reler o DIÁRIO de S.Paulo. ?Parece que é um bom jornal, acho que será uma boa opção. Vou levar para casa?, disse.

Corrida – A assistente de tesouraria Gildeci Maia Souza, de 45 anos, também não resistiu às mudanças no jornal e ao café da manhã da banca Ana Rosa.?Vi a propaganda e resolvi correr à banca para conhecer o novo jornal?, disse.

Leitora assídua do DIÁRIO, a professora Jamile Salomão, de 64 anos, ficou surpresa com a recepção e aproveitou a oportunidade para elogiar o novo jornal. ?Gostei da renovação estética. Achei também que está mais abrangente.?

Novo nome e facilidade para localizar notícias recebem elogios

O lançamento do DIÁRIO DE S. PAULO agradou jornaleiros e leitores na Zona Norte e região central da cidade. Eles elogiaram o novo visual do jornal, principalmente por facilitar a identificação das notícias de seu interesse, e também a mudança do nome. ?Apesar de sempre ter lido o DIÁRIO POPULAR de ponta a ponta, agora ficou muito mais fácil encontrar as reportagens mais interessantes?, disse o advogado Nilson Amancio, de 70 anos, que comprou o DIÁRIO na banca Pólo Norte, na avenida Nova Cantareira, no Tucuruvi, Zona Norte.

?O jornal ficou muito mais bonito?, comentou a jornaleira Maria Gorete, proprietária da banca Pólo Norte. Essa foi a mesma opinião do jornaleiro David Polido Filho, dono da banca Duduca, na praça José Felipetti, Vila Guilherme, Zona Norte. ?Além do visual, os novos cadernos do DIÁRIO DE S.PAULO devem agradar aos leitores?, disse Polido.

Lembranças

Já o bancário aposentado Riograndino Pinto de Aquino, de 73 anos, estava eufórico com a volta do DIÁRIO DE S.PAULO. ?Era o jornal que minha família lia na década de 30?, disse Aquino, recordando da época em que a primeira versão do jornal fazia parte do grupo Diários Associados, do jornalista Assis Chateaubriand.

O lançamento do novo DIÁRIO fez com que Aquino, que comprou dois exemplares em uma banca na Consolação, região central, recordasse sua infância, quando gostava de ouvir a propaganda do jornal pelo rádio. ?O DIÁRIO, o DIÁRIO DE S. PAULO, o jornal preferido do papai?, cantou Aquino.

Novidade faz sucesso até entre estrangeiros

A curiosidade dos leitores pelo novo DIÁRIO DE S.PAULO fez as vendas dobrarem em bancas da avenida Paulista e da praça Pan-Americana ontem pela manhã, segundo os jornaleiros da região. Os leitores aprovaram as mudanças implementadas no jornal.

?Estou levando para conhecer, mas dá vontade de ler todos os dias. Durante a semana, prefiro uma leitura leve e agradável?, comentou o relações-públicas David Brenner, 50 anos.

A jornalista irlandesa Shelagh Macarthur, de 28 anos, que vive em Milão, na Itália, escolheu o DIÁRIO para inteirar-se das novidades da capital paulista, aonde chegou no sábado. O DIÁRIO foi jornal que mais atraiu sua atenção em uma das bancas da avenida Paulista. ?Gostei do colorido. O tamanho das letras é ideal, nem muito grande, nem muito pequeno?, elogiou Shelagh.

Sósias de celebridades do cinema americano, como Charles Chaplin e Whoopi Goldberg, foram às bancas apresentar o novo jornal de São Paulo aos leitores, que aproveitavam a chance para tirar fotos ao lado dos personagens.

?Achei o nome muito apropriado, e o preço, ótimo. A Revista da Família é uma excelente idéia, traz assuntos bem atuais. Hoje em dia precisamos estar por dentro de tudo. Precisamos mesmo ter um jornal adequado à classe média?, disse a dona de casa Nelita Casas, de 48 anos, que comprou o DIÁRIO em uma das bancas da praça Pan-Americana."

