Saturday, 20 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Palavras vistas

TV PAGA

Transmissões ao vivo têm sido um diferencial interessante das TVs pagas. Globo News, Band News, TVs Senado e Câmara, ESPN Brasil, Sportv e canais exclusivos da Directv são algumas das redes que vêm demonstrando uma certa "agilidade" jornalística nos últimos tempos.

O caso da violação no painel do Senado é um exemplo. Nas TVs pagas foi possível assistir a todo desenlace das questões apresentadas pelos senadores. Vibramos como numa partida de futebol. Ao assistirmos àquelas reuniões do Conselho de Ética pudemos emitir opiniões com muito mais propriedade.

Quem estava em cima do muro quanto à cassação de ACM pôde ver claramente que o senador baiano dera uma bola fora (entre tantas outras), e quem já tinha um certo preconceito com relação a práticas "coronelistas" definitivamente deixou de tê-lo. Agora é modo de vida: "Coronéis, tô fora".

Alguns canais de TV aberta até tentaram transmitir na íntegra aquele evento, mas não conseguiram. Talvez por compromissos comerciais ou coisa que o valha. Com o sucesso do "caso verdade" Painel Eletrônico, as emissoras passaram a mostrar com maior freqüência acontecimentos em tempo real.

É claro que em televisão nem sempre isso é possível, mas o desenvolvimento dessa cultura pode nos levar a captar fatos com mais senso crítico. Assistindo a entrevistas coletivas, shows, eventos políticos, culturais e sociais em tempo real teremos condições de captar um volume maior de informações. A internet também pode colaborar com isso.

Outro dia, ouvi na rádio CBN que o ex-técnico da Seleção Brasileira de futebol, Leão, seria sabatinado numa coletiva. Minha reação imediata foi ligar a TV (no meu caso, pude assisti-la integralmente na ESPN-Brasil), pois assim teria mais elementos para fazer um juízo daquela "saia justa" em que Leão foi colocado, já que o ex-técnico tinha sido demitido por telefone.

Apesar de não revelar praticamente nada de novo, presenciei, de longe é claro, Leão fazendo elogios aqui e acolá a dirigentes, jogadores, de que não há traições ou conspirações por quem quer que seja, e que tudo não passa de algo como "forças negativas" que se instauraram no futebol brasileiro.

Nada contra o rádio, muito pelo contrário. Porém, ao "ver" algumas palavras, frases e sentimentos percebe-se que em algumas áreas o Brasil está cada vez pior. Nesse sentido as TVs pagas têm nos ajudado a enxergar um pouco melhor.

(*) Jornalista

    
    
              

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