MÍDIA E PRECONCEITO
Luiz Santos (*)
No conflito entre judeus e palestinos, no Oriente médio, um grupo sofre neste conflito, mais do que qualquer outro: os gays. Estes mesmos. Os dois lados em guerra estão também ocupados em outra batalha: a perseguição a homossexuais, perseguição essa que é omitida ou ignorada pela imprensa internacional. Diz notícia no GLS Planet <glsplanet.terra.com.br/news/>:
"Além da guerra contra Israel, o governo de Yasser Arafat, segundo jornais locais, tem mantido uma outra frente de batalha: a brutal repressão, prisão e tortura de gays palestinos. Segundo um gay da cidade de Gaza, na Palestina, os jovens gays palestinos são rotineiramente capturados e forçados a ser informantes e ajudar na captura de outros homens gays. Se eles não concordarem, são torturados. O jovem relatou ainda que foi obrigado a ficar mergulhado em água pútrida até o pescoço, com a cabeça dentro de um saco com fezes. Depois, foi colocado em uma cela escura cheia de insetos que ele sentia, mas não conseguia ver. Os interrogadores chegaram a sodomizá-lo com uma garrafa de Coca-Cola."
Cenas como essa, façamos justiça, acontecem em quase todo o planeta, principalmente nas regiões onde cristianismo, judaísmo e islamismo dominam. O preconceito contra gays, ao contrário de outras minorias, é um "preconceito sagrado", pois é citado na Bíblia e no Corão. Muitos jornalistas o ignoram, pois grande parte deles vem de uma formação ou cristã, no caso do Ocidente, ou muçulmana, no caso do Oriente Médio. Só poucos se importam com essa causa.
É interessante notar que o preconceito contra homossexuais é unânime: eles são perseguidos até pelos regimes marxistas. Cuba e China têm casos de violações de direitos humanos contra gays. Talvez por isso jornalistas mais à esquerda temam defender essa causa, já que os próprios regimes de esquerda os perseguem. Até mesmo os negros, que se dizem tão discriminados.
Antes que perguntem…
Quando Luiz Mott, líder do grupo gay da Bahia, levantou a polêmica de que Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, pudesse ser gay, quase foi linchado pelos movimentos negros que, estranhamente, querem acabar com o preconceito racial, mas não o sexual.
Os homossexuais estão como aqueles jovens tímidos nas escolas. Ninguém liga para eles, a não ser na hora de discriminar, rir da cara, chamar de "bobinho" etc.. Quando o papa afirmou que o homossexualismo era um mal a mídia praticamente não deu importância. Se o papa falasse algo contra negros ou judeus, será que a mídia silenciaria? Dificilmente. O papa discriminar gays é uma triste normalidade, pois ele é um líder católico, só está fazendo o que sua igreja manda.
Pobres gays, discriminados por judeus, negros, comunistas, pela extrema esquerda, extrema direita, muçulmanos, católicos, evangélicos e, claro, parte da mídia internacional, que pouco noticia que gays e lésbicas são apedrejados em países como Irã, Arábia Saudita, Sudão e Nigéria; que o Brasil é campeão mundial em crimes contra gays; que em países como Colômbia há grupos de extermínio voltados só contra gays; que é mais comum um pai ou uma mãe expulsar um filho de casa por ser gay do que por qualquer outro motivo, e muito mais.
Antes que alguém pergunte, sou heterossexual e contra qualquer preconceito.
(*) Estudante