Friday, 19 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Presos no Irã

TELETIPO

O grupo Repórteres sem Fronteiras [27/11/02] expressou preocupação com a situação da imprensa no Irã, onde atualmente 12 jornalistas estão presos. Entre eles, Behrouz Gheranpayeh e Hossein Ghazian ? que também exercem os cargos de presidente e diretor do Instituto Nacional de Opinião Pública ? foram detidos após a publicação de pesquisa realizada pelo instituto que revela que 74% dos iranianos desejam reatar ligações com os Estados Unidos, acusados de receber dinheiro da americana Gallup ou de embaixadas estrangeiras. O RSF pediu à União Européia que exija do governo o respeito à liberdade de expressão.

A Federação Internacional de Jornalistas [26/11/02] protestou contra a prisão de uma equipe de televisão que trabalhava para a emissora britânica Channel 4 em Bangladesh. A jornalista Zaiba Malik, o câmera Bruno Sorrentino e a intérprete Priscilla Raj foram detidos ao tentarem entrar no país vindos da Índia. Eles tinham a missão de fazer um vídeo sobre a atual situação política em Bangladesh. De Benapole, cidade fronteiriça, foram levados para a capital Dhaka, onde ficariam presos cinco dias para averiguação. Policiais disseram que eles tinham apenas vistos de turistas.

O observatório de propaganda britânico baniu o comercial de uma série cômica que ridicularizava o presidente Bush. O desenho mostrava o republicano segurando um DVD com os melhores momentos da série 2DTV, que zomba de celebridades e políticos. "Meu favorito ? basta colocar no videoplayer", diz Bush, que insere o DVD numa torradeira e o queima. Segundo a AP [27/11/02], a agência também vetou outro anúncio do programa, com o jogador David Beckham fazendo uma lista de Natal e perguntando à mulher: "Victoria, como se escreve DVD?".

O grupo hacker Hactivismo criou um software para atestar ao consumidor que a empresa usuária do programa respeita a privacidade dos clientes, o direito de livre expressão e outros direitos humanos. Declan McCullagh [CNET, 27/11/02] informa que a licença não poderá ser usada por governos que não respeitem tais direitos ou companhias que usem tecnologia para espionar o usuário. Além disso, a licença também permite que o Hactivismo e seus usuários processem qualquer um que tente introduzir mudanças no software.