 

"No meio jornal, a chegada do Diário de S. Paulo é briga de cachorro grande", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 20/09/01

"Todos os indícios, desde o começo, davam conta de que a aquisição do Diário Popular, pela Globo, não era apenas um bom negócio editorial e financeiro de oportunidade. A Globo almeja, há anos, entrar de sola no mercado paulista, onde está a maior fatia do PIB e dos anunciantes, e onde ela só entrava através da televisão. O sonho de ter um jornal encarando de igual para igual Estadão e Folha de São Paulo é antigo e muito comentado por todos aqueles que se debruçam sobre o mercado editorial. Chegou o momento e o Diário Popular foi o instrumento para essa chegada.

Desde o começo, a empresa, ao seu estilo, desconversou, despistou e arregaçou as mangas. J&Cia vem acompanhando de perto as mudanças e foi o primeiro a dar com destaque o negócio. Desde aquele momento, todas as indicações já eram de que a empresa mudaria o nome – pois havia adquirido dos Associados o título Diário de S. Paulo (muito forte na década de 70, particularmente no interior paulista) -, queria a classe B e A e, conseqüentemente, um maior naco do mercado publicitário. Para isso a estratégia era reformular o perfil editorial, com nomes e enfoque mais dirigidos aos endinheirados, e tirar o popular do nome para atrair também a chamada publicidade vip. Sob o comando de Orivaldo Perin, vindo do Rio (de O Globo) para a missão, o novo Diário está aí, com um time de colunistas peso-pesado e uma campanha no ar não menos leve, com a tevê e rádio por trás, encartes, outdoor, etc. etc.

Perin muito pouco mexeu na redação. É um profissional sempre muito ponderado, benquisto por onde passou, mas tem a exata dimensão de sua responsabilidade. E sabe que não conseguirá tudo o que se almeja se não investir significativamente em profissionais. Os colunista ajudam. Mas só eles não resolverão. Ele sabe que precisa de mais gente para reforçar a reportagem, edição etc., e briga por isso. Tem enfrentado resistência da cúpula, que quer primeiro colocar o jornal na rua para depois pensar nos demais investimentos. É o que se comenta nas rodas jornalísticas.

A intervenção cirúrgica feita no jornal, sob a batuta do Roger Valles (o mesmo que criou o Extra, no Rio) não foi apenas estética (embora a cara tenha mudado por completo), mas também é sobretudo editorial. Haverá menos polícia, mais comportamento, mais cadernos, mais recursos de edição com o novo software, maior sinergia com O Globo/Extra etc. De olho em tudo isso é que Perin deu o tom: no primeiro final de semana do novo jornal (23/9), toda a redação está convocada para trabalhar – no sábado e domingo.

Se o projeto for um sucesso, Perin certamente terá mais recursos para investir no time. O mercado torce para isso, até em função da reação a qual vai obrigar Estadão e Folha, que por enquanto são apenas observadores. De quebra, todo o mercado ficará também de olho na sociedade Folha/O Globo, no Valor Econômico."

 

"Publicitários aprovam Diário de São Paulo", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 18/09/01

"O vice-presidente nacional de Criação da Ogilvy, Zuza Tupinambá, foi quem desenvolveu a campanha para o Diário de São Paulo. Ele conta que, através de uma pesquisa de mercado, os próprios consumidores escolheram o novo nome. ?O Diário passou por uma transformação completa. Terá novo conteúdo, com profundidade de matérias, muito superior ao que era o Diário Popular?, adianta Tupinambá. Ele não acredita que o DSP será concorrente direto da Folha e do Estadão. ?O Diário vai ocupar um espaço que o mercado paulista não tem, direcionado para aquele consumidor para quem o Estado e a Folha têm uma linguagem muito rebuscada, enquanto vêem no Agora São Paulo e Diário Popular veículos de linguagem popularesca?.

