Thursday, 25 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Palavrão e prisão

TELETIPO

O egípcio Shohdy Surur foi condenado a um ano de prisão e multado em US$ 43 por ter publicado na internet poema de seu pai, Naguib Surur. O texto tem uma palavra obscena, e nunca foi impresso devido ao linguajar usado para culpar o governo pela derrota do Egito na guerra contra Israel, em 1967. Conhecido em círculos literários, era distribuído cassetes. Naguib morreu em 1978. Seu filho foi preso em novembro de 2001 e o poema removido da rede. Atualmente, Shohdy está livre cuidando da apelação do processo, que terá audiência em agosto. A Organização Egípcia para Direitos Humanos classificou o caso de “novo atraso para a liberdade de opinião e expressão no Egito, e ameaça à publicação de conteúdo na internet”, reporta a AP [8/7/02].

 

Hackers invadiram o sítio do USA Today e alteraram notícias, que só foram tiradas do ar 15 minutos depois do ataque. Conta Jim Krane [AP, 12/7] que uma das matérias falsificadas anunciava que o papa declarou o Cristianismo uma “trapaça”. Outra dizia que a forma do Pentágono seria declarada inconstitucional porque lembra uma estrela de Davi, o símbolo judeu.


Um juiz americano determinou que o programa Gator pare de abrir janelas com anúncios quando internautas acessarem páginas das 10 companhias ? entre elas The New York Times, The Washington Post e Dow Jones ? que entraram com processo (por infração ao direito autoral e roubo de dinheiro de publicidade) contra o programa, que originalmente se propõe a preencher formulários automaticamente. Mas um software anexo monitora a navegação do usuário. Isso foi considerado ilegal por alterar o desenho das páginas. A CNet [12/7/02] destaca que a ordem judicial ? provisória – pode abrir precedente para a proibição de softwares que colocam propaganda em sítios de terceiros.

 


O jornal britânico Financial Times anunciou que deixará de publicar seu encarte de fim de semana, a revista The Business, criada no auge das empresas de internet com matérias mais leves. Os lucros do jornal, que pertence ao grupo Pearson, caíram 60% no ano passado, atingindo US$ 48 milhões, devido à baixa de 20% no faturamento com anúncios. Com a crise global, as publicações financeiras foram gravemente atingidas e não há recuperação prevista para o próximo ano. A Reuters informa que, no Financial Times, 150 funcionários já foram demitidos por causa da má fase econômica.