O publicitário aponta características dos dois grandes jornais paulistas que, segundo ele, não serão encontradas no novo veículo. Uma delas é a postura política e social assumida pelo Estadão e Folha em nome do consumidor. ?A proposta do Diário é fazer um jornal para o leitor. Os assuntos serão abordados de forma a mostrar como os acontecimentos favorecem ou afetam a sua vida?, explica ele. A campanha é toda baseada nessa idéia. O slogan desenvolvido pela Ogilvy é: ?Diário de São Paulo: o seu diário?.

Grandes nomes do meio publicitário aprovaram o novo nome. Daniel Barbara, diretor de Comunicação da DPZ, disse que ficou um pouco surpreso quando soube da novidade. Ele diz que o país vem passando por uma fase de lançamentos de jornais há seis anos. ?Na minha geração, jornais só foram fechados. No eixo Rio – São Paulo, mais de 30 publicações diárias foram fechadas nos últimos 30 anos?.

O mercado de São Paulo torna-se, assim, ainda mais competitivo. Ano passado, Valor Econômico foi lançado também pela Infoglobo e abocanhou muitos consumidores da Gazeta Mercantil. ?Faz parte do nosso trabalho encarar o mercado?, disse o diretor de Publicidade do Estadão, Marcos Sá, prevendo uma futura concorrência. ?Quanto à mudança do nome, acho que tudo depende da estratégia do jornal. O nome Diário Popular tende a posicionar o veículo para as classes B e C. O novo nome parece puxar para a classe B. Se for esse o target a ser atingido, então acho que estão trabalhando da forma certa, apesar de o Dipo carregar um nome de tradição?, opinou Marcos."

 

"Um novo diário para São Paulo", copyright O Globo, 24/09/01

?Herdeiro direto do ?Diário Popular?, chamado de ?rei das bancas? paulistanas, estreou ontem o ?Diário de S. Paulo?. Com novos suplementos, colunistas e novo projeto gráfico, a versão renovada do tradicional Dipo busca ampliar o universo de leitores na maior cidade do país, com um noticiário focado na cobertura local e nos serviços. O ?Diário Popular? foi comprado há cinco meses pela Infoglobo – empresa das Organizações Globo para o negócio jornal – e renasceu este domingo com uma tiragem de 350 mil exemplares.

O projeto gráfico é assinado pelo espanhol Roger Vallès, responsável pelo redesenho do diário ?El País? e pelo ?Extra?, também da Infoglobo. A reformulação foi resultado de uma ampla pesquisa com leitores reais e potenciais. A estratégia é buscar novos leitores de classe média. Com o leque de leitores ampliado, o ?Diário de S. Paulo? pretende aumentar em até 50% a circulação do ?rei das bancas?.

Além do primeiro caderno, voltado para as notícias da cidade, o jornal trará semanalmente outros dois cadernos: o de esportes e a revista Já, mantendo um dos pontos fortes do ?Diário?, o entretenimento.

O novo jornal traz ainda novos produtos, como os cadernos de informática, às terças; de viagem, às quintas; e de automóveis, às quartas e sábados. No domingo, o ?Diário de S. Paulo? traz a revista Já – que ganhará em breve um novo projeto gráfico também de Vallès – e suplementos dedicados à família e ao público infantil.

A seção de classificados também ganha força no domingo, com segmentos de cursos, concursos, veículos e imóveis. Entre as novidades do novo diário paulistano estão colunistas como Miriam Leitão, Ancelmo Góis, Carlos Nascimento, Manoel Carlos, Osmar Santos e Karen Kupfer.

Segundo dados de venda consolidada – assinatura e vendas em banca – do Instituto Verificador de Circulação (IVC), o ?Diário Popular? ocupava em agosto a terceira posição em vendas, com 124,3 mil exemplares durante a semana e quase 181 mil, no domingo."

    
    
                     
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